Karlos Rischbieter, ex-ministro da Fazenda do governo João Figueiredo, presidiu a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o extinto Banco do Desenvolvimento do Paraná (Badep)

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Ministro da Fazenda do governo Figueiredo, ele deixou um projeto econômico progressista que jamais foi aplicado

 

 

Ele ocupou a pasta durante o governo do presidente João Figueiredo.

Entre os cargos públicos, também foi presidente da Caixa e do BB.

 

 

Karlos Heinz Rischbieter (Blumenau, 24 de outubro de 1927 – Curitiba, 17 de outubro de 2013), engenheiro civil formado pela Universidade Federal do Paraná, foi ex-ministro da Fazenda entre março de 1979 e janeiro de 1980 do governo João Figueiredo, teve uma marcante carreira pública.

 

 

 

Antes de chefiar a pasta da Fazenda no governo Figueiredo, ele presidiu a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil, ambos durante a década de 1970 e o extinto Banco do Desenvolvimento do Paraná (Badep) e Instituto Brasileiro do Café, entre muitas outras atividades.

 

 

 

Nascido em Blumenau, em Santa Catarina, em outubro de 1927, Rischbieter foi a Curitiba aos 18 anos para cursar engenharia na Universidade Federal do Paraná. Ele foi ministro da Fazenda entre 1979 e 1980, no governo João Figueiredo. Antes, foi presidente da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil e do extinto Banco do Desenvolvimento do Paraná (Badep).

 

 

 

No ministério, Rischbieter instituiu o ato que suprime a incidência do Imposto de Renda na fonte sobre o 13º salário e a obrigatoriedade do recolhimento antecipado de imposto de renda pelas pessoas físicas. Saiu do governo da ditadura em janeiro de 1980, depois de deixar nas mãos do general Figueiredo um projeto econômico francamente progressista que, obviamente, jamais seria aplicado.

 

 

 

Durante sua permanência na Fazenda, Rischbieter instituiu o ato que suprime a incidência do Imposto de Renda na fonte sobre o 13º salário e a obrigatoriedade do recolhimento antecipado pelas pessoas físicas do imposto de renda – o que teria dado a ideia do “Carnê Leão”.

 

 

O ex-ministro escreveu o livro “Outonal – Um Amor de Viagem pela Europa”, lançado em 2011, e a autobiografia “Fragmentos de Memória”, de 2010. Rischbieter lançou também “Grafismos”, uma coleção de suas aquarelas, e foi tradutor da obra do escritor Rainer Maria Rilke.

 

 

Ele foi um defensor da democracia e da apuração rigorosa de crimes de corrupção. “A ditadura acabou só em 85, e o caminho de uma nação não é reto, é tortuoso. Cabe a nós dar a direção correta. O Paraná é um estado muito para dentro, não somos de ir para rua fazer manifestação como o carioca ou o brasiliense, mas temos que mobilizar o povo”, disse em entrevista à Gazeta do Povo em 2010. O ex-ministro também atuou fortemente na implantação da fábrica da Volvo em Curitiba.

 

 

Karlos Rischbieter morreu em 17 de outubro de 2013, em Curitiba. Ele sofria de enfisema pulmonar e estava internado na UTI do Hospital Santa Cruz.

Rischbieter tinha 85 anos.

 

O governador paranaense, Beto Richa (PSDB), lamentou a morte do ex-ministro e decretou luto oficial no Estado por três dias. “Rischbieter foi um dos homens públicos mais importantes na recente história do Paraná. Deixa um legado imensurável pela sua clareza intelectual e contribuiu de forma marcante em várias áreas de atuação. Uma perda irreparável ao Paraná e ao Brasil”, disse Richa, em nota publicada na Agência de Notícias do Paraná.

 

Já o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, destacou o pioneirismo de Richbieter em âmbito nacional. “Richbieter foi uma das primeiras lideranças do Paraná com projeção nacional. Foi ousado e deixou uma marca forte na vida pública, de compromisso com o País. Um intelectual que sabia aliar a cultura e o conhecimento à simplicidade”, afirmou em nota.

(Fonte: https://www.cartacapital.com.br/politica – POLÍTICA / por Redação – 17/10/2013)

(Fonte: https://jornaldopovoparana.com –  Curitiba – Destaque – Geral – 18 outubro 2013)

(Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/economia – Gazeta do Povo – ECONOMIA – 17/10/2013)

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