Julius Axelrod, neurocientista americano, foi laureado com o Nobel de Medicina em 1970

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O Nobel que abriu caminho para antidepressivos

Julius Axelrod (Nova York, 30 de maio de 1912 – Rockville, Maryland, 29 de dezembro de 2004), neurocientista americano, foi laureado com o Nobel de Medicina em 1970

Os estudos de Axelrod criaram a base para o desenvolvimento de medicamentos antidepressivos, como o Prozac.

Pesquisador do Instituto Nacional de Saúde, ele dividiu o prêmio de 1970 com o biofísico britânico Bernard Katz (1911-2003) e o biologista sueco Ulf von Euler (1905-1983). 

Os três elucidaram parte do mecanismo químico neurológico e a substância que inibe os impulsos nervosos entre o cérebro e a ação muscular.

Antes deste feito, Axelrod havia participado dos estudos que identificaram o paracetamol, que deu origem ao analgésico e antitérmico Tylenol.

Filho de imigrantes judeus poloneses, Axelrod nasceu em Nova York e se graduou em 1933, na City College. 

Julius Axelrod faleceu em 29 de dezembro de 2004, aos 92 anos, em sua casa, em Rockville, Maryland.

 

(Fonte: http://ciencia.estadao.com.br/noticias/geral – 20041230p2932 – CIÊNCIA – AGÊNCIA ESTADO – 30 de dezembro de 2004)

 

 

 

 

 

 

Nobel aos nervos

Sir Bernard Katz (Leipzig, 26 de março de 1911 – Londres, 20 de abril de 2003), biofísico britânico nascido na Alemanha, foi professor de Biofísica no University College, de Londres.

Katz, Julius Axelrod (1912-2004), neurocientista americano e o biologista sueco Ulf von Euler (1905-1983) dividiram as 400 000 coroas suecas – do Prêmio Nobel de Medicina em 1970, ganhas por estudos independentes sobre o funcionamento do sistema nervoso.

Os três elucidaram parte do mecanismo químico neurológico e a substância que inibe os impulsos nervosos entre o cérebro e a ação muscular.

As muitas pistas – Os estudos premiados trouxeram esclarecimentos considerados fundamentais sobre a natureza de substâncias emcontradas nas extremidades dos nervos, as quais têm a função de impedir a distenção dos vasos sanguíneos e, assim, evitar desmaios ou perdas de consciência.

Mostrando como essas substâncias podem ser estocadas, ativadas ou “desligadas”, os cientistas abriram a possibilidade de influenciar o sistema nervoso ou mentais e também resolver problemas de pressão sanguínea elevada. Os três cientistas jamais trabalharam juntos.

O professor de fisiologia Von Euler contribuiu para a descoberta, em 1946, da substância denominada nor-adrenalina (adrenalina), cuja função é a de transmissor de impulsos nervosos nos terminais do sistema simpático (composto dos nervos que agem automaticamente no corpo humano, provocando ações e reações independentes da vontade consciente). Conseguiu ainda mostrar como essa substância se acumula em pequenos grânulos nervosos, no interior das fibras pertencentes ao sistema simpático.

Drogas para a mente – Sir Bernard Katz, realizou estudos sobre o mecanismo de ativação de uma outra substância – a acetilcolina, localizada nas junções entre músculos e nervos – que tem a função de transmissor de impulsos nervosos, como por exemplo os destinados a movimentos do corpo.

Por sua vez, o professor Axelrod, catedrático de Farmacologia no Instituto Nacional de Saúde Mental, em Maryland (EUA), descobriu os mecanismos de formação da nor-adrenalina nas células nervosas e os que fazem interromper seu funcionamento (essa interrupção deve-se, parcialmente, a uma enzima cuja existência Axelrod descobriu). Na opinião do dr. Axelrod, o seu campo de pesquisa pode conduzir a uma melhor compreensão do comportamento humano e da ação de drogas no tratamento de distúrbios mentais. A cura da esquizofrenia – é uma das metas de trabalho que empreende.

Graças a esse conjunto de pesquisas, tornou-se possível estudar as consequências do uso de uma série de drogas no tratamento de problemas nervosos. Por exemplo, uma pessoa em profundo estado de depressão parece estar com deficiência de nor-adrenalina. Assim, drogas capazes de manter a substância em ação por período mais prolongado podem combater a depressão e resolver o problema.

E foi por causa dessa contribuição para uma melhor noção do funcionamento do homem – e de como mantê-lo funcionando – que, conhece-se, portanto, a maneira exata pela qual uma droga faz efeito.

(Fonte: Veja, 21 de outubro de 1970 – Edição 111 – MEDICINA – Pág: 66/67)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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