Josué Montello, jornalista, escritor e teatrólogo

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21 de agosto de 1917 – Nascimento, em São Luiz, Maranhão, de Josué Montello, jornalista, escritor e teatrólogo.

Ocupava a cadeira número 29 da Academia Brasileira de Letras, da qual foi presidente de 1994 a 1995. Ele foi também embaixador do Brasil junto à Unesco, e entre suas principais obras está Os Tambores de São Luiz. Josué Montello faleceu no Rio de Janeiro, em 15 de março de 2006, de pneumonia e insuficiência cardíaca, aos 88 anos.
(Fonte: Correio do Povo – ANO 117 – Nº 326 -– CRONOLOGIA – 21 de agosto)
(Fonte: Veja, 22 de março de 2006 -– ANO 39 -– N° 11 – Edição 1948 –- DATAS -– Pág; 84)

 

 

EMPOSSADO: na presidência da Academia Brasileira de Letras, aos 75 anos, o escritor Josué Montello. Dia 16 de dezembro de 1993, no Rio de Janeiro.

(Fonte: Veja, 22 de dezembro de 1993 – ANO 26 – Nº38 – Edição 1319 – DATAS – Pág: 106)

 

 

 

 

Montello era o acadêmico mais antigo da ABL. Foi eleito em novembro de 1954, substituindo o médico e escritor Cláudio de Souza, na cadeira que tinha o dramaturgo Martins Pena como patrono e já havia sido ocupada pelo magistrado e escritor Vicente de Carvalho e pelo também dramaturgo Arthur Azevedo. Estavam lá imortais que raramente vão à casa, como Zélia Gattai, o senador José Sarney, Lygia Fagundes Teles, Paulo Sérgio Rouanet e João Ubaldo Ribeiro, além dos que movimentam as sessões, como Antônio Carlos Secchin, José Murilo de Carvalho, Alberto Costa e Silva, Antônio Olinto, Ledo Ivo, Eduardo Portela, Murilo Melo Filho, Cícero Sandroni e o atual presidente, Marcos Vilaça.

“Josué Montello trouxe para esta casa a multiplicidade de seu talento e tinha com a Academia uma relação tão orgânica que sua pele se alongava pelas salas e bibliotecas de nossos prédios”, disse Vilaça. “Magalhães de Azevedo e Barbosa Lima Sobrinho foram acadêmicos mais tempo, mas Josué freqüentava a academia, como palestrante, desde o início dos anos 40”, completou o secretário geral, Cicero Sandroni.

“Foi o acadêmico perfeito. Lutou pela aproximação entre esta casa e a sociedade”, acrescentou Antônio Olinto. “A obra de Josué Montello abrange todos os gêneros literários, do romance à biografia, dos ensaios ao memorialismo. Acho que ele só não escreveu poesia”, comentou o poeta Ivan Junqueira. “Era uma pessoa com muitas qualidades morais e intelectuais, mas duas destacavam-se: tinha amor e sabedoria. Como ele estava doente há muito tempo, sofrendo muito, sua morte é uma espécie de libertação.”

Montello tinha 88 anos e mais de cem livros publicados, o mais famoso deles, Os Tambores de São Luís, um romance sobre o entrosamento das culturas negra e branca no Maranhão, traduzido em muitos idiomas. Foi subchefe da Casa Civil no período presidencial de Juscelino Kubitschek, diretor do Museu Histórico Nacional, da Biblioteca Nacional e do Serviço Nacional do Teatro, além de fundador do Conselho Federal de Cultura e embaixador do Brasil na Unesco, em Paris. Hoje mesmo já se especulava sobre sua substituição.

“Precisamos de um nome à altura de seu cabedal e está difícil apontar um”, dizia Ivan Junqueira. “Mas isso só depois de terça-feira porque hoje a vaga ainda é dele”. O acadêmico foi enterrado no túmulo da família, no cemitério São João Batista, em Botafogo, no Rio de Janeiro. Ele era casado com Yvonne Montello, com quem tinha duas filhas.

 

(Fonte: http://www.estadao.com.br/arquivo/arteelazer/2006/ – CADERNO2 – Variedades – Quinta-feira, 16 de Março de 2006)
(Fonte: Veja, 22 de setembro de 1993 – ANO 26 – Nº38 – Edição 1306 – MEMÓRIA – Pág; 127)

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