Joseph Beuys, um dos maiores e mais controvertidos artistas europeus do pós-guerra

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Joseph Beuys (Krefeld, 12 de maio de 1921 –- Düsseldorf, 23 de janeiro de 1986), artista alemão, um dos maiores e mais controvertidos artistas europeus do pós-guerra, imaginou um kit ecológico para o evento. Seu elixir F.I.U., engarrafado como vinho, pretende ser um defensor da natureza.

Pelas mãos de 55 dos mais consagrados nomes da arte contemporânea, a Declaração Universal dos Direitos do Homem, criada pela ONU em 1948, sai do papel para estrelar numa exposição. Chama-se Memória da Liberdade, e esteve em cartaz no Centro Georges Pompidou, o Beaubourg, em Paris. Letra morta em vários pontos do planeta, o mote dos direitos humanos assume as mais diversas cores e feições nos trabalhos do artista alemão Joseph Beuys e dos americanos Robert Rauschenberg (1925-2008) e Roy Lichtenstein (1923-1997), os mais conhecidos entre os 55 artistas que participaram da mostra. Foi promovida pela Fundação France-Libertés – uma espécie de LBA.

Performático, Beuys, que serviu ao nazismo na juventude, dedicou boa parte da vida à causa democrática. Foi ele quem ajudou Gérard Bosio a tocar a ideia para a frente. A ideia da exposição nasceu em 1973 com Pablo Picasso e Marc Chagall, que aceitaram oferecer ao Museu das Civilizações Negras, em Paris, uma obra de arte. Naquela oportunidade, Picasso fez pé firme – e exigiu que os trabalhos tratassem de um tema grandioso: a luta dos povos pela liberdade. Com a morte de Picasso, em 1973, o projeto foi temporariamente arquivado. Finalmente, em 1984, Bosio encontrou-se com Joseph Beuys e deram novo impulso à causa.
Pode-se dizer que Beuys, um dos mais originais e influentes artistas do século XX, reconhecido em seu tempo como “pastor” ou “guia”, trouxe a arte para a vida. Recusou a beleza como meta em si e como meio. Todo o seu trabalho orienta-se em busca da ideia da verdade.

Beuys faleceu em janeiro de 1986 em Düsseldorf.

(Fonte: Veja, 9 de outubro de 1991 – ANO 24 – Nº 41 – Edição 1203 – ARTE – Pág; 124/125)
(Fonte: http://www.digestivocultural.com/ensaios/ensaio – ENSAIOS/ Por Pedro Maciel – 20 de maio de 2002)

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