José de San Martín, participou já muito jovem de batalhas históricas na Europa e na África antes de retornar a Buenos Aires, uma das figuras mais importantes da história americana

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José de San Martín (1778-1850), general, padroeira da independência do país junto a Chile e Peru

Nascido em Yapeyú, uma cidade localizada no que hoje é a província argentina de Corrientes (leste do país), José Francisco San Martín e Matorras participou já muito jovem de batalhas históricas na Europa e na África antes de retornar a Buenos Aires, aos 34 anos, para iniciar o caminho que o transformaria em uma das figuras mais importantes da história americana.

Embora o 116º aniversário da morte aconteça no dia 17 de agosto, a Argentina transferiu o tradicional feriado para esta segunda-feira, coincidindo com a “Semana Sanmartiniana”, um programa de atividades que homenageiam o general que comandou o Exército dos Andes na busca pela liberdade em relação à Coroa espanhola e a toda dominação estrangeira.

Além disso, como a Argentina celebra neste ano o Bicentenário da Independência, a “Semana Sanmartiniana” promoverá espetáculos musicais, a inauguração de um mural e a entrada no mundo digital de alguns dos museus e locais históricos ligados ao general no país.

“San Martín, sem dúvida, foi um homem que se destacou como militar, como político e como estadista. Ele mudou a geopolítica do mundo naquele momento ao ser protagonista da independência de três nações”, comentou à Agência Efe Eduardo García Caffi, presidente do Instituto Nacional Sanmartiniano.

García Caffi destaca três valores principais que engrandecem a figura do general: seus exércitos foram de libertação e não de ocupação, ele via a biblioteca destinada à educação como mais importante que as armas e seu principio de “não entrar em lutas contra os países irmãos”.

O presidente do Instituto avalia positivamente que os argentinos reconheçam San Martín como “herói maior do país”, mas ressaltou que “é preciso aprofundar os estudos” sobre o personagem histórico.

Para Caffi, além da figura do combatente, seus compatriotas precisam valorizar, por exemplo, o compromisso do general com a cultura.

“Era um homem que viajava com poucas malas, mas com 11 baús com mais de 800 livros”, afirmou García Caffi.

A morte, no entanto, não veio para San Martín em solo americano, mas em Boulogne-Sul-Mer, uma cidade da França onde morava, já aposentado, após contribuir decisivamente na independência dos povos da região onde lutou.

Neste aniversário, o Ministério da Defesa da Argentina foi o encarregado de coordenar os esforços e organizá-los, como iniciativa central da semana, em um novo site onde os argentinos podem encontrar toda a informação sobre o legado e a vida do general.

No portal, denominado El Libertador, o visitante terá acesso, por exemplo, a tours em 360 graus no Instituto Nacional Sanmartiniano ou no Museu Histórico Nacional, que abriga o sabre curvo do general.

O visitante também poderá fazer um tour virtual pela Catedral Metropolitana de Buenos Aires, onde os restos do herói estão em um mausoléu constantemente protegido por soldados do Regimento de Granaderos (grupo militar criado por San Martín), que trajam o característico uniforme azul de gala.

Também integram a oferta cultural projetada pelo governo de Mauricio Macri um concurso de fotos e conteúdo multimídia especial que será ampliado durante a semana, com pequenas histórias ou uma encenação da Fanfarra “Alto Peru” dos Granaderos em frente às escadas da Catedral.

Em Buenos Aires, a homenagem chegou neste fim de semana em forma de espetáculo de música e dança sob o título “El Libertador”, um caminho alternativo para descobrir o herói no palco.

Protagonizado por Sandra Mihanovich e Raúl Lavié, a peça terá sua última exibição de gala realizada nesta noite, no Tecnópolis.

O ápice dos festejos acontecerá na quarta-feira, com a inauguração de um mural e uma coroa de flores.

A população da Argentina celebra nesta segunda-feira a “passagem à imortalidade” do general José de San Martín (1778-1850), padroeira da independência do país junto a Chile e Peru, com um dia festivo e uma semana de iniciativas culturais.

(Fonte: https://br.noticias.yahoo.com – Nerea González – Argentina celebra San Martín no aniversário de 166 anos de morte do herói – 15 de agosto de 2016)

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