Jose Alfredo Martínez de Hoz, ministro da Economia da ditadura argentina (1976-1983).

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Ex-ministro da Economia da ditadura argentina

 

José Alfredo Martinez de Hoz e Kissinger em Washington, em junho de 1976 (Foto: José Alfredo Martinez de Hoz/ Reprodução)

 

Jose Alfredo Martínez de Hoz (Salta, 13 de agosto de 1925 – Buenos Aires, 16 de março de 2013), ministro da Economia da ditadura argentina (1976-1983). Primeiro ministro da Economia da última ditadura argentina, de família de fazendeiros, integrante de uma família de grandes proprietários de terra no país, Martínez de Hoz ocupou seu primeiro cargo público como ministro da Economia da província nortista de Salta no final da década de 1950 e, após o golpe de Estado de 1962, foi secretário e ministro da Agricultura e Pecuária do presidente José María Guido (1910-1975).

Martínez de Hoz, ministro do ex-ditador Jorge Rafael Videla, e ideólogo econômico do regime militar, estava preso desde maio de 2010 pelo sequestro de dois empresários em 1976.

No cargo, Martínez de Hoz se notabilizou por criar a “tablita”, um esquema de desvalorização gradual e prefixada do peso argentino em relação ao dólar. Paralelamente, o então ministro retirou subsídios e abriu o mercado argentino para importações.

O resultado foi um grande desequilíbrio nas contas externas e uma redução da atividade industrial, que redundou em uma recessão e em uma maxidesvalorização em 1981, no governo de Eduardo Viola.

Durante sua gestão econômica durante a última ditadura militar (1976-1981), impulsionou políticas de liberalização e desregulação dos mercados que quadruplicaram a dívida externa argentina e prejudicaram notavelmente a indústria nacional.

O programa econômico impulsionado por Martínez de Hoz provocou também uma grande transferência de capitais ao exterior e a perda de poder aquisitivo para as classes médias e baixas argentinas.

Após o retorno da democracia em 1983, Martínez de Hoz foi preso por sua cumplicidade com a repressão, mas o ex-presidente Carlos Menem lhe indultou em 1990.

O ex-ministro da ditadura, artífice de um severo plano de ajuste econômico imposto na ditadura, foi beneficiado por um indulto em 1990, que também favoreceu Videla e Emilio Massera, outro dos líderes do regime.

Contudo, a Suprema Corte revogou o benefício e permitiu sua prisão pela detenção ilegal (entre 1976 e 1977) dos empresários de uma fábrica têxtil, Federico Gutheim e seu filho Miguel.

A Justiça argentina declarou em 2006 a nulidade de seu indulto e reabriu a causa pelo sequestro do empresário Federico Gutheim e seu filho Miguel, que foram detidos por um decreto do Poder Executivo em novembro de 1976 e libertados em abril do ano seguinte.

A ordem de detenção foi assinada pelo primeiro presidente da ditadura, Jorge Rafael Videla, mas durante seu cativeiro mantiveram reuniões com um representante da Secretaria de Comércio Exterior por disposição de Martínez de Hoz.

Segundo o juiz Norberto Oyarbide, que analisou o caso, a ditadura procurava obrigar os empresários a vender ativos e fechar um acordo bilionário para a exportação de algodão para Hong Kong.

Martínez de Hoz impôs uma política econômica liberal, com a desregulação dos mercados, abertura econômica e desvalorização do peso, plano que provocou um aumento explosivo da dívida externa.

O ex-ministro tentou em várias ocasiões que a Justiça suspendesse a prisão domiciliar que pesava sobre ele “por motivos de saúde”, mas a Câmara Federal voltou a negar seu pedido em dezembro de 2012.

Alfredo Martínez de Hoz morreu em 16 de março de 2013 em Buenos Aires, onde cumpria pena de prisão domiciliar, informou a agência oficial Télam. Ele tinha 87 anos.

(Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/03 – MUNDO – France Presse – 16 de março de 2013)

(Fonte: http://www.valor.com.br/internacional – INTERNACIONAL / Por Cesar Felicio | Valor – BUENOS AIRES – 16/03/2013
(Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/mundo/america-latina – MUNDO – AMÉRICA LATINA – EFE – 16 MAR 2013)

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