Jonathan Demme, diretor de um dos clássicos do suspense moderno, “O Silêncio dos Inocentes”

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Diretor dos premiados “O silêncio dos inocentes” e “Filadélfia”

O diretor Jonathan Demme no tapete vermelho do 69º Festival de Veneza. (Imagem: EFE)

 

Cineasta também dirigiu ‘Filadélfia’ e o documentário ‘Stop making sense’

Jonathan Demme

Jonathan Demme em 2006. (Foto: REUTERS/Rick Wilking)

Robert Jonathan Demme (Baldwin, Nova York, 22 de fevereiro de 1944 – Nova York, 26 de abril de 2017), cineasta americano, diretor de um dos clássicos do suspense moderno, “O Silêncio dos Inocentes”

Demme nasceu em fevereiro de 1944, em Baldwin, em Long Island (Nova York), como Robert Jonathan Demme.

Além de “O Silêncio dos Inocentes”, ele dirigiu filmes como “Filadélfia” (1993), que deu o Oscar de ator a Tom Hanks; e “O Casamento de Rachel” (2008), que fez Anne Hathaway ser indicada ao Oscar de Melhor Atriz.

Demme estreou no cinema como roteirista do filme B “Angels hard as they come”, produzido por Roger Corman, em 1971. Estabeleceu-se como diretor nos anos 1970 e alcançou sucesso como documentarista a partir do sucesso de “Stop making sense”, filme que acompanha um show do Talking Heads.

Diretor atuante desde os anos 1970, quando estreou por trás das câmeras com o longa “Celas em chamas” (1974), Jonathan Demme atingiu o seu mais alto patamar de notoriedade com duas aclamadas obras: o suspense “O silêncio dos inocentes” (1991) e o drama “Filadélfia” (1993). Lançados num intervalo curto, os trabalhos, com histórias e tons completamente diferentes, deixaram clara a versatilidade do cineasta.

Estrelado por Anthony Hopkins e Jodie Foster, “O silêncio dos inocentes” contava a história de uma policial que busca ajuda num cabinal encarcerado para tentar prender um outro criminoso. Ali, Demme construiu uma arrepiante atmosfera de suspense, enquanto Hannibal Lecter se tornaria um dos mais emblemáticos personagens do terror americano, com seu olhar macabro apontado diretamente para a câmera — uma marca do diretor. Seu hábito de criar closes fechados nos atores influenciou diretores como Paul Thomas Anderson, abertamente um grande fã de Demme. “O silêncio…” ganhou cinco Oscars, incluindo o de melhor diretor, o único de sua carreira.

Já “Filadélfia” retratou a luta de um homem com HIV (Tom Hanks) contra uma empresa que o demitiu por causa de sua condição. Sensível às questões acerca da doença, até então desconhecida por muita gente, Demme deixou explícito o seu objetivo de fazer com que as pessoas sem muita familiaridade com o HIV vissem o longa sobre um homem morrendo de Aids. Ele achava, inclusive, que Bruce Springsteen, cantor da música-tema do longa, ajudaria a chamar atenção para a questão. Demme dirigiu, ao lado de Ted Demme (seu sobrinho), o clipe da canção, “Streets of Philadelphia”.

Recentemente, Demme dirigiu Meryl Streep na comédia “Ricki and the Flash” (2015), um filme sobre sonhos. Contava a história de uma instrumentista que retorna para a casa após ir atrás de seu desejo de se tornar uma estrela do rock.

Seus filmes eram uma vitrine para que atores pudessem mostrar seu talento. Além de Anthony Hopkins, Jodie Foster e Tom Hanks, outros cinco atores foram indicados ao Oscar por obras comandadas por Demme: Mary Steenburgen, Jason Robards, Christine Lahti, Dean Stockwell, e Anne Hathaway, esta última por “O Casamento de Rachel” (2008).

O último longa de ficção dirigido por ele foi “Ricki and the Flash: De Volta Para Casa”, estrelado por Meryl Streep na pele de uma roqueira que volta para casa para retomar as relações com sua família.

Documentários musicais

O cineasta americano também se dedicou a filmes dedicados à música como “Stop Making Sense”, sobre o grupo Talking Heads e “Neil Young: Heart of Gold”, focado no cantor canadense.

Começo com filmes b

O diretor começou a trabalhar no cinema com Roger Corman, considerado uma lenda dos filmes b. Ele foi coroteirista e produtor de “Angels Hard as They Come” e (1971) e “The hot box” (1972).

Demme deixa sua mulher, a artista Joanne Howard, e três filhos.

Jonathan Demme faleceu em 26 de abril de 2017, em Nova York. O cineasta americano tinha 73 anos e sofria de um câncer no esôfago e complicação de uma doença cardíaca.

Ele já havia tratado o problema em 2010, se recuperou, mas voltou a piorar em 2015.

(Fonte: https://cinema.uol.com.br/noticias – ENTRETENIMENTO – Filmes e séries – Do UOL, em São Paulo – 26.04.2017)

(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/filmes – CULTURA – FILMES/ POR O GLOBO – 26/04/2017)

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