Joe Pass, um dos maiores guitarristas de jazz de todos os tempos, primava pela improvisação técnica.

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Joe Pass (New Brunswick, 13 de janeiro de 1929 – Los Angeles, 23 de maio de 1994), músico americano, um dos maiores guitarristas de jazz de todos os tempos, primava pela improvisação e habilidade técnica.

Integrou o Oscar Peterson Trio e gravou com Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan e Count Basie. Joe Pass faleceu em 23 de maio de 1994, de câncer no fígado, aos 65 anos, em Los Angeles.
(Fonte: Veja, 1° de junho de 1994 – Edição n° 1342 – DATAS – Pág; 103)

Joe Pass, guitarrista de jazz norte-americano. Joe foi um dos maiores nomes da guitarra de jazz.

Nascimento: 13 de janeiro de 1929, New Brunswick
Falecimento: 23 de maio de 1994, Los Angeles

Joseph Anthony Passalaqua, o maior guitarrista do jazz moderno, teve um início de carreira tumultuado. Nascido em New Brunswick, já tocava em conjuntos profissionais quando ainda estava no colégio, incluindo a banda de Tony Pastor. Tocou com a banda de Charlie Barnet em 1947 e depois foi prestar o serviço militar.

Após ser dispensado, passou os anos 50 às voltas com um vício em drogas, tendo inclusive passado algum tempo na prisão por causa disso. Essa foi, na prática, uma década perdida em termos profissionais para Joe.

Em 1962, livre das drogas, graças a um período de reabilitação na Synanon Foundation, reemergiu para o mundo da música (ou seria melhor dizer emergiu, uma vez que até então era quase um desconhecido). Foi uma entrada fulgurante, assombrando a todos com seu modo de tocar a guitarra. Tocou com Gerald Wilson, Les McCann, George Shearing e Benny Goodman.

Com o apoio de Norman Granz, do selo Pablo, com quem assinara contrato em 1973, gravou muito como solista e também tocou com grandes nomes do jazz, incluindo Ella Fitzgerald, Count Basie, Duke Ellington e Dizzy Gillespie. Em particular, Pass teve uma longa colaboração com Oscar Peterson, com quem tocou em duo, e com o acompanhamento do contrabaixista Niels-Henning Orsted Pedersen, entre outros. Joe permaneceu ativo praticamente até sua morte, causada pelo câncer.

A técnica de Joe Pass beira o impossível, fazendo as passagens mais difíceis soarem absolutamente naturais, porém ele nunca se deixa levar pelo exibicionismo. Sua música é sempre sutil, coerente e bem construída, e sua harmonia é sofisticada. Como observam Richard Cook e Brian Morton, Pass suaviza o nervosismo do bebop, e contudo opõe à obviedade do swing uma complexidade que permanece, não obstante, plenamente acessível.

Sempre extraindo da guitarra um som cristalino – mesmo em meio às guitarras distorcidas e amplificadores superaquecidos dos anos 70 e 80 – Pass reafirmou o valor perene da guitarra “limpa” no jazz. A densidade musical e o bom gosto são, na verdade, as qualidades que colocam Joe Pass um passo adiante do outro supervirtuose da guitarra, Wes Montgomery. Também é digna de nota a maneira de ser e de se apresentar de Joe – sempre calmo, modesto e cordial, sem nada da atitude de “grande astro”.

(Fonte: http://www.ejazz.com.br/detalhes- (V.A. Bezerra, 2001)

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