Idi Amin Dada, ex-ditador ugandense, dirigiu durante oito anos (1971-79) um regime brutal.

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Idi Amin Dada (Koboko, 1925 – Jidá, 16 de agosto de 2003), ex-ditador ugandense que dirigiu durante oito anos (1971-79) um regime brutal, que deixou um país arruinado e centenas de milhares de pessoas assassinadas.

Apelidado de “Bug Daddy”, ganhou a reputação de ser uma pessoa perigosa e imprevisível, que extraiu das humilhações de sua infância a justificação de seu temperamento megalômano, vingativo e violento.

Amin Dada nasceu em 1925 nas margens do Nilo, em um tribo minoritária muçulmana, os Kakwas. Alistado no Exército britânico, impressionou com seu 1,90 metro de altura, seus 110 kg e sua habilidade pugilística, que o converteram em campeão de boxe na categoria peso pesado de seu país (1951-60).

Ajudante de cozinheiro do regimento britânico “King”s African Rifles”, se tornou oficial após a independência de Uganda (1962) e em 1966 o presidente Milton Obote o nomeou chefe do Exército, um trampolim ideal para conquistar o poder.

Em 1971, Amin Dada derrubou Obote. Depois de alguns meses de moderação, iniciou rapidamente a arbitrariedade como estilo de governo.

Ordenou assassinatos em massa e aprisionou os opositores. Dizimou as tribos hostis e instaurou pelotões de execução. Estima-se que entre 100 mil e 300 mil ugandenses tenham sido torturados e mortos durante o regime do ex-ditador, que costumava jogar os corpos no rio Nilo. Dezenas de milhares de refugiados fugiram do país.

Em abril de 1979, foi derrocado pelos rebeldes ugandenses no exílio, armados pelo presidente da Tanzânia, Julius Nyerere.

Amin Dada abandonou então o país e fugiu para a Líbia, mas teve de buscar um novo refúgio quando o ditador líbio Muammar Gaddafi o expulsou do país.

Finalmente obteve asilo em Jeddah (Arábia Saudita), em frente ao mar Vermelho, onde se beneficiou da solidariedade muçulmana e onde terminou tranquilamente seus dias, rodeado por metade de seus 50 filhos.
Amin Dada nunca enfrentou nenhuma ação judicial.
Idi Amin Dada, ex-ditador ugandense morreu dia 16 de agosto de 2003, aos 78 anos,
(Fonte: www1.folha.uol.com.br/folha/mundo – da Folha Online – 16/08/2003)

Veja cronologia da ditadura de Idi Amin Dada

Os oito anos em que o ex-ditador Idi Amin Dada esteve no poder em Uganda, entre 1971 e 1979, foram marcados pela repressão política exacerbada em resposta a um forte movimento interno de contestação.

Em 1971, Amin Dada derrubou o presidente Milton Obote. Depois de alguns meses de moderação, iniciou rapidamente a arbitrariedade como estilo de governo.

Ordenou assassinatos em massa e aprisionou os opositores. Dizimou as tribos hostis e instaurou pelotões de execução. Estima-se que entre 100 mil e 300 mil ugandenses tenham sido torturados e mortos durante o regime do ex-ditador, que costumava jogar os corpos no rio Nilo. Dezenas de milhares de refugiados fugiram do país.

Em abril de 1979, foi derrocado pelos rebeldes ugandenses no exílio, armados pelo presidente da Tanzânia, Julius Nyerere.

Ao perder o poder, seus amigos estrangeiros foram se afastando pouco a pouco, até abandoná-lo totalmente. Restou apenas a Arábia Saudita, país que lhe deu asilo por duas décadas e onde morreu hoje.

Leia abaixo uma cronologia dos oito anos da ditadura de Amin Dada:

25 de janeiro de 1971: Amin Dada, chefe do Exército, derruba o presidente Milton Obote.

30 de março de 1972: Uganda rompe relações diplomáticas com Israel.

5 de agosto de 1972: Amin Dada ordena a expulsão de 90 mil asiáticos, a maioria comerciantes indianos e paquistaneses, e de vários judeus.

10 de setembro de 1975: O papa Paulo 6º recebe Amin Dada, chefe em exercício da Organização da Unidade Africana.

4 de julho de 1976: Depois do sequestro de um avião da Air France por um comando palestino, uma força aérea israelense ataca o aeroporto de Entebbe, a 37 km de Campala. Todos os reféns são libertados. O ataque deixa 31 mortos, entre eles 20 ugandenses. Amin Dada encara esta intervenção como uma humilhação pessoal.

28 de julho de 1976: Uganda rompe relações diplomáticas com o Reino Unido.

Julho de 1978: Anistia Internacional afirma que 300 mil pessoas foram massacradas desde que Amin Dada assumiu o poder.

10 de outubro de 1978: Fracassa um atentado contra Amin Dada nos subúrbios de Campala.

31 de outubro de 1978: As forças de Uganda invadem territórios na Tanzânia.

11 de janeiro de 1979: Milton Obote, exilado na Tanzânia, convoca um levante.

11 de abril de 1979: Amin Dada é derrubado pela Frente Nacional de Libertação de Uganda (FNLU) e pelas forças da Tanzânia. O novo regime, dirigido por Yusuf Lule, chefe do FNLU, também seria destituído no dia 20 de junho por Godfrey Binaisa.

(Fonte: www1.folha.uol.com.br/folha/mundo – da France Presse, em Paris – 16/08/2003)
(Fonte: Veja, 18 de abril de 1979 – Edição n° 554 – Internacional – Pág; 34/35)

Em 11 de abril de 1979, o ditador de Uganda, Idi Amin, vai para o exílio, depois de oito anos de poder.
(Fonte: Zero Hora – ANO 49 – N° 17.351 – Almanaque Gaúcho/ Por Ricardo Chaves – 11 de abril de 2013 – Pág; 54)

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