Powered by Rock ConvertFoi precursor da bossa nova nos EUA
Herbie Mann foi um dos pioneiros da flauta no jazz, e ajudou a propagar a bossa nova nos Estados Unidos – (Foto: www.iheart.com/Divulgação)
Herbie Mann (Brooklyn, Nova York, 16 de abril de 1930 – Santa Fé, no México, 1º de julho de 2003), flautista norte americano que alcançou sucesso internacional ao misturar ritmos brasileiros ao jazz e colaborou com ícones como Tom Jobim e João Gilberto
O músico Herbie Mann, que também foi um dos pioneiros da flauta no jazz, conheceu a bossa nova em 1961, quando participou, ao lado de outros músicos americanos, de um festival de jazz no Rio e em São Paulo.
O flautista de jazz combinou diversos estilos musicais e influenciou profundamente movimentos como a chamada fusion e a world music, apaixonado por música brasileira, e ficou conhecido internacionalmente por interpretar diferentes estilos musicais e combinar de maneira criativa os ritmos brasileiros e africanos ao jazz.
Mann era um apaixonado por música brasileira, pela bossa nova de João Gilberto e Tom Jobim e veio ao Brasil, várias vezes, a partir dos anos 60. Em sua busca de ritmos e harmonias, passou também por diversos países da África e do Japão.
Herbert Jay Solomon, seu nome verdadeiro, nasceu no Brooklyn em Nova York, onde passou a maior parte de sua vida, mudou-se para Santa Fé, no México no final da década de 1980, e começou sua carreira como saxofonista no estilo de Lester Young, mas logo trocou o instrumento pela flauta transversal quando entrou para uma banda de jazz holandesa.
Ele começou tocando sax tenor, mas trocou o instrumento pela flauta ao conseguir emprego na banda de acordeonista holandês Matt Mattwes (1924-2009) e da cantora Carmen McRae (1922-1994). Sua criatividade musical pode ser conferida em vários discos: At the Wilage Gate (1962), African Suite (1959), Brasil, Bossa Nova & Blues (1962), Latin Mann (1965), Memphis Two Step (1971) e Eastern European Roots (2000).
O artista formou sua própria banda em 1958, tendo grande sucesso com discos como Herbie Mann/João Gilberto/Antônio Carlos Jobim, Do the Bossa Nova with Herbie Mann e Herbie Mann at the Village Gate, gravações que contribuíram para a difusão da bossa nova nos Estados Unidos.
O jazzista americano começou a chamar a atenção mundial no fim dos anos 50, quando convidou um músico de conga para tocar na sua banda e, com isso, começou a formar o som mesclado pelo qual ficou conhecido.
A partir de então, ele saiu em busca de ritmos pelo mundo, principalmente na África e na América Latina, criando uma espécie de world music, antes mesmo de o nome ter sido cunhado.
‘Som novo’
“Eu andava em busca de um som novo, diferente. Estava com o saco cheio do som de inspiração afro-cubana que vinha fazendo. A combinação de ritmo com melodia da bossa nova foi uma revelação.”
De volta aos Estados Unidos, Herbie Mann se viu motivado a voltar ao Brasil para gravar com músicos brasileiros.
“Ouvi o disco Jazz Samba (lançado em 1962, por Stan Getz e Charlie Byrd), e, apesar do respeito que tenho pelos dois, achei que aquilo não era bossa nova. Era música brasileira tocada por músicos americanos”, disse.
Em 1962, ele voltou ao Brasil para gravar o álbum Do The Bossa Nova with Herbie Mann, com Tom Jobim, o conjunto de Sérgio Mendes e Baden Powell.
O flautista gravou ainda Herbie Mann & Joao Gilberto with Antonio Carlos Jobim.
Seu álbum Memphis Underground foi uma das primeiras gravações do gênero conhecido como fusion e muitas de suas interpretações seriam chamadas hoje em dia de world music. Em uma idade em que muitos se aposentam, Mann continuou tocando: “Estou tocando agora melhor do que nunca”, disse em uma entrevista concedida em 1995.
Durante os anos 70, Mann quis se manter atualizado com o mundo pop e chegou a se envolver com o rock, o reggae e até com a disco music.
Mais para o final da sua vida, o flautista voltou às suas origens judaicas da Europa Oriental e fez uma música que recebeu o cunho de jazz cigano.
‘Desastre’
Herbie Mann foi uma das testemunhas da lendária noite de bossa nova no Carnegie Hall.
“Foi um desastre total. O Sidney Frey (dono da gravadora High Fidelity, co-produtora do show ao lado do Itamaraty) estava preocupado com a qualidade do som no palco, porque estava gravando o show para lançá-lo em disco.”
“O som para o público estava péssimo. Ninguém gostou. Todos os músicos presentes, como Erroll Garner, Gerry Mulligan, Tony Bennett e Miles Davis, ninguém gostou.”
“No dia seguinte, a adida cultural da embaixada brasileira, Nora Vasconcelos, me ligou perguntando se haveria alguma forma de redimir o show desastroso.”
“Eu consegui marcar dois shows no Village Gate. Aí sim, os músicos brasileiros puderam ser ouvidos.”
Herbie Mann morreu em 1º de julho de 2003, aos 73 anos, vítima de câncer, em Santa Fé, no Novo México. Mann sofria de câncer na próstata desde 1997.
(Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/cultura/story/2003/07/03 – CULTURA & ENTRETENIMENTO – 3 de julho, 2003)
(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/musica – CULTURA – MÚSICA – AGENCIA ESTADO – 02 JULHO DE 2003)
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(Fonte: http://musica.terra.com.br – DIVERSÃO – MÚSICA – 2 de julho de 2003)
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