Heloísa Alberto Torres, foi a primeira mulher a dirigir o Museu Nacional, no Rio de Janeiro

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Heloísa Alberto Torres (Rio de Janeiro, 17 de setembro de 1895 – 23 de fevereiro de 1977), antropóloga empreendeu inúmeras expedições para o norte do Brasil, tendo sido a expedição para a Ilha de Marajó, no Rio Amazonas, a mais famosa.

Foi a primeira mulher a dirigir o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, cargo que ocupou por 20 anos.

Carioca, nascida em 17 de setembro de 1895, Heloísa era filha de um dos grandes nomes da política, das letras e da justiça brasileira: Alberto Torres, que foi ministro do Supremo Tribunal Federal, governador do Estado, e teve presença marcante no início da república brasileira.

Nesta expedição, catalogou as cerâmicas das tribos marajoaras. Foi uma das poucas a ter reconhecimento internacional pelos seus estudos indigenistas, projetando a importância de se conhecer, preservar e estudar a cultura dos povos originários brasileiros.

Em 1925, Heloísa se tornou uma das primeiras mulheres a trabalhar no Museu Nacional do Brasil. Em 1938, foi nomeada a primeira diretora mulher do Museu.

Sua última expedição ocorreu na década de 50, em Arraial do Cabo.

BIOGRAFIA

Nascida no Rio de Janeiro, em 17 de setembro de 1895, Heloísa Alberto Torres era a terceira filha de Alberto Torres e Maria José Xavier da Silveira. Alcançou reconhecimento internacional por seus estudos e trabalhos nas áreas de antropologia, arqueologia e etnografia do Brasil – ocupando os principais cargos na área, inclusive o de primeira mulher a se tornar Diretora do Museu Nacional.

Passou parte da infância em Petrópolis, durante a gestão de Alberto Torres como presidente do Estado do Rio de Janeiro, quando foi aluna interna do Colégio Notre-Dame de Sion. Adquiriu diversos conhecimentos humanísticos e lingüísticos, sendo fluente em inglês e francês. Em uma de suas três viagens à Europa, durante a adolescência, escapou da morte em um naufrágio, ocorrido em 1907, em Lisboa.

Ingressou no Museu Nacional em 1918, quase um ano após o falecimento do pai, trabalhando como assistente do professor Roquete Pinto. Heloísa Alberto Torres, desde muito jovem, conviveu com alguns dos principais intelectuais brasileiros, amigos de Alberto Torres, como Rui Barbosa, Quintino Bocaiúva, Alberto de Oliveira e Nilo Peçanha. Foi fortemente influenciada por Roquete Pinto e pelo desbravador Marechal Rondon.

Em sua carreira, foi professora da Divisão de Antropologia, Etnografia e Arqueologia, membro do Conselho das Expedições Artísticas e Científicas do Brasil, diretora do Museu Nacional, nomeada por Getúlio Vargas em 1938 (cargo que exerceu até 1955), professora de Antropologia na Universidade do Distrito Federal e na Faculdade de Filosofia do Instituto Lafayete (atual UERJ), entre outros. Foi uma das pioneiras da luta pelos direitos das mulheres no Brasil e representante do país em diversas Conferências e Entidades Culturais no exterior.

Aos 81 anos, em 23 de fevereiro de 1977, numa noite quente de verão, Heloísa Alberto Torres faleceu, vítima de insuficiência respiratória aguda.

(Fonte: Deutsche Welle – NOTÍCIAS – BRASIL – As mulheres que ajudaram a desbravar o Brasil / Por Laís Modelli – 08.03.2018)

(Fonte: http://diariodoleste.com.br – Cultura – setembro 16, 2017)

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