Harun Farocki, foi um dos mais respeitados videomakers alemães

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Um dos mais respeitados videomakers alemães da atualidade

Autor de um estilo único de cinema-ensaio

Harun Farocki (Nový Jicín, 9 de janeiro de 1944 – Berlim, 30 de julho de 2014)cineasta, crítico e artista plástico alemão

Farocki nasceu em janeiro de 1944 em Neutitschein (Novy Jicin, hoje parte da República Tcheca), mas que na época pertencia ao Território dos Sudetas então anexado pela Alemanha.

Autor de quase uma centena de filmes para televisão e cinema – geralmente catalogados como filmes-ensaio –, e era o argumentista habitual do diretor Christian Petzold.

Encenador de algumas peças de Heiner Müller, editor da influente publicação Filmkritik nos anos 1970 e 80, professor de cinema em diversas universidades alemãs e estrangeiras, tinha neste momento em exibição na Hamburger Bahnhof, em Berlim, uma antiga estação de comboios convertida em museu de arte contemporânea, a exposição Ernste Spiele (Jogos Sérios), que ali ficará até 2015, e inaugurara também em 2014 a individual Paralelle (Paralelos), na delegação parisiense da galeria Ropac, que o representava desde 2007.

Em 2011 esteve no DocLisboa, que exibiu uma extensa retrospectiva da sua obra e organizou ainda, na Galeria Palácio Galveias, em colaboração com a Escola de Artes Visuais MAUMAUS, uma exposição de três instalações de Farocki: Três Duplas Projecções. (Nuno Crespo entrevistou na ocasião o realizador para o suplemento Ípsilon).

Harun Farocki ou o Cinema como Pensamento Crítico, título da retrospectiva, deu a ver filmes como (usam-se os títulos ingleses):Inextinguishable Fire (1969), An Image (1983), As You See (1986), Images of the World and the Inscription of War (1988), How to Live in the FRG(1990), What’s Up’ (1991), Videograms of a Revolution (1992), Workers Leaving the Factory (1995), The Appearance (1996), The Interview (1997),Still Life (1997), Prison Images (2000),War at a Distance (2003) e Respite(2007).

Em 2013, o seu filme A New Product esteve na competição internacional de curtas-metragens, e estava já prevista a exibição, este ano, de Sauerbruch Hutton Architekten (2013), que acompanha o desenvolvimento de seis projetos neste gabinete de arquitetura de Berlim. O filme será agora mostrado no Doclisboa como homenagem ao realizador.

A dimensão de artista plástico de Harun Farocki começou a afirmar-se mais nitidamente nos anos 2000 e teve um dos seus momentos de consagração na edição de 2007 da Documenta de Kassel, na qual participou com a instalação de media Deep Play.

O Museu de Arte de Telavive, o MoMA, de Nova York, ou a Tate Modern, em Londres, são alguns dos grandes museus que promoveram exposições individuais de Farocki.

Como cineasta, desenvolveu um estilo muito peculiar de documentário, que lança um olhar crítico sobre os media e o modo como as imagens configuraram a vida e a ideologia dos nossos dias.

Harun Farocki faleceu em 30 de julho de 2014, aos 70 anos. Farocki vivia há mais de 40 anos em Berlim, filmando, escrevendo e ensinando.

 

(Fonte:  http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia-1664975 – PÚBLICO  – 31/07/2014)

 

 

 

 

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