RAIOS QUE O PROVEM
Hans Christian Oersted (14 de agosto de 1777 Copenhage, 9 de março de 1851), físico e químico dinamarquês, descobriu que uma corrente elétrica criava um campo magnético como o dos ímãs. Em sua época, achava-se que a eletricidade não tinha nada a ver com o magnetismo. Mas, no final de 1820, Oersted passou a duvidar disso. Sua suspeita começou quando dava uma aula na Universidade de Copenhague.
Ele queria ensinar como provocar eletricidade juntando dois polos opostos. Mal fez isso, viu mexer o ponteiro magnético de uma bússola que estava na mesa por acaso. A reação dos outros professores foi de zombaria quando Oersted lhes contou o ocorrido. Mas curioso, o cientista repetiu a experiência, tirando proveito das tempestades, frequentes no inverno de seu país.
Várias vezes, saiu na chuva com uma bússola e sempre que caía um raio – que é uma corrente elétrica – o ponteiro se movia. Assim, provou a existência dos campos eletromagnéticos.
(Fonte: Super Interessante ANO 10 – Nº 4 – Abril de 1996 – Dito & Feito – Pág; 90)
Hans Christian Oersted nasceu na Dinamarca, era filho de um farmacêutico e estudou Filosofia na Universidade de Copenhague. Depois de viajar pela Europa, retomou àquela universidade e ali trabalhou como professor e pesquisador, desenvolvendo várias pesquisas no campo da Física e da Química.
Em um ensaio publicado em 1813 ele previu que deveria existir uma ligação entre a eletricidade e o magnetismo. Em 1819, durante uma aula de Eletricidade, aproximou uma bússola de um fio percorrido por corrente. Com surpresa, observou que a agulha se movia, até se posicionar num plano perpendicular ao fio. Quando a corrente era invertida, a agulha girava 180º, continuando a se manter nesse plano. Esta foi a primeira demonstração de que havia uma relação entre eletricidade e magnetismo.
Esse efeito, que foi chamado efeito de Oersted, pode ser verificado com uma pilha comum de 3 volts, um pedaço de cobre e uma bússola de bolso. Faça o fio passar sobre o vidro da bússola. Ligue uma ponta do fio a um dos pólos da pilha e a outra ao polo oposto. Assim que fizer a segunda ligação, a agulha da bússola mudará de direção: deixará de apontar para o Norte para se colocar perpendicular ao fio de cobre.
A descoberta do efeito de Oersted levou à fabricação dos primeiros galvanômetros. O galvanômetro compõe-se de uma agulha imantada , circundada por uma bobina de fio metálico. Quando a corrente elétrica atravessa a bobina, a agulha se desvia – evidenciando a passagem da corrente. O desvio para um lado ou para o outro, indica o sentido em que a corrente está fluindo pelo fio. Dependendo da intensidade da corrente este desvio pode ser maior ou menor.
Oersted publicou suas observações sobre o fenômeno em 1820. No mesmo ano, apresentou-as em Paris, causando grande interesse entre os pesquisadores.
Sua descoberta acidental, ocorrida no meio de uma aula, pode hoje ser vista como a iniciadora de um novo ramo de estudos: o Eletromagnetismo.
Oersted foi professor e conferencista de grandes recursos, dedicando-se ainda a escrever alguns artigos sobre filosofia. Em 1824, fundou uma sociedade para divulgar os conhecimentos científicos entre o povo.
(Fonte: http://www.geocities.ws/saladefisica9/biografias)
(Fonte: www.saladefisica.cjb.net)