Girsz Aronson, empresário que já foi chamado de “rei do varejo”, era dono da antiga rede varejista G. Aronson

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Empresário Girsz Aronson, foi o fundador da rede de eletrodomésticos G. Aronson, chegou a ter 34 lojas e faturar R$ 250 milhões ao ano

 

 

 

 

Empresário Girsz Aronson. (Foto: Almeida Rocha – 11.set.98/Folha Imagem)

 

 

Em 1999, rede faliu, com dívidas de R$ 65 milhões; no ano seguinte, Aronson voltou ao mercado e chegou a manter 4 estabelecimentos abertos

 

 

 

Girsz Aronson (Lituânia, 18 de janeiro de 1917 – São Paulo, 19 de junho de 2008), empresário, fundador da rede de eletrodomésticos, dono da antiga rede varejista G. Aronson, que chegou a ter 34 lojas e a faturar 250 milhões de reais por ano. Ele abriu sua primeira loja em 1944, aos 27 anos. Fez sucesso até 1999, quando se enrolou em dívidas milionárias com credores e foi a falência.

 

 

 

O empresário Girsz Aronson, já foi chamado de “rei do varejo” em São Paulo com a venda de eletrodomésticos. Russo de origem judaica, ele chegou a ter 34 lojas no Estado e faturar R$ 250 milhões por ano.

 

 

Ele chegou ao Brasil com 2 anos e começou no comércio aos 12, vendendo bilhetes de loteria em Curitiba (PR), onde morava com a mãe –viúva– e os irmãos. A fama veio quando Aronson vendeu um bilhete premiado e recebeu do apostador parte do dinheiro.

 

 

O empresário que ficou conhecido como o “rei do varejo” em São Paulo com a venda de eletrodomésticos, dono da rede G. Aronson, russo de origem judaica, nascido em 18 de janeiro de 1917, construiu um império de lojas que chegou a ter 34 unidades no Estado e faturamento de R$ 250 milhões por ano. Chegou ao país aos dois anos e começou no comércio aos 12, vendendo bilhetes de loteria em Curitiba, onde morava com a mãe -viúva- e os irmãos.

 

 

 

A fama veio quando vendeu um bilhete premiado e recebeu do apostador parte do dinheiro. A notoriedade lhe valeu convite de uma empresa de casacos de pele do Rio para ser representante de vendas em São Paulo, em 1944. Foi naquele ano que abriu a empresa G. Aronson.

 

 

 

Em 1944, uma empresa de casacos de pele do Rio o convidou para ser representante de vendas em São Paulo. Foi naquele ano que ele abriu a empresa G. Aronson. Chegou a vender 170 casacos em um mês, comprou um Dodge, carro cobiçado da época, e expandiu os negócios (bolsas de crocodilo).

 

 

 

Nos anos 60, criou a Gurilândia, especializada em artigos infantis. A rede G. Aronson começou a se expandir nos anos 70, após comprar loja de fogões em dificuldade financeira.

 

 

Nos anos 60, criou a Gurilândia, especializada em artigos infantis. A rede G. Aronson começou a se expandir nos anos 70, após comprar uma loja de fogões em dificuldade financeira. Em junho de 1999, a G. Aronson faliu, com dívidas de R$ 65 milhões. Na época, o comerciante culpou a explosão da inadimplência e a redução do poder de consumo da população.

 

 

Sequestro

 

 

 

Em setembro de 1998, Aronson foi vítima de sequestro dentro de sua empresa. Passou 14 dias no cativeiro e só foi solto após o pagamento de um resgate de R$ 117 mil.

 

 

No dia 17 de setembro de 1998, o dono da G. Aronson foi vítima de um sequestro dentro de sua empresa. Passou 14 dias no cativeiro e só foi solto, à noite, na rodovia Castelo Branco, sob chuva, após o pagamento de um resgate de R$ 117 mil. No cativeiro, chegou a quebrar o nariz e sofrer hematomas. O caso teve repercussão nacional.

 

 

Em junho de 1999, a G. Aronson faliu, com dívidas de R$ 65 milhões. Na época, o comerciante culpou a explosão da inadimplência e a redução do poder de consumo da população.

 

 

 

A volta

 

 

 

Em setembro de 2000, voltou ao varejo e inaugurou a primeira loja, com 20 m2, na rua Conselheiro Crispiniano (centro de SP), com o nome G.A. Utilidades Domésticas, com a ajuda dos filhos. Em novembro do mesmo ano, abriu a segunda loja, na avenida Brigadeiro Luís Antonio, com 700 m2.

 

 

No dia 4 de setembro de 2000, ele voltou ao varejo e inaugurou a primeira loja com 20 metros quadrados, na rua Conselheiro Crispiniano, no centro de São Paulo, com o nome G.A. Utilidades Domésticas, com a ajuda dos quatro filhos (Eliana, Elisabeth, Gerson e Gilberto). As vendas chegaram, segundo ele, a R$ 300 mil por mês.

 

 

Em novembro de 2000, o comerciante abriu a segunda loja, na avenida Brigadeiro Luís Antonio, com 700 metros quadrados, em um imóvel da família, com geladeiras, fogões e freezers no estoque.

 

 

A família chegou a manter quatro lojas abertas em São Paulo. Depois que Aronson ficou impossibilitado de trabalhar por causa da doença, a família fechou três estabelecimentos, diz Eliane. Apenas a loja na Conselheiro Crispiniano ainda funciona.

 

 

 

Girsz Aronson era um empresário de hábitos simples. Gostava de negociar diretamente com fornecedores e clientes. Durante anos, ia trabalhar de bicicleta. Mesmo nos tempos áureos dos negócios, sempre tinha tempo para falar com clientes e atender jornalistas.

 

 

 

Era um dos poucos empresários, nos anos 90, que não tinha receio de falar sobre aumentos abusivos de preços da indústria eletroeletrônica e criticar o governo por causa da elevada taxa de juros.

 

 

 

Para o presidente da Fecomercio SP, Abram Szajman, a rede criada por Aronson representa um marco no varejo ao antever o potencial do consumidor de baixa renda, baseado no crédito e em prazos longos. “Só que ele fazia isso sem o suporte de uma financeira. Por essa atitude arrojada, acabou pego no contrapé de uma crise de explosão da inadimplência.”

 

 

Morreu no dia 19 de junho, aos 91 anos, de câncer, em São Paulo.

Aronson, estava internado desde fevereiro no hospital Sírio-Libanês por causa de um linfoma.

O corpo do empresário, 91 anos, foi enterrado no Cemitério Israelita do Butantã.

O dono da rede descobriu que sofria de um câncer em novembro. Ficou internado por três meses no hospital Oswaldo Cruz, até ser transferido ao Sírio-Libanês.
A morte ocorreu às 20h50, depois de ficar dois dias inconsciente.

“Meu pai acreditava que era eterno”, disse a filha Eliane Aronson. “Ele só deixou de trabalhar porque ficou doente.” Segundo nota do hospital, ele morreu em decorrência de insuficiência de múltiplos órgãos.

(Fonte: Veja, 25 de junho, 2008 – Ano 41 – N° 25 – Edição 2066 –Datas – Pág; 158)

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano – FOLHA DE S. PAULO – DINHEIRO / COTIDIANO da Folha Online – 01/04/2004)

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(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro – FOLHA DE S. PAULO – DINHEIRO / DA FOLHA ONLINE DA REPORTAGEM LOCAL – MERCADO – São Paulo, 21 de junho de 2008)

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