Gerald Wilson, músico de jazz, lendário trompetista, arranjador, compositor e band leader

0
Powered by Rock Convert

 

 

Em 12 de fevereiro de 2012, Gerald Wilson chega à cerimônia do Grammy, em Los Angeles (Foto: Chris Pizzello/AP)

Em 12 de fevereiro de 2012, Gerald Wilson chega
à cerimônia do Grammy, em Los Angeles
(Foto: Chris Pizzello/AP)

 

Em carreira de 75 anos, ele trabalhou com Ray Charles e Duke Ellington.

Gerald Wilson (Shelby, Mississippi, 4 de setembro de 1918 – Los Angeles, 8 de setembro de 2014), músico de jazz, lendário trompetista, arranjador, compositor e band leader. O artista começou a tocar trompete aos 11 anos, época em que também fazia aulas de piano.

Gerald Wilson começou a carreira no final dos anos 1930 como trompetista da banda de Jimmy Lunceford (1902-1947). Isso foi antes de ele montar sua própria big band, em 1944, que tinha a trombonista Melba Liston (1926-1999). Wilson tocou e trabalhou como compositor e arranjador para nomes como Duke Ellington, Count Basie, Benny Carter e Dizzy Gillespie. Também fez arranjos para Ella Fitzgerald, Ray Charles, Sarah Vaughan, Carmen McRae e Bobby Darin (1936-1973).

O músico nasceu em Shelby, no Mississippi, e mais tarde se mudou com a família para Detroit. Lá, começou a ter aulas de piano e comprou seu primeiro trompete aos 11 anos. Durante o período em que tocou na banda com Lunceford, arranjou músicas de sucesso como “Hi Spook” e “Yard Dog Mazurka”.

Depois de quatro anos com Lunceford e um período no qual serviu na Marinha dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, Wilson trabalhou nas bandas de Benny Carter, Les Hite (1903-1962) e Phil Moore (1918-1987). Depois montou sua própria banda. Em 1949, trabalhou com a cantora Billie Holiday numa turnê pelo sul do país.

Nos anos 1950 e 1960, liderou suas próprias bandas, mas fez intervalos frequentes e se tornou um dos mais requisitados arranjadores e orquestradores do jazz e da música pop. Escreveu mais de 60 números para Ray Charles, fez canções para filmes como “Anatomia de um crime” (1959), de Ptto Preminger, e foi maestro e diretor musical do programa de TV “The Red Foxx Show”.

Mas, apesar desse sucesso comercial, nunca abandonou ou deixou de se dedicar ao jazz. “Decidi fazer o que eu queria fazer, e o que eu queria fazer era jazz. Porque, antes de mais nada, sou um músico de jazz”, afirmou em 2011 à revista “Jazz Times”.

 

Latino
O casamento com a americana de origem mexicana Josefina Villasenor fez Wilson incorporar a música latina às suas composições de jazz. “Viva tirado”, dedicada ao toureiro José Ramon Tirado, tornou-se um hit do da banda de rock El Chicano em 1970. Também compôs sua primeira peça singônica, “Debut: 5/21/72”, para Zubin Mehta e a Filarmônica de Los Angeles.

Com seus famoso cabelos brancos, Wilson se tornou famoso pelo seu estilo de reger, como se estivesse dançando. Para ele, a postura ajudava o público a entender o que estava ouvindo. “Eu coreografo a música ao regê-la”, afirmou à revista “Jazz Times” em 2011. “Marco [enfatizo]tudo – todos os momentos intensos.”

A popularidade de Wilson cresceu graças às suas aparições no Festival de Jazz de Monterey, nos Estados Unidos. Os organizadores o convocaram para escrever composições para o 40º e para o 50º aniversário do evento. O músico teve também seis indicações ao Grammy, incluindo duas pela música “Theme For Monterey”, em 1999.

Em 1990, Wilson foi nomeado Mestre do Jazz pelo National Endowment for the Arts, a maior homenagem dos EUA dada a músicos do estilo.

Nos últimos anos, ele continou compondo e regendo sua big band. Também trabalhou como radialista na KBCA-FM e deu aulas de jazz na California State University e na UCLA.

Gerald Wilson morreu em 8 de setembro de 2014, aos 96 anos, em casa, em Los Angeles, e a causa da morte foi pneumonia.

(Fonte: http://g1.globo.com/musica/noticia/2014/09 – MÚSICA – NOTÍCIA / Da AP – MÚSICA – 09/09/2014)

(Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/musica/2014-09-09 – MÚSICA – CULTURA – Por iG São Paulo – 

Powered by Rock Convert
Share.