Fulvio Pennacchi, pintor, ceramista e artesão. Último integrante do Grupo Santa Helena

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Fulvio Pennacchi (Villa Collemandina, 27 de dezembro de 1905 — São Paulo, 5 de outubro de 1992), pintor, ceramista e artesão.

Nasce em 1905, na Toscana, Itália. Estuda em Florença e diploma-se em pintura pela “Academia Real de pintura de Lucca”. Em julho de 1929 chega ao Brasil, estabelecendo-se em São Paulo.

Em 1930/35 cria os trabalhos a óleo “Cenas da Vida de São Francisco” e a série das “Obras de Caridade Corporais e Espirituais”.

Em 1935, realiza suas primeiras exposições no Brasil. Daí em diante, executaria vários trabalhos, entre murais, afrescos, ilustrações e trabalhos a óleo, lidando com cerâmica apenas em 1952. Em 1951 participa da I Bienal de São Paulo.

Último integrante do Grupo Santa Helena, que nos anos 30 reuniu em São Paulo pintores modernistas de origem operária, como Volpi, Pancetti e Bonadei, Pennacchi consagrou-se pela simplicidade e elegância com que tratou cenas de operários, camponeses e temas religiosos.

Em 1975, recebe do Presidente da República Italiana a Ordem “Al Mérito Della República Italiana”com o grau de Comendador. Um artista já consagrado, participa ainda de inúmeras exposições, recebendo muitos prêmios.

Ao contrário da obra de Portinari, marcada pela denúncia social, a pintura do imigrante italiano Pennacchi se caracteriza pela contenção e lirismo. Segundo Pietro Maria Bardi, Pennacchi era o único brasileiro capaz de realizar um afresco. Pennacchi morreu no dia 5 de outubro de 1992, aos 86 anos, de insuficiência respiratória, em São Paulo.

(Fonte: Veja, 14 de outubro de 1992 – ANO 25 – Nº 42 – Edição 1257 – Datas – Pág; 92)

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