Friedrich Karl Flik, empresário industrial, considerado o homem mais rico e influente da Áustria

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Friedrich Karl Flick, o homem mais rico da Áustria

Friedrich Karl Flick, o homem mais rico da Áustria (Foto: Getty Images/Reprodução)

Friedrich Karl Flick, o homem mais rico da Áustria (Foto: Getty Images/Reprodução)

Foi considerado o homem mais rico da Alemanha

 

Friedrich Karl Flik (Berlim, 3 de fevereiro 1927 – Wörthersee, Caríntia, região do sul da Áustria, em 6 de outubro de 2006), empresário industrial, considerado o homem mais rico e influente da Áustria e conhecido também por ter estado no centro do maior escândalo de financiamento dos partidos políticos na Alemanha

Flick, que nasceu na Alemanha, mas obteve a nacionalidade austríaca em 1958 e vivia no país alpino desde 1994, era filho de Friedrich Flick, um dos principais industriais da área armamentista do Terceiro Reich.

Flick não era propriamente um desconhecido – em vida foi considerado o homem mais rico da Alemanha. O seu pai, um industrial do setor siderúrgico, fez fortuna durante o III Reich; o filho multiplicou-a depois da guerra com negócios bem sucedidos.

Em 1985, porém, com apenas 58 anos, Flick vendeu o seu império por quase 3.000 milhões de euros e retirou-se para as margens idílicas do lago Woertersee, na ‘Riviera austríaca’, onde habitava um palacete que era uma autêntica fortaleza.

Cinco anos volvidos, com 63 anos, o milionário voltou a dar que falar na imprensa ‘cor-de-rosa’ porque casou-se em terceiras núpcias, com a filha dum carpinteiro, 30 anos mais nova.

Após o fim da Segunda Guerra Mundial, Friedrich Flick foi condenado pelos aliados nos julgamento de Nuremberg a sete anos de prisão, dos quais cumpriu três. Entre os motivos da condenação estava a utilização da mão-de-obra de prisioneiros judeus durante a guerra, submetidos a trabalhos forçados nas instalações da fábrica.

Friedrich Karl Flick era descendente de uma dinastia de empresários da área de aço, carvão e indústria de automação, mas em vez prosseguir com a tradição familiar, quando seu pai morreu, em 1972, vendeu de forma progressiva suas posses por bilhões.

Em 1984, seu império industrial tinha 43 mil funcionários e um volume de venda de 22 bilhões de marcos (11 bilhões de euros). Um ano depois, vendeu tudo por cerca de 5,4 milhões de marcos ao Deutsche Bank e foi para a Áustria.

No entanto, ficaria conhecido pela trama de financiamento dos partidos políticos alemães no qual se viu envolvido nos anos 80.

Este é considerado o maior escândalo político na Alemanha do pós-guerra.

O multimilionário fez doações às formações políticas, incluindo a democrata-cristã CDU, do então chanceler Helmut Kohl, em troca de favores fiscais.

Com os anos, soube-se que Flick tinha pagado à coalizão CDU-CSU 15 milhões de marcos; ao Partido Liberal (FDP), 6,5 milhões de marcos; e ao Partido Social-Democrata, 4,3 milhões.

Graças a estes pagamentos, o industrial pôde cobrar 1,9 bilhão de marcos do Deutsche Bank pela venda de sua participação no construtor automobilístico Daimler Benz sem pagar nem um centavo ao fisco. A divulgação destes fatos levou à demissão do ministro de Economia alemão, Otto Lambsdorff (1926-2009).

Apesar de a pressão política sobre o chanceler Kohl ter aumentado, o ex-chanceler alemão pôde seguir adiante uma vez que uma investigação parlamentar concluiu que não existiam provas suficientes contra ele.

A fortuna pessoal de Friedrich Karl Flick está avaliada em mais de 6 bilhões de euros, segundo a revista econômica austríaca “Trend”, o que o colocava entre os 50 homens mais ricos do mundo.

Para a revista “Forbes”, o patrimônio de Flick chegava a US$ 6,1 bilhões (4,8 bilhões de euros), que será herdado por sua família, formada por sua mulher Ingrid e seus quatro filhos.

O industrial morreu aos 79 anos, de “uma grave doença” na Caríntia, região do sul da Áustria, em sua luxuosa vila à margem do lago Wörther, disse seu administrador, Jörg-Andreas Lohr, à rádio pública “ORF”.

(Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo – NOTÍCIAS – MUNDO – Viena (EFE).- 06/10/2006)

(Fonte:http://expresso.sapo.pt/actualidade – ATUALIDADE – CARLOS MARTINS, CORRESPONDENTE EM BONA – 17.12.2008)

(Fonte: Veja, 25 de dezembro de 1991 – ANO 24 – Nº 51 – Edição 1214 – DATAS – Pág: 80)

(Fonte: http://noticias.uol.com.br/economia/ultnot/2006/10/06 – ECONOMIA – Viena / por (EFE) – 06/10/2006)

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