Francisco Maria da Silva, arcebispo da cidade de Braga, monsenhor profundamente identificado com o regime salazarista

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Francisco Maria da Silva (Murtosa, 15 de março de 1910 – Braga, 14 de abril de 1977), arcebispo da cidade de Braga, monsenhor profundamente identificado com o regime salazarista, exerceu grande influência em Portugal.

Dom Francisco Maria da Silva nasceu na Murtosa (Aveiro). Foi seminarista na arquidiocese de Évora, a cujo presbitério pertenceu. Doutor em Teologia pela Universidade Gregoriana (Roma), obteve na mesma Universidade o bacharelato em Direito Canónico. Em Évora foi professor do Seminário, Cónego e Vigário Geral. Foi nomeado bispo auxiliar de Braga, em 1956.

Nesta qualidade, esteve, em visita pastoral, nas 833 paróquias que então integravam a Arquidiocese. Foi o grande entusiasta do Lausperene Diocesano, iniciativa nascida do Congresso do Apostolado da Oração, de 1957. Foi nomeado Arcebispo cerca de sete anos depois da sua vinda para Braga. Inteligente, excelente orador, de carácter firme, tocou-lhe governar a Arquidiocese num período social e eclesialmente difícil.

Apoiou, assumidamente, a resistência à iminente ditadura totalitária que ameaçou o País. Promoveu inúmeras e variadas acções de formação para sacerdotes e leigos. Viveu e promoveu, por variadas formas, a devoção a Nossa Senhora. Promoveu a criação da Fraternidade Sacerdotal. Instituiu na Arquidiocese os Cursos de Cristandade.

Entre as obras que promoveu, contam-se, entre outras, o Centro Apostólico e a cripta do Santuário do Sameiro, a Casa da Acção Católica, o edifício do “Diário do Minho”, o Centro Apostólico Paulo VI, em Darque (Viana do Castelo). Esteve presente no Concílio Vaticano II: o anel pastoral (68), simples e pobre – uma das marcas do renovador espírito do Concílio – foi oferecido por Paulo VI em 1965 aos padres conciliares. A cruz peitoral (67) procede também de Roma: foi oferecida aos bispos presentes na 1ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, instituição criada pelo Concílio Vaticano II. Teve lugar em Roma de 29 de Setembro 29 a Outubro de 1967.

Francisco Maria da Silva morreu em 14 de abril de 1977, aos 67 anos, de câncer, em Lisboa, Portugal.

 

(Fonte: Veja, 20 de abril de 1977 -Edição 450 – DATAS – Pág: 83)

(Fonte: http://www.se-braga.pt/tm_expo_permanente_pt/Sala12 – Raízes de Eternidade)

 

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