Francisco Canas, um dos principais acusados do chamado processo Monte Branco

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Francisco Canas, acusado no processo Monte Branco

Era conhecido como “Zé das Medalhas”.

Francisco Canas (de gravata vermelha) à chegada ao tribunal em Maio de 2013 (Foto: ENRIC VIVES-RUBIO)

Francisco Canas (de gravata vermelha) à chegada ao tribunal em maio de 2013 (Foto: ENRIC VIVES-RUBIO)

 

Francisco Canas, ex-cambista e um dos principais acusados no megaprocesso ‘Monte Branco’, foi um dos principais acusados do chamado processo Monte Branco, investigado pela equipe de Rosário Teixeira, do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP). Era conhecido como “Zé das Medalhas”.

O caso Monte Branco é o exemplo de como a complexa finança pode, afinal, seguir caminhos simples ainda que ilícitos. A teia começava, aliás, numa comum loja da Baixa lisboeta, na Rua do Ouro. Francisco Canas, conhecido como o “Zé das Medalhas”, era o primeiro contato. O estabelecimento Monte Negro & Chaves, que ganhara fama como casa de câmbio após o 25 de Abril de 1974, serviu de porta de saída de pelo menos 3,4 mil milhões que rumaram à Suíça. Canas recebia uma comissão por cada transação.

No âmbito do processo Homeland, em que Duarte Lima foi condenado, Francisco Canas foi condenado a três anos de prisão, pela prática de um crime de branqueamento de capitais, menos um ano do que os quatro de pena de prisão efetiva a que fora condenado em primeira instância, em 2014.

O comerciante foi condenado no início do ano pelo crime de branqueamento de capitais num outro processo complexo, o Homeland, que investigou uma burla ao BPN.

Francisco Canas, que tinha 75 anos, era dono da Montenegro Chaves, loja da Baixa lisboeta onde se vendiam medalhas e moedas e que encerrou depois do início do processo Monte Branco, em 2012.

Segundo o DCIAP, a loja servia de fachada para um esquema de branqueamento de capitais desde 2006. Suspeita-se que o comerciante tenha movimentado pelo menos 100 milhões de euros em seis anos, ganhando um por cento de comissão pelas transferências de dinheiro entre Lisboa, Suíça e Cabo Verde.

Entre os arguidos do caso Monte Branco estão os gestores da Akoya como Michel Canals e Nicolas Figueiredo. O caso desencadeado há quase 4 anos ainda não tem acusação.

De acordo com a lei, com a morte de Canas, o processo contra ele extingue-se.

Francisco Canas faleceu em 5 de janeiro de 2017.

(Fonte: https://www.publico.pt/2017/01/05/sociedade/noticia – SOCIEDADE – PÚBLICO – 5 de Janeiro de 2017)

(Fonte:http://expresso.sapo.pt/sociedade/2017-01-05- SOCIEDADE / Por Hugo Franco – 5 de Janeiro de 2017)

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