Fernand Léger, foi um dos mais destacados cubistas e o primeiro a experimentar a abstração

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Fernand Léger (Argentan, Orne, 4 de fevereiro de 1881 – Gif-sur-Yvette, 17 de agosto de 1955), pintor francês, artista influenciado pelo avanço da tecnologia industrial do início do século XX.

Mundialmente reconhecido como um dos mestres do século XX, Fernand Léger foi um dos mais destacados cubistas e o primeiro a experimentar a abstração.

De origem modesta, de família de camponeses normandos, desde cedo interessou-se pelo desenho, o que o leva a Caen, capital da Alta Normandia, França, aos dezesseis anos, onde trabalhou como aprendiz de arquiteto. Em 1900, mudou-se para Paris,onde em um escritório de arquitetura e retoques fotográficos trabalhou como desenhista. Reprovado no exame de ingresso da Escola de Belas-Artes de Paris, estudou na Escola de Artes Decorativas e na Academia Julien; frequentando ainda vários ateliês, entrando em contato com a arte de Cézanne.

Aproxima-se dos cubistas em 1909, conhecendo os poetas Apollinaire, Max Jacob, Blaise Cendrars, os pintores Albert Gleizes, Robert Delaunay e, mais tarde, Georges Braque e Pablo Picasso. Em 1911, expôs no Salão dos Independentes e, no ano seguinte, participa da Section D’Or, e publica seu ensaio ‘Les origines de la peinture contemporaine’, na revista Der Sturm. Em contato com o Cubismo, Léger não aceitou sua representação exclusivamente conceitual, suas abstrações curvilíneas e tubulares contrastavam-se com as formas retilíneas preferidas por Picasso e Braque, e preconizavam uma aproximação às imagens orgânicas surrealistas.

Entre 1914-16, foi o primeiro a incorporar a atmosfera da sociedade urbana e industrial, a partir das máquinas da I Guerra, em que foi combatente.

Afasta-se da abstração e aproxima-se dos objetos e personagens do cotidiano da guerra e da civilização moderna. Recebeu Tarsilla do Amaral em seu ateliê entre 1923-1924, tendo sido marcante sua influência na formação da artista e do próprio Modernismo Brasileiro, na questão do progresso industrial. Sentindo necessidade de estabilidade, calma e pureza, pinta naturezas-mortas e murais abstratos (1924-26), sugerindo o espaço apenas pelo jogo da cor. Nos anos 30, aproximou-se dos círculos De Stijl. Fez também desenhos para vitrais, mosaicos e cerâmicas, cenários para o teatro e balé, e projetos de decoração, além de trabalhos para o cinema (entre eles, a direção do filme ‘Le ballet mécanique’, 1924).

Em decorrência da Segunda Guerra, refugia-se nos Estados Unidos, onde continua a dissociar a cor do desenho, procedimento que não abandonaria mais. Voltando à França em 1945, leva uma série de composições inspiradas na paisagem industrial americana. A partir de seu retorno, passa a desenvolver obras em séries, retratos, temas dos divertimentos populares: os ciclistas, reuniões no campo, palhaços e acrobatas, e ainda a sérei dos construtores, onde retrata a tensão da sociedade moderna, já na década de 1950.

 

 

(Fonte: Veja, 12 de janeiro de 2000 – ANO 33 – Nº 2 – Edição 1631 – ARTE/ Por Celso Masson – Pág: 142/143)

(Fonte: http://www.mac.usp.br/mac/templates/projetos/seculoxx/modulo1/construtivismo/cubismo)

 

 

 

 

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