Fabian Tomasi, agricultor argentino que se tornou símbolo da luta contra agrotóxico na Argentina

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Homem que se tornou símbolo da luta contra agrotóxico na Argentina

 

Símbolo da luta contra o glifosato na Argentina

 

 

Fabian Tomasi, agricultor argentino que trabalhou por anos lançando pesticida dos aviões e se transformou em um símbolo da luta contra o uso de agrotóxicos na Argentina

 

 

 

Argentino trabalhou durante anos aplicando glifosato sobre plantações e que se tornou símbolo da luta contra os agrotóxicos no país.

 

 

Desde 2005, o argentino trabalhou como aviador agrícola para uma empresa de pulverização da cidade de Basavilbaso, na província de Entre Rios. Seu trabalho consistia em aplicar pesticidas, especialmente o glifosato, sobre plantações. Fabián estava doente há mais de dez anos, período em que passou a denunciar e gerar consciência sobre o perigo da utilização de agrotóxicos.

 

 

O ativista foi protagonista do livro “Envenenados”, escrito pelo jornalista Patricio Eleisegui. Em sua conta no Twitter, Eleisegui escreveu: “Vai se um símbolo da luta contra as fumigações. Alguém decisivo para entender esse modelo que mata”, disse o La Nacion.

 

 

Ainda segundo o jornal argentino, Fabián relatava que, durante o período em que trabalhou com fumigação (controle de pragas por meio da aplicação de gás), nunca utilizou equipamentos de proteção e tampouco foi advertido sobre o risco de manipular o glifosato, herbicida utilizado em cultivos de sementes transgênicas envolvido em denúncias sobre seu potencial cancerígeno.

 

 

Nos útlimos anos, devido à doença, o argentino já não conseguia ingerir alimentos sólidos e perdia massa muscular. Para reforçar suas denúncias, Fabián deixou-se fotografar com o corpo esquelético. “Não cometamos o erro de pedir saúde e não justiça porque assim adoeceremos todos”, disse Fabián em uma entrevista citada pelo jornal argentino.

Fabián ficou doente há mais de dez anos. Resistia a morrer para poder denunciar a prática agrícola genocida que o destruiu”, disse à AFP  Medardo Avila, integrante da Rede de Médicos de Povos Fumigados, com quem compartilha essa luta.

 

 

Com uma filha, Tomasi dedicou os últimos anos de sua vida a gerar consciência sobre o perigo da utilização de pesticidas e até se deixou fotografar doente e esquelético como parte de sua militância, lembrou Avila.

 

Em seus testemunhos, Tomasi relatava que nunca havia usado proteção em seu trabalho, porque ninguém o havia advertido sobre o risco de manipular glifosato. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse pesticida usado para os cultivos com sementes transgênicas é, provavelmente, cancerígeno.

 

 

“Vai fazer que não reste ninguém. Toda terra que temos não vai chegar para sepultar tanta morte”, disse ele em entrevista à AFP há alguns meses.

 

 

Por causa da doença ele já não podia mais ingerir alimentos sólidos, perdia massa muscular e tinha dores nas articulações que limitavam sua mobilidade.

 

Ele começou a trabalhar com agroquímicos em 2005 para uma empresa fumigadora da província de Entre Ríos (centro-este), localidade onde faleceu.

Fabian Tomasi faleceu aos 53 anos, vítima de uma polineuropatia tóxica severa.

“Estamos com muita dor e muito indignados com sua morte. Temos um sistema de produção que polui meio país”, denunciou o médico ativista.

(Fonte: https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/afp/2018/09/10 – ÚLTIMAS NOTÍCIAS / Ciência e Saúde / Por Pablo Aharonian/AFP – Em Buenos Aires – 

(Fonte: https://revistagloborural.globo.com/Noticias/noticia/2018/09 – NOTÍCIAS / Por Redação Globo Rural – 10/09/2018)

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