Cineasta italiano Ermanno Olmi
Diretor ganhou a Palma de Ouro em Cannes com o filme ‘A Árvore dos Tamancos’
Ermanno Olmi (Bérgamo em 24 de julho de 1931 – Asiago, perto de Vicenza, 6 de maio de 2018), cineasta italiano, Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1978 com “A Àrvore dos Tamancos”,
Olmi, um cineasta autodidata e pioneiro do gênero documental, nasceu em Bérgamo em 24 de julho de 1931 e dirigiu quase 40 curtas-metragens e 20 longas-metragens, incluindo “A Árvore dos Tamancos” (“L’albero degli zoccoli”), um filme quase documental sobre a vida de quatro famílias de camponeses pobres no fim do século XIX.
O filme, considerado uma grande obra do cinema italiano, venceu a Palma de Ouro em Cannes em 1978 e o César de filme estrangeiros na França um ano depois.
Olmi criou um estilo muito pessoal e passou por vários formatos cinematográficos, incluindo o religioso em “Cammina Cammina” (1982), no qual contava a história dos reis magos com atores não profissionais.
Em 1987 recebeu o Leão de Prata do Festival de Veneza com “Lunga vita alla signora” e em 1988 venceu o Leão de Ouro com a “A Lenda do Santo Beberrão”), baseado em um conto de Joseph Roth (1894-1939).
Vinte anos depois recebeu o Leão de Ouro pelo conjunto de sua carreira.
O diretor italiano Ermanno Olmi, vencedor da Palma de Ouro em Cannes por “A Árvore dos tamancos” (1978) e do Leão de Ouro em Veneza por “A Lenda do Santo Beberrão” (1988), ficou conhecido por explorar temas sociais em dramas de viés humanista. Grande parte de seus filmes aborda a vida agrária, a estrutura de classes da sociedade e o catolicismo.
Filho do neorrealismo italiano, Olmi nasceu em Bérgamo em 24 de julho de 1931 e dirigiu quase 40 curtas-metragens e 20 longas-metragens. Ele iniciou sua carreira filmando documentários curtos, trabalhando muitas vezes com atores não profissionais. Seu primeiro longa-metragem comercial foi o drama “O Posto”, de 1961, sobre o isolamento de um jovem no mundo operário milanês. O filme foi para o Festival de Cinema de Veneza e foi bem recebido pela crítica.
Em entrevista em 2014 o diretor definiu sua obra como “uma forma poética de discutir os conceitos de povo, de terra, de fé”.
Ermanno Olmi faleceu aos 86 anos, em 6 de maio de 2018, anunciou o ministério italiano da Cultura.
Olmi estava doente há vários anos e faleceu no hospital de Asiago, perto de Vicenza (norte da Itália).
“A morte de Ermanno Olmi deixa a cultura italiana sem um gigante, um grande mestre do cinema italiano”, afirmou o ministro da Cultura, Dario Franceschini.
“Foi um intelectual profundo que sondou e explorou os mistérios do homem e explicou, com a poesia que caracteriza suas obras, a relação entre o homem e a natureza, a dignidade do trabalho, a espiritualidade”, completou o ministro.