Eleanor Powell, atriz, considerada a maior dançarina de Hollywood no fim dos anos 30 e início dos 40

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ELEANOR POWELL, DANÇARINA DO ESTÁGIO, RAINHA DO SAPATEADO E FILMES

 

Eleanor Powell, considerada a maior dançarina de Hollywood no fim dos anos 30 e início dos 40. (Foto: A Trip Down Memory Lane / Divulgação)

 

 

Eleanor Powell (Springfield, Massachusetts, 21 de novembro de 1912 – Beverly Hills, Los Angeles, Califórnia, 11 de fevereiro de 1982), atriz, considerada a maior dançarina de Hollywood no fim dos anos 30 e início dos 40.

Estrelou os filmes “Rosalie” e “Nascida para Dançar”, além de uma série de musicais americanos. Apareceu em público pela última vez em 1981, numa festa para Fred Astaire.

A exuberante e ágil estrela de sapateado de dezenas de musicais de Hollywood nos anos 1930 e 40, agraciou vários musicais luxuosos da “Broadway Melody” de Metro-Goldwyn-Mayer, bem como “Born to Dance” (1936), “Rosalie” (1937), “Lady Be Good” (1941). ) e “Milhares de Alegria” (1943).

Em 1961, depois de muitos anos aposentados, Eleanor Powell fez um retorno que começou no hotel Sahara, em Las Vegas, e, como disse o repórter do The New York Times, “deslumbrou” o público de capacidade no Quartier Latin em Londres, Nova York.

Sua última aparição pública foi em uma homenagem no ano passado a Fred Astaire – seu co-astro em “Broadway Melody of 1940” – no American Film Institute, em Washington.

 

Manchado na praia

 

Eleanor Torrey Powell nasceu em Springfield, Massachusetts, em 21 de novembro de 1912. Ela foi flagrada, aos 13 anos de idade, fazendo acrobacias na praia de Atlantic City e foi colocada em uma revista no Ritz Gr.

Depois de ter aulas de sapateado em Nova York, Eleanor Powell fez sua estreia no Casino de Paris, em Manhattan, em 1928. Nos sete anos seguintes, ela apareceu em sete revistas da cidade, incluindo “Hot-Cha”, produzido por Florenz Ziegfeld (1867-1932) em 1932.

Considerada a melhor dançarina de sapateado do país, Eleanor Powell foi contratada pela MGM em 1935. Seu primeiro grande filme foi “Broadway Melody of 1936”. O crítico do The Times disse: “Principalmente o noticiário do cinema esta manhã diz respeito a Eleanor Powell, uma garota esbelta e simpática com os pés mais eloquentes do show business ”.

Foram os ritmos primorosamente usados ​​de Eleanor Powell, que o The Times destacou em seu próximo filme, Born to Dance. Com sete músicas de Cole Porter, incluindo I Got You Under My Skin, ” o filme também introduziu o público de filmes para James Stewart.

Como uma princesa dos Balcãs em Vassar em ” Rosalie ”, o papel de Miss Powell foi descrito no The Times da seguinte forma: Ela “dança, sorri, canta, ouve Nelson Eddy cantar, parece séria, sorri de novo e é trazida topo de um bolo.”

Teamed With Astaire

Eleanor Powell se uniu a outro dançarino formidável, Fred Astaire, pela primeira vez em “Broadway Melody de 1940”. O crítico do Times achou que ela se misturou “lindamente com os padrões inexoravelmente lógicos de Fred Astaire”, especialmente no versão de “Por que Começa a Beguine”, de Cole Porter.

Um ano depois, em “Lady Be Good”, o The Times a achou “provavelmente a senhora mais inteligente em sapateado”. Mas em meados da década de 1940, a fascinação do público com sapateado estava se esgotando e a de Eleanor Powell popularidade sofrida. Ela se casou com o ator Glenn Ford em 1943 e depois se aposentou do show business. Seu único filho, Peter Ford, nasceu em 1946. Eleanor Powell obteve o divórcio de Ford em 1959.

A Ovação em Las Vegas

Em 1960, Miss Powell e seu filho estavam participando de uma apresentação de Pearl Bailey em uma boate de Las Vegas quando a Srta. Bailey a apresentou para o público. Ela dançou alguns números e conseguiu uma ovação.

“Isso me fez pensar – bem, eu não fui esquecido”, disse Miss Powell na época. ” Este foi um empurrãozinho. Outro era meu filho. Ele me agulhou: ‘Mãe, você nunca vai conseguir. Você pertence à era dos cavalos e andes. 

Encorajada por seu sucesso naquela noite, ela estrelou em uma revista de 50 minutos em Las Vegas que incluiu canções como “Fascinating Rhythm” e “Life Is Just a Bowl of Cherries”.

O espetáculo chegou a Manhattan em junho de 1961, e o The Times noticiou, após a noite de abertura, que “Eleanor Powell tem a Broadway a seus pés mais uma vez”.

Seu retorno foi breve, extenuante e dispendioso, e depois de 1961, a srta. Powell retornou à vida privada, preocupada principalmente com a igreja e o trabalho de caridade.

Eleanor faleceu em 11 de fevereiro de 1982, de câncer, em sua casa em Beverly Hills, Los Angeles, Califórnia. Ela tinha 69 anos de idade.

(Fonte: Veja, 17 de fevereiro de 1982 – EDIÇÃO 702 – DATAS – Pág; 69)

(Fonte: Companhia do New York Times – ARQUIVOS – 1982)

 

 

 

 

 

 

 

ELEANOR POWELL, A RAINHA DO SAPATEADO ABANDONOU HOLLYWOOD NO AUGE DO SUCESSO

 

Eleanor Powell, considerada a maior dançarina de Hollywood no fim dos anos 30 e início dos 40. (Foto: Cinema Clássico / Divulgação)

 

ELEANOR POWELL COMEÇOU A DANÇAR PARA SUPERAR A TIMIDEZ. ESTREOU AOS 17 ANOS NA BROADWAY, E POUCO TEMPO PASSOU A SER CONHECIDA COMO A “RAINHA DO SAPATEADO”.

 

Nascida em 21 de novembro de 1912 em Massachusetts, começou a dançar ainda na infância. Em 1921, o produtor Gus Edwards a levou para a Broadway. Sua agilidade na dança rendeu-lhe o título de Rainha do sapateado. Após participar de vários musicais e revistas, partiu para sua estreia em Hollywood.

A estreia nas telas veio em A Rainha de Copas (Queen High, 1930), onde apareceu fazendo uma pequena participação. O primeiro papel creditado, porém, viria apenas cinco anos mais tarde, em Escândalos de George White de 1935 (George White’s 1935 Scandals). Ela descreveu sua participação no filme como um desastre, mas L. B. Mayer sentiu que estava diante de uma grande promessa.

 

Eleanor Powell

Eleanor Powell com Jimmy Stewart em Born To Dance (Foto:Divulgação)

 

Particularmente a atriz não estava muito impressionada com Hollywood, e demorou bastante para assinar um contrato. Finalmente, em 1936 a MGM conseguiu convencê-la após muita insistência. Em Nascida para Dançar (Born to Dance, 1936), ela atuaria ao lado de Jimmy Stewart em seu único musical. Embora dançasse muito bem, Eleanor não cantava, e foi dublada por Marjorie Lane. Em geral o filme rendeu boas críticas e levou milhares de pessoas aos cinemas, rendendo à Eleanor uma grande popularidade.

Seguiram-se várias participações em musicais de sucesso como Rosalie (1937), Broadway Melody de 1938 e Honolulu (1939). Em 1940, ela chegava ao auge com Melodia da Broadway de 1940. Ela fez história ao dançar ao lado de Fred Astaire num número musical que é considerado o melhor de todos os tempos:

 

 

Na Hollywood dos anos 30 e 40, uma mulher dançarina apenas complementava o par masculino. A presença e profissionalismo de Eleanor incomodava alguns pares que estavam acostumados a brilhar mais, como Fred Astaire. A mulher, para eles, era apenas um complemento, e não uma parte da dupla. Astaire chegou a comentar que:

 

 

“EU AMO A ELEANOR POWELL, MAS ELA DANÇA COMO UM HOMEM. ELA É UMA DANÇARINA NOTÁVEL, MAS TEM UM ESTILO PRÓPRIO E É UM POUCO GRANDE PARA MIM”. 

 

 

Infelizmente, esses pequenos dramas masculinos contribuíram para que a atriz começasse a pensar em abandonar a carreira. E no auge da carreira, ela passou a atuar cada vez menos.

 

Eleanor Powell (Foto: Divulgação) 

 

Finalmente, em 1943, ela rompeu o contrato com a MGM. Em 1944 seria lançado seu último filme: “Sensações de 1945” seria um grande fracasso.

 

A atriz era descrita pelos colegas como uma mulher simples, que nunca se entregou ao “sistema de estrelas”. Bastante concentrada, chegava a ensaiar durante horas seguidas e não era chegada às festas dadas pelo estúdio. Alguns astros chegaram a corteja-la, porém sem sucesso: Clark Gable, Robert Taylor, Jimmy Stewart e Al Jolson.

 

VIDA POSTERIOR E CASAMENTO

 

 

Glenn Ford e Eleanor Powell (Foto: Getty Images / Divulgação)

 

 

Outro fator que a fez abandonar as telas foi o romance com o ator Glenn Ford. Os dois se conheceram um pouco antes da Segunda Guerra Mundial e foram apresentados pelo ator Pat O’Brien. Segundo Peter Ford, seu pai ficou impressionado desde a primeira vez que a viu em cores, pois só a tinha visto em filmes em preto e branco.

 

Finalmente em 1943 eles se casaram, e quinze meses depois nascia o único filho do casal, Peter. Segundo Peter, Glenn foi o único homem da vida da mãe, e ela não se arrependeu quando deixou a dança para se dedicar à família.

 

Em 1950, Eleanor faria uma pequena participação em  “Dutchess of Idaho”, ao lado de Esther Williams (1921-2013) e Van Johnson (1916-2008). No filme ela mostrou em cores que ainda era a melhor dançarina de Hollywood:

 

Durante o período em que esteve casada, ela também se dedicou à pequenas obras de caridade e à igreja.  O casal chegou a visitar o Brasil. Conta-se que ele ficou muito irritado ao perceber que o povo brasileiro dava mais atenção à esposa do que a ele. O casamento começou a entrar em declínio quando Ford começou a fazer sucesso e a sair com outras mulheres. Em 1959, 16 anos após unirem os laços, a ex-atriz resolveu dar um fim ao relacionamento.

 

O acordo de divórcio foi baixo, e ela precisava complementar a renda. Segundo seu filho, Eleanor passou por sérias dificuldades financeiras, chegando a ter uma horta em casa para que pudessem se alimentar. Com isso, foi obrigada a retornar aos palcos de Las Vegas e na Europa. pós três anos, ela se aposentaria de vez. A atriz também se dedicou a causas humanitárias e fazia constantes visitas a hospitais infantis. Ela vendeu sua casa em Beverly Hills e se mudou para um local menor com o filho.

 

 

Eleanor em 1981, durante a homenagem do AFI (American Film Institute) para Fred Astaire.

 

 

Em 1981 ela foi diagnosticada com um câncer no ovário, falecendo em 11 de fevereiro de 1982. Pouco tempo antes ela havia sido procurada para fazer uma autobiografia. Afastada há anos, ela dizia que não teria nada de interessante a falar sobre sua vida. Não tivera casos picantes e dedicara-se muito mais à família e às obras do que à Hollywood.

(Fonte: https://cinemaclassico.com/curiosidades – CINEMA CLÁSSICO – CURIOSIDADES / Por Carla Marinho – 12 de junho de 2017)

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