Edward Albert Christian George Andrew Patrick David, o Rei Eduardo VIII da Grã-Bretanha e Irlanda, dos domínios britânicos e Império da Índia

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Edward 8º abdicou ao trono britânico, em uma decisão que abalou o país em 1936

Impossibilitado de conciliar o desejo de se casar com Wallis Simpson e a coroa real, Edward 8º abdicou ao trono britânico, em uma decisão que abalou o país em 1936. (Foto: Getty Images / BBC News Brasil)

Impossibilitado de conciliar o desejo de se casar com Wallis Simpson e a coroa real, Edward 8º abdicou ao trono britânico, em uma decisão que abalou o país em 1936. (Foto: Getty Images / BBC News Brasil)

 

Edward Albert Christian George Andrew Patrick David, o Rei Eduardo VIII da Grã-Bretanha e Irlanda (1894 – 1972), Rei da Grã-Bretanha e Irlanda, dos domínios britânicos e Império da Índia (1936) nascido em White Lodge, Richmond, Surrey, Eng., também chamado Prince Edward, Duke Of Windsor, Prince of Wales (1911-1936), que teve um fugaz reinado (20 de jan-10 de dez), abdicando voluntariamente ao trono em favor de seu irmão Jorge VI (1895-1952), para se casar com a divorciada norte-americana Wallis Warfield Simpson, numa das mais interessantes “histórias de amor” que aquela corte já viveu.

Após recebeu sua educação básica por meio de tutores particulares, tornou-se cadete naval (207) e recebeu o título de Príncipe de Wales aos 16 anos de idade (1911). Entrou para o Magdalen College, em Oxford (1912), onde permaneceu até o início da da Primeira Guerra Mundial, quando fez questão de atuar no front da guerra. Após a guerra, preparando-se para ser o futuro monarca, viajou por muitas cidades do Reino Unido e do Império Inglês, tornando-se bastante popular, inclusive por sua fluente oratória. Viajando pelos Estados Unidos, conheceu Wallis Simpson, uma americana, divorciada uma primeira vez e novamente casada.

Com a morte de George V (20.01.1936) foi imediatamente coroado o novo rei britânico. Por volta do mês de setembro daquele ano, os jornais americanos e da Europa começaram a publicar artigos sensacionalistas sobre um relacionamento do rei com a Sra. Simpson. O agravante dessa relação extra-conjugal dela era que pelas leis britânicas e anglicanas não poderia obter um segundo divórcio, o que a impossibilitava tornar-se rainha consorte. Envolvido pela paixão o rei não hesitou muito e abdicou (11.12.1936) em favor de seu irmão, que assumiu o trono como George VI, sendo o primeiro rei da Inglaterra a tomar tal decisão. Logo após a coroação, o novo rei declarou seu irmão Duque de Windsor, com título pessoal de Sua Alteza Real, um título não hereditário e intransferível.

O segundo divórcio da Sra. Simpson, pelas leis norte-americanas, veio em maio e o casamento em junho do ano seguinte (1937), em Chateau de Cande, Monts, França. Assim, após reinar por apenas onze meses, abdicar e ser convertido em Duque de Windsor, viveu no exílio com Wallis Simpson, na França, durante os restantes 36 anos de sua vida, sem filhos. Morreu de causas naturais, em Paris (1972), aos 78 anos, e foi enterrado em Windsor, Berkshire, Inglaterra. O casal viveu uma relação apaixonada que escandalizou a conservadora sociedade inglesa da época. Sabe-se que eram dados ao alcoolismo, à festas que acabavam em orgias, à aventuras íntimas com pessoas do mesmo ou do outro sexo, além de demonstrar simpatias pela Alemanha nazista.

No dia 28 de maio de 1972, morre o Duque de Windsor, que como rei Eduardo VIII abdicara do trono inglês para casar com uma plebeia divorciada.
(Fonte: Zero Hora – ANO 47 – Nº 16.338 – 28/5/10 – Almanaque Gaúcho/ Por Olyr Zavaschi – Hoje na História – Pág; 62)
(Fonte: www.dec.ufcg.edu.br)

 

 

O caso de amor que foi pivô de crise que mudou história da família real britânica

Impossibilitado de conciliar o desejo de se casar com Wallis Simpson e a coroa real, Edward 8º abdicou ao trono britânico, em uma decisão que abalou o país em 1936.

“Finalmente, sou capaz de dizer algumas palavras minhas.”

Foi assim que o rei Edward 8º do Reino Unido (1894-1972), como era conhecido até o dia anterior, iniciou uma transmissão de rádio pela BBC no dia 11 de dezembro de 1936. Seu discurso deixou o público ouvinte em choque – e, mais do que isso, reformulou o futuro da monarquia britânica.

Por sete minutos, ele explicou por que decidiu renunciar voluntariamente ao trono – o primeiro caso de abdicação da monarquia inglesa – para se casar com a mulher que ele amava, a socialite norte-americana Wallis Simpson (1896-1986).

Até a semana anterior ao discurso, a maior parte do público britânico não sabia o que estava acontecendo.

Edward já era uma figura controversa antes da abdicação. Seu relacionamento com Simpson foi noticiado abertamente na Europa continental e nos Estados Unidos, mas a eficiente restrição das informações no Reino Unido, estabelecida entre o governo, a imprensa privada e a BBC, fez com que os britânicos só começassem a tomar conhecimento do assunto naquele momento.

O discurso transmitido pelo rádio foi o ato final do que havia se tornado uma crise constitucional no país.

O discurso de abdicação de Edward 8º: 'a decisão mais séria da minha vida' Foto: BBC News Brasil

O discurso de abdicação de Edward 8º: ‘a decisão mais séria da minha vida’ (Foto: BBC News Brasil)

 

Edward se apaixonou por Wallis Simpson, esposa do empresário norte-americano Ernest Simpson, no início dos anos 1930.

Este não foi o primeiro relacionamento de Edward com uma mulher casada. Mas, em janeiro de 1936, o tumultuado romance ganhou um novo significado, com a morte do rei George 5º (1865-1936) e a consequente chegada de Edward ao trono britânico.

Tudo se complicou ainda mais em outubro daquele mesmo ano, quando Simpson recebeu a sentença provisória do seu divórcio. Ficou então claro que o novo rei pretendia se casar com ela.

O casal enfrentou forte oposição de várias instituições britânicas. A Igreja da Inglaterra (da qual Edward, como rei, era chefe), o governo britânico e os próprios conselheiros de Edward deixaram claro que a ideia era inaceitável.

Documentos publicados em 2013 revelaram que o secretário de Estado para Assuntos Internos da época, John Simon (1873-1954), ficou tão preocupado em se manter informado sobre a escalada da situação que grampeou o telefone do rei.

O primeiro-ministro Stanley Baldwin (1867-1947) alertou Edward que, para ele, o público britânico simplesmente não aceitaria a possibilidade de que uma mulher americana, divorciada duas vezes, fosse sua rainha. Mesmo assim, ninguém conseguia dissuadir Edward, que afirmava estar preparado para abdicar se o governo continuasse se opondo ao casamento.

Com a pressão cada vez maior para que o rei desistisse do seu relacionamento, Edward tentou defender a possibilidade de um casamento morganático – entre pessoas com diferentes posições sociais – com Wallis Simpson. Desta forma, ele poderia continuar sendo o rei, enquanto Simpson não seria a rainha, mas apenas sua consorte. A ideia foi sumariamente negada pelo Gabinete.

O rei então declarou ao primeiro-ministro que gostaria de transmitir um apelo à nação. Edward foi o primeiro membro da família real a fazer um discurso transmitido pelo rádio em 1922. Ele conhecia o poder do rádio para formar opiniões.

No dia 3 de dezembro, ele escreveu um discurso explicando seus motivos. O rei acreditava ser capaz de influenciar a opinião pública, permitindo que ele se casasse e mantivesse o trono.

Mas o primeiro-ministro Baldwin disse a ele simplesmente que o discurso pelo rádio seria constitucionalmente impossível e dividiria a nação, se o público ficasse encarregado da decisão.

Por isso, seis dias depois, o rei cumpriu sua ameaça. Edward informou ao governo que, depois de reinar por menos de um ano, ele iria optar pelo amor de Wallis Simpson, renunciando às responsabilidades da coroa.

Explosão pelo rádio
Mesmo depois de decidir abdicar do trono, Edward ainda desejava explicar a decisão aos seus súditos. Assim, no dia seguinte à assinatura do documento de abdicação, ele discursou no Castelo de Windsor, em uma transmissão radiofônica organizada pelo próprio diretor-geral da BBC, John Reith (1889-1971) – o primeiro a ocupar o cargo na corporação.

No dia 11 de dezembro de 1936, às 22h01, hora de Londres, a BBC interrompeu uma reprise do seu popular programa Comic Opera para uma transmissão ao vivo. Reith apresentou aos ouvintes “Sua Alteza Real, o príncipe Edward”. O ex-monarca já havia renunciado ao título de rei.

John Reith então se pôs de lado para que Edward assumisse a posição em frente ao microfone.

Enquanto Edward se sentava, sua perna bateu acidentalmente contra a mesa. O ruído foi captado pelo microfone e levado ao ar.

Este incidente levou alguns jornais a interpretarem que o diretor-geral da BBC teria saído da sala batendo a porta em desaprovação, o que não aconteceu.

O ex-rei começou então seu discurso de despedida. “Nunca quis esconder nada, mas, constitucionalmente, não me era possível falar até agora.”

Edward prosseguiu, declarando lealdade ao seu irmão, o rei George 6º, que o sucedeu no trono. E afirmou que, embora tenha abdicado, nunca esqueceu o seu país, nem o Império Britânico.

O discurso foi reescrito com base no texto redigido pelo rei para defender sua posição ao público, poucos dias antes.

O futuro primeiro-ministro britânico Winston Churchill (1874-1965), na época, era um deputado conservador que apoiava a visão do rei. Ele foi convocado para revisar o discurso e muitas das frases da redação original foram mantidas na nova versão, incluindo as razões que levaram à decisão de Edward.

“Concluí ser impossível carregar o pesado fardo de responsabilidades e cumprir com as tarefas reais, como eu gostaria de fazer, sem o auxílio e o apoio da mulher que eu amo”, disse ele.

Edward declarou que a decisão era unicamente sua e que “a outra pessoa mais interessada tentou me convencer, até o último minuto, a seguir um caminho diferente”.

Após a transmissão, John Reith escreveu no seu diário que o príncipe sorriu com tristeza para ele ao se despedir. “O que aquele jovem havia jogado fora – a maior oportunidade que qualquer rei ou qualquer homem já teve. Eu senti pena dele”, escreveu Reith.

 

Entrevista de Edward 8º à BBC em 1970: 'Não tenho arrependimentos' Foto: BBC News Brasil

Entrevista de Edward 8º à BBC em 1970: ‘Não tenho arrependimentos’ (Foto: BBC News Brasil)

Depois da abdicação
A transmissão do discurso foi marcante na época e também abalou o diretor-geral da BBC.

John Reith escreveu que, quando voltou para casa, não conseguia falar sobre o ocorrido para sua esposa ou sua filha. Sua vontade era de “simplesmente me sentar na cadeira pensando e levou algum tempo até que eu conseguisse dormir”.

Apesar de terem recebido ordens em contrário, os engenheiros da BBC gravaram o discurso de abdicação de Edward, o que fez com que os arquivistas negassem a existência da gravação por muitos anos.

Depois da abdicação, Edward causaria ainda mais controvérsias. No ano seguinte, ele e Simpson fizeram uma visita extraoficial à Alemanha. Lá, eles se encontraram com Adolf Hitler e outros líderes nazistas.

Muitos anos depois, já em 1970, ele concedeu uma entrevista ao jornalista da BBC Kenneth Harris (1919-2005), na residência do casal em Paris, na França. Ele declarou que não se arrependia da decisão de abdicar.

Edward afirmou que não se considerava parte do “establishment”, o que talvez seja incoerente, considerando seus antecedentes e seu papel como antigo rei.

Para ele, a abdicação ajudou o “establishment” e, mesmo se “permanecesse solteiro”, ele teria ficado em curso de colisão com as instituições do país.

(Créditos autorais: https://www.terra.com.br/noticias/mundo – NOTÍCIAS/ MUNDO/ por Myles Burke – BBC Culture – 16 dez 2023)

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24 de abril de 1986 – Nesta data morria Wallis Simpson, a plebeia norte-americana por quem o rei Eduardo VII se apaixonou e cujo romance provocou uma crise constitucional no Império britânico. Uma quebra do protocolo deu início ao impasse na sucessão do trono do Reino Unido. O fato ocorreu quando Eduardo VII assistiu a sua aclamação como rei, da janela do palácio Saint James, ao lado da sua bem-amada Wallis Simpson, na ocasião em processo de divórcio, mas ainda casada. O não reconhecimento, à época, pela Igreja Anglicana, do casamento entre pessoas divorciadas, levou o rei Eduardo a abdicar do trono da Grã Bretanha para manter sua relação com Simpson. Mais tarde, casados, assumiram os títulos nobiliárquicos de duque e duquesa de Windsor.
(Fonte: Correio do Povo – ANO 116 – Nº 206 – Cronologia – 24 de abril de 2011)

 

 

 

Churchill pediu a duque de Windsor que não fosse à coroação de Elizabeth II
O ex-primeiro-ministro do Reino Unido Winston Churchill aconselhou o duque de Windsor, que abdicou como rei Eduardo VIII em 1936 para casar-se com a divorciada americana Wallis Simpson, que não assistisse à cerimônia de coroação de Elizabeth II em 1953, segundo documentos divulgados hoje.

Nos meses que anteriores ao histórico acontecimento, Churchill (1874-1965) e seus ministros analisaram todos os aspectos da cerimônia, entre eles a correspondência entre o político conservador e o duque de Windsor.

Os detalhes dessas reuniões de Gabinete entre 1951 e 1954 figuram nas atas do então ministro britânico da Presidência, Norman Brook, disponíveis agora nos Arquivos Nacionais do Reino Unido, com sede em Kew (sudoeste de Londres), informou hoje a agência local “PA”.

Em novembro de 1952, o ex-primeiro-ministro informou a seu Gabinete que tinha entrado em contato com o duque de Windsor, que vivia na França.

“Recomendei a ele que não viesse à coroação. Ele dirá à imprensa que não seria conseqüente com os costumes da coroação que assistisse a qualquer dos antigos soberanos”, escreve Brook.

Não está claro nos documentos se o pedido do primeiro-ministro obedecia a algum tipo de protocolo real ou se era uma opinião pessoal de Churchill, mas o duque seguiu o conselho e não compareceu à cerimônia.

Ben Pimlott se refere a esse fato em sua biografia sobre Elizabeth II, onde destaca que quando a monarca analisou com o arcebispo de Canterbury, primaz da Igreja Anglicana, a possibilidade de que o antigo rei tomasse parte na cerimônia, ambos concordaram que ele não deveria até mesmo ser convidado.
(Fonte: www.noticias.uol.com.br – NOTÍCIAS/ Londres, 4 ago (EFE) – 04/08/07)

 

 

 

Um amor real

O duque de Windsor e Wallis: união controvertida

O casamento que estremeceu as bases do império britânico e passou à posteridade como o caso do rei que abdicou do trono para seguir os caminhos do coração e casar-se com uma plebeia.

A história do duque de Windsor e de sua mulher, Wallis Simpson, costuma eletrizar, com intensidade, estudiosos da História da Inglaterra.

O príncipe Edward Albert Christian George Andrew Patrick David, filho do rei George V, era herdeiro do trono britânico. Certo dia, conheceu uma mulher que transformaria sua vida: a americana Wallis Simpson.

A família real britânica assistiu estarrecida à verdadeira obsessão que o príncipe passou a dedicar a Wallis.

Além de plebeia, ela já estava no segundo casamento e tinha um passado recheado de casos amorosos fortuitos. Era impensável que o futuro rei da Inglaterra escolhesse personagem tão controvertida para ser sua rainha. O príncipe comprou a briga. Mesmo coroado rei, em 1936, com o nome de Eduardo VIII, insistiu na união com Wallis até ser forçado a abdicar do trono em favor do irmão, um ano depois, para viver uma vida de exílio e badalação. O duque morreu em 1972 e Wallis em 1986.
(Fonte: Veja, 21 de novembro de 1990 – Edição 1 158 – ANO 23 – N°47 – LIVROS/ Por Rinaldo Gama – Pág; 96)

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