Edivaldo M. Boaventura, escritor e ex-diretor-geral do Jornal A TARDE e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba)

0
Powered by Rock Convert

Escritor e professor da Ufba

 

Edivaldo Boaventura foi diretor-geral do jornal A TARDE e presidente da Academia de Letras da Bahia.

 

 

 

Boaventura foi diretor-geral do jornal A TARDE e sempre foi um entusiasta da educação. (Foto: Marco Aurélio Martins / DIREITOS RESERVADOS)

 

 

 

 

Edivaldo Machado Boaventura (Feira de Santana, 10 de dezembro de 1933 – 22 de agosto de 2018), escritor e ex-diretor-geral do Jornal A TARDE e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

 

Boaventura, ocupava a cadeira 39 da Academia de Letras da Bahia (ALB) desde 1971. Edivaldo é natural de Feira de Santana (BA) e é bacharel em Direito e em Ciências Sociais pela Ufba. Em 1996, o Edivaldo assumiu a direção-geral do Jornal A TARDE.

 

 

 

Bacharel em Direito e em Ciências Sociais pela Ufba, Boaventura era natural do município de Feira de Santana. Ele cursou o Instituto International de Planificação de Educação/UNESCO, em Paris, era mestre e PhD em Educação pela The Pennsylvania State University, nos Estados Unidos. Em 1996, o professor assumiu a direção-geral do jornal A TARDE.

 

 

Boaventura foi secretário de Educação e Cultura da Bahia por duas vezes, uma entre 1970 e 1971 e a outra entre 1983 e 1987. Na última gestão como secretário, foi responsável pela criação da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), credenciou a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e impulsionou a criação da Universidade Estadual do Sudoeste Baiano (UESB) e Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).

Entre os anos de 2007 e 2011, Edivaldo presidiu a Academia de Letras da Bahia. A trajetória do educador foi reconhecida pelo governo de Portugal em junho de 2018, quando ele foi condecorado com a Ordem da Instrução Pública no grau de Comendador, pelos serviços prestados à educação e cultura nos dois países de língua portuguesa.

Vida acadêmica

 

 

Boaventura  nasceu na cidade de Feira de Santana, no dia 10 de dezembro de 1933. Após estudar o secundário no Colégio Antônio Vieira, em Salvador, formou-se em direito e ciências sociais, e obteve a livre docência pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). Era também mestre e Ph.D em educação pela Universidade Estadual da Pensilvânia (EUA).

 

 

Em 1968, a convite do reitor da Ufba, Roberto Santos, implantou a Assessoria de Planejamento encarregada da reforma universitária, quando publicou “Universidade em mudança”.

Como professor adjunto, transferiu-se da Escola de Administração para a Faculdade de Educação da Ufba, da qual é um dos fundadores, e entrou para o Conselho Estadual de Educação da Bahia (1968-1983, 1991-1996), presidindo-o de 1976 a 1978.

 

 

 

Ele também contribuiu para a criação da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e foi um dos fundadores da Academia de Ciências da Bahia. De acordo com o atual presidente da Academia, Jailson Andrade, uma das características de Boaventura é a atuação em diferentes áreas, nas quais ele sempre obteve destaque.

 

 

 

“Ele foi de pró-Reitor da Ufba a secretário de Educação. Como escritor, também teve destaque. Como professor, formou gerações. E ainda é membro de várias academias, como de Ciências e de Letras. Esta é uma característica importantíssima dele. Junto com Roberto, o professor Edivaldo passou pela nossa Academia desde o momento da concepção. Foi um prazer trabalhar com ele na organização”, afirmou.

 

 

 

Andrade ainda disse que Boavanetura “sempre foi muito disponível, sendo responsável por nossa publicação com as memórias da instituição, que já teve sete edições. É alguém que, mesmo com a diferença de gerações, sempre manteve uma amizade muito boa. A Bahia perde um grande baiano e o Brasil perde um grande brasileiro”.

 

 

 

Em A TARDE

 

 

 

A trajetória de Edivaldo Boaventura no Jornal A TARDE começou em 1996, quando assumiu o cargo de diretor-geral. Durante a gestão, ele deu especial atenção ao projeto A TARDE Educação, inserindo o jornal nas escolas do interior da Bahia.

 

 

 

Nos últimos anos, o professor era era articulista de A TARDE, escrevendo quinzenalmente na editoria de Opinião.

 

 

 

Livros e homenagens 

 

 

 

O imortal foi autor de 40 obras literárias, entre elas “Castro Alves: um parque para o poeta”, “Jorge Calmon – o jornalista” e “A construção da Universidade baiana: origens, missões e afrodescendência”.

 

 

 

Em 2016, tomou posse como membro da Academia de Ciências de Lisboa (Portugal), fato comemorado pelo filho, o ator e cantor Daniel Boaventura.

 

 

Em junho de 2018, ele foi condecorado pelo governo português com a Ordem da Instrução Pública no grau de Comendador, pelos serviços prestados à educação e cultura nos dois países de língua portuguesa. A esposa e a filha, Solange do Rego Boaventura e Lídia Boaventura Pimenta, o representaram na cerimônia de entrega.

 

Edivaldo Boaventura morreu em 22 de agosto de 2018, aos 84 anos. Ele não resistiu a complicações de uma cirurgia cardíaca.

 

Em nota, o governador do estado, Rui Costa, o prefeito de Salvador, ACM Neto, o presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, o secretário de Educação, Walter Pinheiro, e o presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, Léo Prates, emitiram nota de pesar pela morte de Edivaldo Boaventura. Confira íntegras dos comunicados abaixo:

Fernando Guerreiro

Fernando Guerreiro, Presidente da Fundação Gregório de Mattos, afirma em nota estar “muito triste com a passagem do Prof. Edivaldo Boaventura. Grande personalidade , pensador e professor de gerações, Edivaldo sempre me conquistou pelo bom humor. Um humor fino, inteligente, preciso, que soube transmitir com maestria para o filho, meu grande amigo , Daniel Boaventura. Vamos lembrar dele como um mestre, que deixa seu legado através de várias gerações. Viva Professor Edivaldo!”

Léo Prates

O presidente da Câmara, vereador Leo Prates (DEM), lamentou o falecimento do escritor, educador e ex-diretor-geral de A Tarde Edivaldo Boaventura, nesta madrugada. “O professor Edivaldo Boaventura foi um educador nato e um intelectual atuante que enriqueceu as culturas baiana e brasileira. Ele dedicou boa parte de sua vida pública à formação de jovens, ajudando, por meio da educação, na transformação do nosso país para melhor”, afirmou o presidente do Legislativo de Salvador. Leo Prates lembra que o professor Edivaldo Boaventura foi presidente do Conselho de Educação da Bahia, entre 1976 e 1978, e secretário de Educação e Cultura da Bahia, por duas vezes (1970-1971 e 1983-1987), quando criou a Universidade do Estado da Bahia (Uneb), exercendo o cargo de reitor. “É uma perda irreparável. Deixo o meu pesar aos familiares e amigos do professor Edivaldo Boaventura, dividindo com todos este momento de profunda dor”, lamentou Leo Prates.

Walter Pinheiro

O professor Edivaldo Boaventura ficará para sempre na memória dos baianos como uma pessoa à frente de seu tempo, com uma trajetória intelectual e profissional ímpar. Ele foi um dos secretários estaduais da Educação mais brilhantes de todos os tempos, fundador da Universidade do Estado da Bahia, uma das maiores instituições públicas de ensino superior multicampi do Brasil, e também fundou a Academia de Ciências da Bahia. Grande expoente na literatura, teve destacada atuação na Academia Baiana de Letras. Como jornalista, deu grandes contribuições para a sociedade, sempre pautado na ética e nos princípios democráticos. Neste momento, nos solidarizamos com a família e agradecemos ao grande mestre por seu legado.

UESB

A Uesb lamenta a morte do escritor e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Edivaldo Boaventura, ocorrida nesta quarta, 22. Natural de Feira de Santana, Boaventura, de 84 anos, foi secretário de Educação e Cultura da Bahia, nas décadas de 1970 e 1980, e colaborador para a criação da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), da qual foi reitor.O docente também atuou para o credenciamento da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uesf) e contribuiu para criação da Uesb e da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). O professor, que era graduado em Direito e em Ciências Sociais pela Ufba, presidiu ainda a Academia de Letras da Bahia, de 2007 a 2011. Durante sua trajetória, também diretor-geral do Jornal A Tarde. A Universidade se solidariza com os familiares e amigos de Edivaldo Boaventura.

 

(Fonte: https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2018/08/22 – NOTÍCIA / Por G1 BA – 22/08/2018)

(Fonte: http://atarde.uol.com.br/bahia/salvador/noticias – NOTÍCIAS / BAHIA| Salvador / Por Thaís Seixas – 22/08/2018)

Powered by Rock Convert
Share.