Donald Woods, jornalista e militante anti-apartheid sul-africano, famoso por sua amizade com o líder negro Steve Biko, morto em 1977 enquanto estava sob custódia da polícia sul-africana

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Editor de jornal que lutou contra o apartheid

Donald Woods, ativista anti-apartheid

Ativista que travou uma cruzada como o editor de um jornal anti-apartheid sul-africano, imortalizado no filme “Um Grito de Liberdade”

 

Donald James Woods (Hobeni, África do Sul, 15 de dezembro de 1933 – Londres, 19 de agosto de 2001), veterano ativista contra o apartheid na África do Sul e jornalista que era branco, ficou famoso por sua amizade com o líder negro Steve Biko, morto em 1977 enquanto estava sob custódia da polícia sul-africana.

Jornalista e militante anti-apartheid sul-africano, Woods travou uma cruzada como o editor de um jornal anti-apartheid sul-africano, imortalizado no filme “Um Grito de Liberdade” (1987).

 

 

Woods, editor do jornal “East London Daily Dispatch” de 1965 a 1977, apareceu nas manchetes a atraiu a atenção do mundo para o caso do assassinato do prisioneiro político e líder do movimento Consciência Negra Steve Biko.

 

 

Nascido de uma família branca há cinco gerações na África do Sul, Woods tomou consciência do que veio a chamar de “grande mentira obscena” do apartheid enquanto estudava na Universidade da Cidade do Cabo, nos anos 1950.

 

 

Começou então atuar politicamente, empregando jornalistas negros no “East London Dispatch” e escrevendo notícias favoráveis ao movimento negro, além de dialogar com líderes negros e brancos. Sua militância rendeu-lhe a cassação de direitos e posteriormente o exílio.

 

 

Woods escreveu vários livros sobre a África do Sul, entre eles, uma biografia de Steve Biko, na qual foi baseado o filme Um Grito de Liberdade, com Denzel Washington.

 

 

O jornalista lutou incansavelmente contra o regime de segregação racial que vigorou durante décadas na África do Sul.

 

 

Perseguido

 

 

Enquanto foi editor do diário sul-africano Daily Despatch, Donald Woods criticou sem piedade a política de discriminação adotada pelo partido do governo, o Partido Nacional.

 

Ele foi preso e proibido por cinco anos de voltar à sede do jornal, de viajar, escrever ou falar em público.

 

 

Numa atitude audaciosa, Woods vestiu-se de padre e fugiu da África do Sul.

 

 

Ele morou durante muitos anos em Londres e só voltou à África do Sul depois que o país foi democratizado.

 

Donald Woods faleceu em 19 de agosto de 2001, em Londres, vítima de câncer, aos 67 anos.

 

Woods, que tinha 67 anos, sofria de câncer há dois anos e morreu em um hospital londrino, acompanhado por sua mulher Wendy e seus cinco filhos, disse a filha Jane.

 

“Foi um choque, porque sua condição tinha piorado apenas nas duas últimas semanas”, disse ela.

 

O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, primeiro líder antiapartheid do país, telefonou para Woods no hospital para desejá-lo melhoras há alguns dias.

 

O presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, elogiou Woods por sua coragem na luta contra o apartheid e expressou “remorsos sinceros” por sua morte.

 

“É um choque e um golpe doloroso para o país perder uma pessoa da estatura de Donald Woods”, disse Smuts Ngonyama, porta-voz do Congresso Nacional Africano, partido de situação na África do Sul.

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/folha/reuters – NOTÍCIAS / da Reuters, em Londres – 20/08/2001)

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(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc – FOLHA DE S.PAULO – BBC / da France Presse, em Londres – 19.ago.2001)

(Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2001 – NOTÍCIAS – 19 de agosto, 2001)

© BBC World Service

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