Demóstenes Torres entrou para a história do Senado brasileiro ao se tornar o 2º a perder o cargo

0
Powered by Rock Convert

Demóstenes Torres tem mandato cassado pelo Senado

Considerado até março como um dos mais combativos políticos do Congresso, na quarta-feira, 11
o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) entra para a história como o segundo senador cassado no país.

O primeiro foi Luiz Estevão, em 2000, devido ao escândalo do superfaturamento das obras do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. Em sessão acompanhada por 80 senadores, 56 foram favoráveis à punição do parlamentar acusado de usar o mandato em prol do grupo do bicheiro Carlos Cachoeira. Dezenove votaram contra e cinco se abstiveram.

O senador Humberto Costa (PT-PE), relator do caso no Conselho de Ética e primeiro a falar a um plenário cheio, por volta das 11h, afirmou que o senador cometeu irregularidades “graves” e pediu aos colegas que não se deixem levar pelo “corporativismo” na votação desta quarta-feira. “Abusou de prerrogativas asseguradas a membros do Congresso Nacional”, declarou.

O senador Pedro Taques (PDT-MT), que relatou o caso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, usou seu discurso para ressaltar que o rito legal foi respeitado e que Demóstenes teve ampla chance de defesa durante o processo. “O senador adotou conduta incompatível com o decoro parlamentar, ferindo de morte a dignidade do cargo e a ética que se impõe”, afirmou.

Enquanto os relatores discursavam, Demóstenes permaneceu no plenário, sentado ao lado de seu advogado, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Em seu discurso de defesa, o ex-senador se comparou a um “cão sarnento” e voltou a dizer que não há provas contra ele. “Por que minha cabeça tem que rolar? Provei que sou inocente”.

Após ter o mandato cassado, Demóstenes deve voltar ao cargo de procurador de Justiça de Goiás, do qual se licenciou em 2001 a fim de se eleger a primeira vez senador da República. No retorno, o parlamentar está na iminiência de ser investigado pelo Ministério Público.
(Fonte: http://br.noticias.yahoo.com – 11/07/12)

O goiano Demóstenes Torres entrou para a história do Senado brasileiro dia 11 de julho de 2012. Ao ter cassado por 56 votos contra 19, ele se tornou o segundo senador a perder o mandato. O primeiro havia sido Luiz Estevão (PMDB-DF).

Em 2000, Estevão perdeu o mandato por quebra de decoro sob a acusação de envolvimento no escândalo de desvio de recursos da construção do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo, o mesmo do juiz Lalau.

Demóstenes foi cassado por causa de suas relações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.

O sobrevivente e os fujões

Na história do Senado, outros senadores também padeceram sob acusações de quebra de decoro. Mas, os desfechos foram bem diferentes aos de Demóstenes e Luiz Estevão. Suspeito de ter contas pessoais pagas por um lobista, o então presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), escapou da cassação em 2007. Quarenta senadores optaram pela absolvição e 35 foram contra. Houve seis abstenções. Em dezembro, escapou novamente, da suspeita de uso de laranjas na compra de rádios. Em troca da manutenção do mandato, deixou a presidência.

Mas há aqueles que preferiram renunciar ao mandato a encarar o julgamento dos colegas. É o caso do baiano Antonio Carlos Magalhaes (antigo PFL, hoje DEM) e de Jose Roberto Arruda (PFL-DF), que, acusados de violar o painel do Senado, abandonaram a Casa em 2001. Jader Barbalho (PMDB-PA) também renunciou no mesmo ano, sob suspeita de desvio de verbas no Para.

(Fonte: zerohora.clicrbs.com.br/rs/politica/noticia/2012/07)

Powered by Rock Convert
Share.