Délio Jardim de Mattos, brigadeiro carioca, ministro da Aeronáutica do governo de João Figueiredo.

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Délio Jardim de Mattos, brigadeiro carioca, foi ministro da Aeronáutica ao longo dos seis anos de governo do ex-presidente João Figueiredo. Sempre ligado às articulações políticas dentro dos quartéis, Mattos participou, em 1955, de um movimento contra a posse de Juscelino Kubitschek. Acabou preso e destituído do comando da Base Aérea Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro. A estrela do brigadeiro subiu depois da deposição do presidente João Goulart, em 1964, quando integrou vários dos governos militares. Teve um cargo no Gabinete Militar de Castello Branco e trabalhou pela candidatura de Ernesto Geisel à Presidência. No final do governo Figueiredo, apoiou abertamente a candidatura de Paulo Maluf à Presidência, na disputa com Tancredo Neves.

Esse apoio resultou numa briga entre o brigadeiro e o ex-governador baiano Antônio Carlos Magalhães, que deixou o PDS de Maluf para apoiar Tancredo. Délio considerou a atitude de Antônio Carlos como a de “covarde e traidor”. A resposta de Magalhães teve o efeito de um terremoto. Disse que o ministro fazia o “jogo de um corrupto”. Délio se calou para sempre sobre o assunto e não voltou a fazer pronunciamentos em público. Desde o fim do governo Figueiredo, o brigadeiro era conselheiro do Banco Cidade. Délio Mattos morreu dia 13 de setembro, 1990 aos 73 anos. De enfisema pulmonar, no Hospital da Força Aérea, no Rio de Janeiro.

(Fonte: Veja, 19 de setembro de 1990 – Edição 1148 – Datas – Pág; 106)
(Fonte: Zero Hora – ANO 50 – N° 17.461 – 30 de julho de 2013 – HÁ 30 ANOS EM ZH – 30 de julho de 1983 – Pág; 47)

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