Décio Andriotti, filósofo e historiador, referência na pesquisa da história da música erudita no Rio Grande do Sul

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Décio Andriotti , filósofo e historiador, referência na pesquisa da história da música erudita no Rio Grande do Sul. Intelectual, lecionou matemática e História no Colégio Catarinense, em Florianópolis.

Ele nasceu em Guaíba e se tornou bacharel em Filosofia, tendo lecionado História e Matemática no Colégio Catarinense, em Florianópolis e também nos colégios Parobé e Protásio Alves, em Porto Alegre.

Apaixonado por música erudita, editou por 40 anos a Európera, onde divulgava a programação na área do exterior, viajando para a Europa e EUA duas vezes ao ano, para prestigiar as temporadas.

Figura ativa em concertos e óperas da cena porto-alegrense, Andriotti costumava ir duas vezes por ano à Europa para assistir ao circuito erudito nas principais capitais.

No retorno de suas viagens, costumava distribuir relatórios com críticas sobre as apresentações, destinados aos amantes da música clássica e a jornalistas da área cultural.

Formado em Letras e Filosofia e pós-graduado em História da Arte, Andriotti foi também professor de matemática. Fez da paixão pela música erudita e pela cultura sua grande missão de vida, sem perder a conexão com a educação. Dedicou-se a uma longa pesquisa sobre a história da música erudita no Rio Grande do Sul, feita em arquivos e bibliotecas de cidades do interior do Estado – há textos seus em coletâneas gaúchas sobre a cultura e a música do Sul.

Foi responsável por ministrar cursos sobre música em diferentes instituições de Porto Alegre. Também foi professor do Liceu Musical Palestrina, que ficou em atividade durante mais de 60 anos, a partir de 1938, e formou diversas gerações de músicos no Rio Grande do Sul. Até em 2017, circulava como convidado de sessões de cinema comentadas ou de bate-papos sobre a cena da música clássica.

Décio Andriotti, de formação jesuíta, era um grande benfeitor da biblioteca da Unisinos, setor de obras raras e Memorial Jesuíta, com o qual contribuiu com doações.

Décio Andriotti morreu em 29 de abril de 2018, em Milão, na Itália, aos 85 anos. Desde dezembro, Andriotti estava internado na cidade italiana em razão de um acidente vascular cerebral (AVC) e não resistiu a complicações do quadro.

Estava em solo italiano justamente para acompanhar a temporada 2018 quando passou mal.

Décio Andriotti, “de formação jesuíta, era um grande benfeitor da biblioteca da Unisinos, setor de obras raras e Memorial Jesuíta, com o qual contribuiu com doações. “Ele deixou a ordem, mas continuou amigo: visitava a Unisinos, ia aos concertos. Se eu tivesse que defini-lo, diria que era um grande amigos das artes”, disse o padre Pedro Gilberto Gomes, vice-reitor da universidade e seu amigo há mais de 20 anos”.

Por sua vez, Luiz Osvaldo Leite, que conviveu por 74 anos com o intelectual, lembra que quando Décio Andriotti lecionou matemática e História no Colégio Catarinense, em Florianópolis, “criou o cineclube dos alunos, tendo influenciado Rogério Sganzerla a fazer cinema”.

(Fonte: Correio do Povo – ANO 123 – N° 229 – Arte & Agenda – Variedades – 17/05/2018)

(Fonte: http://www.ihu.unisinos.br – INSTITUTO HUMANISTAS UNISINOS – 02 Maio 2018)

A informação é publicada por Zero Hora, 01-05-2018.

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