David Neves, crítico, roteirista e diretor de cinema. Foi um dos principais idealizadores do Cinema Novo

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Neves: cronista do Rio de janeiro

David Neves (Rio de janeiro, 14 de maio de 1938 – Rio de janeiro, 23 de novembro de 1994), crítico, roteirista e diretor de cinema. Foi um dos principais idealizadores do Cinema Novo.

Neves iniciou carreira como crítico e documentarista. Seu primeiro longa-metragem, Memória de Helena, data de 1969. Na trilogia composta dos filmes Muito Prazer, Fulaninha e Jardim de Alah, retratou de maneira crua personagens da Zona Sul carioca.

O cineasta, cujo maior sucesso de público foi Luz del Fuego, era considerado uma espécie de cronista do Rio de janeiro.

O cineasta preparava-se para iniciar as filmagens do que seria seu último trabalho: o longa-metragem “As Meninas”, um roteiro adaptado do livro de Lygia Fagundes Telles.

Neves é diretor de “Luz del Fuego”, “Memória de Helena” e “Lúcia McCartney”, entre outros.

No final de 1993, ele lançou o livro de memórias Cartas do Meu Bar. O diretor se preparava para filmar As Meninas, adaptação do romance de Lygia Fagundes Telles.

David Neves faleceu no Rio de janeiro, em 23 de novembro de 1994, aos 56 anos, de complicações provocadas pela Aids.
O corpo do cineasta David Neves foi enterrado ontem às 16h40 no cemitério São João Batista, em Botafogo (zona sul do Rio). Neves morreu anteontem, em consequência de complicações generalizadas provocadas pela Aids, aos 56 anos.
David Neves estava internado desde quinta-feira no Hospital da Beneficência Portuguesa, onde morreu. Ele havia piorado das convulsões e já apresentava problemas neurológicos.
Segundo amigos, Neves descobriu que tinha Aids há dois anos, quando teve de submeter-se a um exame de sangue.
Foram ao enterro de David Neves vários diretores, amigos desde a época do Cinema Novo: Walter Lima Júnior, Cacá Diegues, Miguel Farias, Paulo César Saraceni, Suzana Moraes, Ana Maria Magalhães, Zelito Viana, Miguel Farias e o produtor Luís Carlos Barreto.
Walter Lima Júnior foi dos últimos amigos a visitar David Neves, já internado, no último domingo.
Ele disse que David Neves, sempre lembrado por seu bom-humor, estava desanimado nesta visita. Sua preocupação, segundo Walter Lima Jr., era saber se poderia terminar o filme.
(Fonte: Veja, 20 de novembro de 1994 – ANO 27 – Nº 48 – Edição 1368 – DATAS – Pág: 108)
(FONTE: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/11/25/cotidiano – Folha de S.Paulo/ COTIDIANO/ DA SUCURSAL DO RIO – São Paulo, sexta-feira, 25 de novembro de 1994)
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