David Livingstone, missionário e explorador escocês da África

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David Livingstone foi o primeiro a descrever a geografia, a estrutura social, os animais e as plantas do continente africano (Foto: www.pbs.org/Reprodução)

David Livingstone foi o primeiro a descrever a geografia, a estrutura social, os animais e as plantas do continente africano (Foto: www.pbs.org/Reprodução)

David Livingstone (Blantyre, Escócia, 19 de março de 1813 – Chitambo, Rodésia do Norte, (Zâmbia), 1.º de maio de 1873), missionário e explorador escocês da África.

O explorador escocês Livingstone desapareceu em uma de suas excursões africanas no século XIX, e, o repórter e jornalista inglês Henry Morton Stanley, foi enviado para encontrá-lo. Ficou famosa a frase tipicamente britânica com que Stanley abordou o explorador quando finalmente o encontrou no coração da África: “Doutor Livingstone, eu presumo?”.

Lembrado: o centenário da morte do explorador da África David Livingstone, a 1.º de maio de 1873, na aldeia de Chitambo, então na Rodésia do Norte. Livingstone, que havia percorrido 48 000 quilômetros a pé, desbravando um terço da África, morreu de febre e hemorragia interna: seus amigos africanos tiraram as vísceras, enterraram o coração sob uma árvore, secaram o corpo e o embalsamaram em sal e conhaque. Dia 1.º de maio de 1973, com cerimônias em Blantyre, Escócia, sua cidade natal; em Chitambo, hoje Zâmbia; e em Blantyre, Malawi.
(Fonte: Veja, 9 de maio de 1973 – Edição 244 –- DATAS – Pág; 16)

(Fonte: Veja, 6 de outubro de 2004 – ANO 37 – N° 40 – Edição 1874 – Veja Recomenda – LIVROS/ “No Coração da África – As Aventuras Épicas de Livingstone & Stanley de Martin Dugard – Pág: 140/141)

 

 

 

 

1873: Morre David Livingstone

No dia 1º de maio de 1873, o missionário e descobridor inglês David Livingstone foi encontrado morto, ajoelhado diante de sua cama, na África.

Inglês fez expedições pioneiras na África

Ele percorreu 48 mil quilômetros em terras africanas. Numa aventura de mais de 15 anos, atravessou duas vezes o deserto de Kalahari, navegou o rio Zambeze de Angola até Moçambique, procurou as fontes do Nilo, descobriu as cataratas Vitória e foi o primeiro europeu a atravessar o lago Tanganica. Cruzou Uganda, a Tanzânia e o Quênia. Andava a pé, em carros de boi e em canoas. Nas aldeias, tratava dos doentes, conquistando assim a amizade dos nativos.

David Livingstone não foi o primeiro, mas com certeza foi o maior explorador da África. Quando embarcou pela primeira vez para o continente africano, em 1841, pretendia atuar principalmente como missionário. Constatou logo que as missões em território pouco povoado não seriam promissoras, se não viajasse muito e visitasse os “selvagens” – como os nativos eram chamados pelos colonizadores.

Combateu, desde o início, o tráfico de escravos que, embora proibido no Império Britânico desde 1833, ainda era praticado pelos portugueses e árabes. O objetivo de Livingstone era levar o livre comércio, o cristianismo e a civilização para o interior do continente africano.

Descobertas

Durante sua atividade missionária, ele ouvira falar de regiões frutíferas além do deserto de Kalahari. Em 1849, partiu com a família e um amigo em direção ao norte. Enfrentou o calor inclemente e a escassez de água do deserto, até descobrir o lago Ngami – seu primeiro êxito de descobridor. De 1852 a 1856, viajou pelo rio Zambeze, cruzando quase todo continente africano, de Leste a Oeste.

De volta à Inglaterra, Livingstone publicou, em 1857, o livro Viagens missionárias e pesquisas na África do Sul, que virou bestseller. Famoso, passou a trabalhar para o governo britânico. A serviço da Royal Geographical Society, partiu em 1865 à procura da nascente do Nilo. Foi atacado impiedosamente pela malária, sua “companheira” de viagens. Além disso, ele se encontrava numa região completamente desconhecida e hostil. Muitas tribos o viam como traficante de escravos.

Em sua penúltima expedição, partiu de Zanzibar, na costa oriental da África, e queria chegar ao lago Nyasa. Abandonado pelos guias africanos, que fugiram com a comida e os remédios, e enfraquecido pela malária, o explorador chegou à aldeia de Ujiji, na margem tanzaniana do lago Tanganica. Na Europa, a estas alturas, ele já era dado como desaparecido. Supunha-se que estivesse mortalmente enfermo nas selvas africanas ou tivesse sido assassinado. Só nos Estados Unidos ainda se acreditava encontrá-lo vivo.

A procura

Em março de 1871, o editor James Gordon Bennett encarregou o jornalista Henry Morton Stanley, correspondente em Madri do jornal New York Herald, de procurar Livingstone e contar sua história. Com o auxílio de 200 carregadores, o repórter finalmente encontrou o explorador, com 58 anos de idade e esqueleticamente magro, em Ujiji (na fronteira entre o antigo Zaire e a Tanzânia), onde hoje se situa o Parque Gomba, um santuário de 52 quilômetros quadrados para chimpanzés.

Depois de recuperar suas forças com os alimentos e remédios levados pelo jornalista, Livingstone acompanhou Stanley em viagens ao extremo norte do lago Tanganica. Quando se preparava para retornar aos EUA, Stanley insistiu para que o explorador voltasse à Inglaterra, porém o fanático pesquisador resistiu. Passou seus últimos dias de vida errante na região do lago Bangweolo. No dia 1º de maio de 1873, os nativos encontraram David Livingstone morto em Ilala, ajoelhado ao lado da cama.

Morreu rezando. Souzi e Chouma, seus auxiliares de confiança, enterraram seu coração debaixo de uma árvore. Depois lavaram o corpo com sal e aguardente e o puseram para secar ao sol. Envolto numa manta de lã e dentro de uma caixa de casca de árvore, foi levado a Zanzibar. Ele fora o primeiro a descrever a geografia, a estrutura social, os animais e as plantas do continente africano. Contudo, seu trabalho como missionário teve menor êxito do que o de descobridor. Hoje, os ossos do explorador se encontram na Abadia de Westminster, em Londres.

(Fonte: http://www.dw.com/pt/1873- NOTÍCIAS – CALENDÁRIO HISTÓRICO/ Por Jens Teschke – 1º de maio)

 

 

 

Explorador britânico nascido nascido em Blantyre, Lanarkshire, Escócia, universalmente conhecido por suas expedições pioneiras ao interior do continente africano. De família calvinista humilde, aos dez anos começou a trabalhar numa fiação e decidiu tornar-se médico missionário (1834 ) e passou a estudar grego, teologia e medicina em Glasgow. Embarcou para a Cidade do Cabo, a serviço da Sociedade das Missões (1840), e seguiu para o norte até Kuruman, pregando o cristianismo e ensinando os nativos a continuar seu esforço evangelizador. Sua habilidade no tratamento com o negros, permitiu-lhe chegar até a região do Kalahari (1842), onde aprendeu as línguas locais. Recuperado de um grave ataque de um leão (1844), tornou-se conhecido no Reino Unido (1849) pela descoberta do lago Ngami e do deserto de Kalahari, que lhe valeram uma medalha da Real Sociedade Geográfica Britânica. Indignado com o comércio de escravos, empenhou-se no desbravamento das rotas comerciais, na esperança de alterar a situação.

Ganhou a proteção da tribo makololo (1851) e com o auxílio desses, atravessou a África meridional (1853) e desbravou a costa ocidental até Luanda. Descobriu o lago Dilolo (1854) e acompanhou o rio Zambeze em direção ao mar, o que o levou a descobrir as grandes cataratas a que deu o nome de Vitória (1855). Alcançou Quelimane (1856), no litoral do oceano Índico e, de volta à Grã-Bretanha, publicou um livro que o tornou célebre, Missionary Travels and Researches in South Africa (1857). Retornou à África (1858), patrocinado pelo governo e descobriu o lago Niassa, no Malaui, e uma rota para o interior. Em 1864 voltou à Grã-Bretanha mas dois anos depois estava novamente na África, na chefia de uma expedição com a finalidade de descobrir as nascentes dos rios Nilo, Congo e Zambeze. Descobriu os lagos Muero (1867) e Bangueolo (1868).

Alcançou Ujiji (1869) e chegou às proximidades do rio Lualaba (1871), que desemboca no Congo, onde foi encontrado pelo jornalista Henry Morton Stanley, enviado pelo New York Herald especialmente para verificar se ele ainda estava vivo. Juntos, exploraram durante quatro meses o extremo norte do lago Tanganica e concluíram que não integrava a bacia do Nilo. Obcecado pela busca da nascente do Nilo, iniciou outra expedição desbravadora (1872), mas na época das chuvas perdeu-se na região do lago Bangueolo, mas ainda atingiu Ilala, no sul. Atacado repetidamente pelas doenças tropicais, morreu em Chitambo, atual Zâmbia, e seu corpo foi embalsamado e sepultado com grandes honras na abadia de Westminster, em Londres (1874).

(Fonte: www.brasilescola.com)

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