Clériston Andrade (1925-1982), candidato do PDS ao governo da Bahia e ex-presidente do Banco (Baneb)

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Clériston Andrade (1925-1982), candidato do PDS ao governo da Bahia e ex-presidente do Banco do Estado da Bahia (Baneb), e pastor da Igreja Batista. Nasceu em Salvador no ano 1925. Apesar de nunca ter enfrentado uma campanha eleitoral – sua carreira pública ostentava um modesto cargo de oficial de gabinete no governo de Otávio Mangabeira, em 1949, a Prefeitura de Salvador, de 1970 a 1975, no primeiro governo Antônio Carlos Magalhães, e a presidência do Banco do Estado da Bahia -, Clériston vinha desempenhando com eficiência seus deveres de candidato e provou que nunca foi um candidato difícil de carregar. Como político, começou como procurador-geral do município de Salvador na administração do então prefeito Antônio Carlos Magalhães (1967-1970). Quando ACM deixou a prefeitura da capital baiana para se candidatar a governador do estado da Bahia por via indireta, em 1970, Clériston assumiu a prefeitura da cidade. Em 1971, ACM, já como governador, o confirmou como prefeito, garantindo a sua permanência até 1975. Clériston Andrade deu continuidade à administração de seu antecessor.

Como político, começou como procurador-geral do município de Salvador na administração do então prefeito Antônio Carlos Magalhães (1967-1970). Quando ACM deixou a prefeitura da capital baiana para se candidatar a governador do estado da Bahia por via indireta, em 1970, Clériston assumiu a prefeitura da cidade. Em 1971, ACM, já como governador, o confirmou como prefeito, garantindo a sua permanência até 1975. Clériston Andrade deu continuidade à administração de seu antecessor. Quase chegou a ser candidato ao governo da Bahia em 1974, sendo apoiado por ACM, mas o então presidente Ernesto Geisel abortou essa candidatura, indicando o médico e ex-reitor da Universidade Federal da Bahia Roberto Santos. Em 1979, no segundo governo de ACM, foi nomeado presidente do Baneb (Banco do Estado da Bahia), abandonando o cargo para se candidatar ao governo da Bahia em 1982, pelo PDS.

Diácono da Igreja Presbiteriana, criou, na Prefeitura e no banco, a imagem do bom administrador, de hábitos moderados, incapaz de criticar uma vez sequer o adversário que lhe disputava a condição de candidato, o ex-prefeito Mário Kertsz, e extremamente rigoroso no trato do dinheiro público.

No início, apesar do forte patrocínio, sua candidatura gerou resistências no PDS baiano. Afinal, à exceção do senador Lomanto Júnior, todos os dissidentes se compuseram e o partido marchou unido para a campanha, que anunciava uma significativa vitória do PDS em novembro. Cerca de 3 000 pessoas dançavam embaladas por um trio elétrico na praça central de Itambé, distante mais de 500 quilômetros ao sul de Salvador. Elas se preparavam para o comício do candidato do PDS ao governo do Estado – o último de uma série de quatro programada para aquele dia. Mas não houve comício em Itambé, nem Itororó, ou Firmino Alves ou Caatiba, as outras cidades do roteiro. O helicóptero que levava Clériston na viagem iniciada em Itapetinga não conseguiu descer em Caatiba primeira escala de seu roteiro , e, fustigado pelo mau tempo chocou-se com um morro da Serra de Mucuiba. Todos os seus ocupantes morreram. Andrade morreu dia 1.º de outubro de 1982, aos 56 anos, em consequência da queda do helicóptero em que viajava, com mais nove políticos e três tripulantes, em Caatiba, no interior baiano.

(Fonte: Veja, 6 de outubro, 1982 – Edição n.° 735 – Datas – Pág; 131 – MEMÓRIA – Pág; 30 a 33)

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