Claire Rigby, jornalista britânica que cobria a América Latina para jornais estrangeiros

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Britânica cobria a América Latina para jornais estrangeiros

Uma jornalista com muitas casas pelo mundo

Claire Rigby

Claire Rigby (Foto: – Ana Moraes/Arquivo Pessoal)

Claire Rigby (1971-2017), jornalista britânica que cobria a América Latina para jornais estrangeiros

O país de origem de Claire Rigby todos sabiam: Inglaterra. Seu lar, porém, era uma questão que exigia mais tempo para resposta. Podia ser Hong Kong, Kuwait, México, Brasil, a depender da época.

As primeiras viagens dessa jornalista aconteceram quando ela ainda era menina. Filha de pai militar, deixou a cidade de Aldershot, no sul da Inglaterra, para temporadas na Ásia e no Oriente Médio.

O retorno ao país natal era constante, tanto que Claire se formou em literatura inglesa na Universidade de Sussex, elegeu Brighton como sua cidade favorita e iniciou sua carreira nos jornais ingleses.

A garotinha, porém, já havia tomado gosto pelo mundo e passou a emplacar suas próprias aventuras. Conheceu o marido, Jorge, durante uma visita ao Equador, morou com ele na Argentina, trabalhou por anos no Brasil.

Chegou neste último em 2010, para trabalhar como editora-chefe do guia “Time Out”. Mesmo com o fim do trabalho quatro anos depois, decidiu ficar. Da capital paulista, cobria assuntos da América Latina para jornais como “The New York Times”, “The Guardian”, “Los Angeles Times”.

Apesar de adorar escrever sobre arte, Claire abordava de tudo. Ela também foi colaboradora do blog From Brazil, do site da Folha. Uma reportagem sua sobre a crise hídrica em São Paulo chegou a inspirar uma canção da banda canadense Arcade Fire.

No primeiro dia da Copa do Mundo no Brasil, Claire escreveu um guia com dicas aos visitantes sobre a cidade de São Paulo e “revelou seu segredo” mais bem guardado: um coração de ouro. Já seu último trabalho publicado no “NYT” abordou o desmatamento na Bolívia.

Apesar dos amigos que colecionava no Brasil, agora tinha planos de voltar com o marido à Inglaterra, mas não deu tempo. Ela morreu dia 24, aos 45, devido a um problema pulmonar crônico. Deixa o marido, os pais e uma irmã.

Jornalista morava em São Paulo desde 2010

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2017/05 – COTIDIANO / Por FERNANDA PEREIRA NEVES DE SÃO PAULO – 10/05/2017)

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