Cineasta produz primeiro longa-metragem brasileiro filmado apenas com celular
O diretor Frank Mora, com uma ideia na cabeça, trocou as câmeras de cinema tradicionais por iPhones.
Entre locações, equipe e pós-produção, ele gastou cerca de R$80.000 para fazer “Charlote SP”, primeiro longa-metragem brasileiro apenas com imagens captadas por celular.
Nos moldes da comédia dramática americana “Tangerine”, elogiada no festival de cinema de Sundance de 2015, a produção foi filmada com quatro telefones da Apple, dos modelos 4 e 5.
O resultado, é claro, é bem menos sofisticado em relação a um filme convencional e esbarra em problemas na captação de áudio e de imagens em ambiente escuros.
Por causa disso, a maior parte da história se passa durante o dia. Já o som passou por uma limpeza na finalização, mesmo assim parece abafado ou com ruídos em alguns momentos.
O longa narra a trajetória de Charlote (Fernanda Coutinho), uma modelo internacional que, após anos sem fincar raízes, resolve voltar a São Paulo. No Brasil, reencontra o amigo Marcelo Scorcesar (Guilherme Leal), um cineasta tentando engatar a carreira e que lhe ajuda a redescobrir a cidade.
A ficção se confunde com a história da amizade do diretor com a própria Fernanda, que também foi modelo na vida real.
Os ex-pilotos de Fórmula 1 Damon Hill e Johnny Herbert e o escritor Evandro Affonso Ferreira fazem participações especiais. A trilha sonora é de Kiko Zambianchi.
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2015/10/1700031- TV FOLHA / Por Carol Prado de São Paulo – 29/10/2015)