Chu Ming Silveira, arquiteta e inventora do orelhão

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Chu Ming Silveira, inventora do orelhão

Chu Ming Silveira, inventora do orelhão (Foto: Clovis Silveira/orelhao.arq.br/Divulgação)

A arquiteta criou o design do orelhão como é conhecido atualmente

Chu Ming Silveira nasceu em Xangai, na China, em 4 de abril de 1941, mudou-se para o Brasil com dez anos. Ela foi a inventora dos protetores de orelhão que estão espalhados pelas cidades brasileiras.

Chu Ming Silveira (Xangai, China, 4 de abril de 1941 – São Paulo, 18 de junho de 1997), arquiteta sino-brasileira, inventora do Orelhão. Chu criou o projeto do Orelhão em 1971 e marcou o mobiliário urbano do Brasil.

Apesar dos primeiros nomes orientais, a mulher por trás do Orelhão mudou-se para o Brasil quando ainda era criança e foi responsável, em 1971, pelo projeto de cabines ovais para telefones públicos, ideia que colaborou para a durabilidade dos aparelhos, além de melhorar a acústica durante as ligações. Formada pela Universidade Mackenzie, dedicou a carreira também à programação visual.

Chu nasceu em Shangai, na China, em 1941. Seu pai Chu Chen serviu às forças armadas nacionalistas durante a guerra e, após a vitória dos comunistas, foi obrigado a se mudar com a família. Com 10 anos de idade, Chu chegou ao Brasil acompanhada dos pais e dos três irmãos. Na cidade de São Paulo ela estudou Arquitetura, casou-se e teve dois filhos.

A necessidade de uma ideia como a do Orelhão chegou até Chu quando ela chefiava o Departamento de Projetos da Companhia Telefônica Brasileira, em 1971. Até então os telefones públicos eram instalados sem nenhuma proteção dentro de bares, farmácias e postos de serviços, o que gerava desconforto dos usuários ao fazer ligações particulares.

 

Chu se inspirou na forma de um ovo por conta da acústica e design (Foto: Reprodução/orelhao.arq.br)

 

Pensando na melhor acústica possível, ela criou protetores no formato de ‘casca de ovo’, que, além de permitir escutar melhor as ligações, têm uma forma natural agradável. As cabines também são duráveis, leves e baratas de fabricar, instalar e manter. O sucesso do projeto pode ser observado em todo o país – são mais de 52.000 orelhões espalhados pelo território nacional.

Com o desafio de criar um protetor que oferecesse design agradável, baixo custo e durabilidade, Chu se inspirou em um ovo para criar o Orelhão, pois, segundo relatos da época, a forma oferece acústica adequada com um desenho agradável. Primeiramente instalados em São Paulo e no Rio de Janeiro, o projeto conquistou o público e passou a fazer parte do mobiliário urbano brasileiro com o Orelhinha, de acrílico feito para locais fechados, e o Orelhão para áreas externas resistente à diferentes temperaturas e condições.

O Orelhão hoje

Apesar de ser cada vez mais difícil encontrar alguém usando um Orelhão no Brasil por conta do crescimento no número de celulares, ainda há cerca de 50 mil protetores telefônicos instalados no país. Com a popularidade do projeto, a ideia ganhou ao longo dos anos adaptações no Peru, Colômbia, Angola, Moçambique e na China, país onde a arquiteta nasceu.

Chu Ming Silveira morreu em São Paulo, em 18 de junho de 1997, aos 56 anos.

(Fonte: http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2017/04 – INTERNET/ por ISABELA GIANTOMASO/ Para o TechTudo – 04/04/2017)

(Fonte: http://veja.abril.com.br/mundo – BRASIL – MUNDO/ Por Da redação – 4 abr 2017)

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