Catulo da Paixão Cearense, poeta, músico, teatrólogo e compositor brasileiro.

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Catulo da Paixão Cearense (São Luís do Maranhão, 8 de outubro de 1863 – Rio de Janeiro, 10 de maio de 1946), poeta, músico, teatrólogo e compositor brasileiro. Foi um dos poucos, talvez o único, poeta popular no Brasil que, em vida, recebeu todas as glórias e todas as honras.

Nasceu Catulo da Paixão Cearense em 8 de outubro de 1863, em São Luiz ,Estado do Maranhão, à rua Grande. Filho de Amâncio José Paixão Cearense (natural do Ceará) e Maria Celestina Braga ( natural do Maranhão). Sua infância até os 10 anos se passou em São Luiz do Maranhão.

Transferiu-se para o sertão agreste cearense onde seus avós maternos portugueses eram fazendeiros, permanecendo por lá até os 17 anos.
Em 1880 em companhia de seus pais e irmãos (Gil e Gerson) mudou-se para o Rio de Janeiro, na rua São Clemente nº 37, Botafogo.

Aos 19 anos interrompeu os estudos e abraçou o violão, instrumento naquela época, repelido dos lares mais modestos. Iniciante tocador de flauta, a trocou pelo violão, pois assim, podia cantar suas modinhas.

Nesse tempo passou a escrever e cantar as modinhas como, “Talento e Formosura”, “Canção do Africano” e “Invocação a uma estrela”.
Moralizou o violão levando-o aos salões mais nobres da capital.
Em 1908, deu uma audição no Conservatório de Música.

Catulo foi autodidata autentico. Suas primeiras letras foram ensinadas por sua genitora e toda sua grande cultura foi adquirida em livros que comprava e por sua franquia à Biblioteca do Senador do Império, por ser professor dos filhos do Conselheiro Gaspar da Silveira .

“Aprendi musica, como aprendi a fazer versos, naturalmente”, dizia o Velho Marruêro.
Seu pai faleceu em 1 de agosto de 1885, desgostoso por seu filho ter abandonado os estudos para ser poeta, sem tempo de assistir a moralização do violão, o que veio a marcar tremendamente Catulo.

À medida que envelhecia mais se aprimorava. Catulo homem, não se modificava, sempre fiel ao seu estilo. “…Com gramática ou sem gramática, sou um grande Poeta..”.

A sua casinhola em Engenho de Dentro, afundada no meio do mato era histórica. Alí recebia seus admiradores, escritores estrangeiros, acadêmicos nacionais, sempre com banquetes de feijoada e o champagne nunca substituía o paratí, por mais ilustre que fosse o visitante.

As paredes divisórias eram lençóis e sempre que previa a presença de pessoas importantes, dizia para a mulata transformada em dona de casa. “Cabocla , lave as paredes amanhã , que Domingo vem gente!”
Sua primeira modinha famosa “Ao Luar” foi composta em 1880.
Em algumas composições teve a colaboração de alguns parceiros: Anacleto Medeiros, Ernesto Nazareth, Chiquinha da Silva, Francisco Braga e outros.
Como interprete, o maior tenor do Brasil, Vicente Celestino.

Catulo morreu aos 83 anos de idade, em 10 de maio de 1946, a rua Francisca Meyer nº 78. Seu corpo foi embalsamado e exposto a visitação pública até 13 de maio, quando desceu a sepultura no cemitério São Francisco de Paula , no Largo do Catumbí, ao som de “Luar do Sertão”.
Catulo deixou inúmeras obras, tais como;
Canções musicadas
– Luar do Sertão
– Choros ao Violão
– Trovas e Canções
– Cancioneiro Popular
– A Canção do Africano
– O Vagabundo
– Etc…
Livros de Poemas:
– Meu Sertão
– Sertão em Flor
– Poemas Bravios
– Mata Iluminada
– Poemas Escolhidos
– O Milagre de São João
– Etc….
Obras teatrais;
– O Marroeiro
– Flor da Santidade
– E o clássico “Um Boêmio no Céu “.

Comentaram pró Catulo personalidades como:
Julio Dantas, Ruy Barbosa, Machado de Assis, Clóvis Beviláqua, Francisco Braga, Humberto de Campos, Monteiro Lobato, Ignácio Raposo, Heitor Vila Lobos, Assis Chateaubriand, Bastos Tigre, Amoroso Lima, João Barros, Roquete Pinto, Pedro Lessa, Mário José de Andrade e outros
(Referências de Guimarães Martins)
(Fonte: www.correiodopovo.com.br – ANO 116 – Nº 222 – Cronologia – 10 de maio de 2011)
(Fonte: www.jornaldepoesia.jor.br – Silsonmar da Rocha Costa – Itajubá, 25 de setembro de 2000)

Apesar do nome, nasceu no Maranhão. Equivocadamente, a data de seu nascimento foi considerada por muito tempo como sendo 31 de janeiro de 1866. A data original foi alterada para que ele pudesse ser nomeado para o serviço público.

Com 10 anos mudou-se com a família para o interior do Ceará. Em 1880, quando contava 17 anos, sua família mudou-se para o Rio de Janeiro indo residir à Rua São Clemente, 37, onde passaria a funcionar a relojoaria e ourivesaria de seu pai. No Rio de Janeiro, começou a freqüentar uma República de Estudantes na Rua do Barroso, em Copacabana, da qual faziam parte os flautistas Joaquim Calado e Viriato, o estudante de música Anacleto de Medeiros, o violonista Quincas Laranjeiras, o cantor Cadete e um estudante de Medicina que o ensinou a tocar violão, fazendo com que abandonasse a antiga paixão pela flauta.

Era autodidata. Aprendeu português e matemática e, posteriormente, o francês, chegando a fazer traduções de poetas franceses famosos na época como Lamartine. Recebeu grande influência dos cantadores do Nordeste com quem conviveu durante parte de sua juventude, chegando, inclusive, a produzir literatura de cordel. Os primeiros anos de Rio de Janeiro foram bastante difíceis para o poeta já que, muito pobre, morava num dos bairros mais distantes do Rio à época, o balneário de Copacabana, um lugar quase deserto e ermo. Em pouco tempo, morreu sua mãe, Maria Celestina Braga da Paixão. O pai morreria três anos depois.

(Fonte: www.dicionariompb.com.br)

Nasce, em 8 de outubro de 1863, o poeta e compositor maranhense Catulo da Paixão Cearense, morto em 1946.
(Fonte: Zero Hora – ANO 50 – N° 17.531 – Almanaque Gaúcho/ Por Ricardo Chaves – 8 de outubro de 2013 – Pág: 62)

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