Carlos Ruiz Zafón, célebre e mundialmente famoso romancista espanhol, que conquistou fama internacional com o livro “A Sombra do Vento”, foi o início da tetralogia “O Cemitério dos Livros Esquecidos”, a labiríntica e mágica biblioteca secreta, sobre a qual gira a saga que terminou em 2016

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Carlos Ruiz Zafón, autor de ‘A Sombra do Vento’

O escritor espanhol mais vendido deste século, viveu com extrema discrição durante 26 anos em Los Angeles, aonde se mudou para trabalhar em Hollywood

O escritor espanhol Carlos Ruiz Zafon durante lançamento do livro ‘O labirinto dos espíritos’, em Barcelona, em novembro de 2016 — (Foto: PAU BARRENA / AFP)

Carlos Ruiz Zafón em Guadalajara, no México, no final da Feira Literária de Guadalajara em 2016. (Crédito da fotografia: Cortesia © Copyright © 2000 All Rights Reserved/ LISBETH SALAS)

Carlos Ruiz Zafón (nasceu em Barcelona, 25 de setembro de 1964 — faleceu em 19 de junho de 2020, em Los Angeles), escritor espanhol, que conquistou fama internacional com o livro “A Sombra do Vento”.

O célebre e mundialmente famoso romancista espanhol estudou tecnologia da informação e era apaixonado por cinema – na verdade, seus roteiros de filmes foram muito aclamados, embora ele tenha se destacado como romancista.

Depois de passar por diversas agências de publicidade, dedicou-se à literatura, ganhando um prêmio por seu primeiro trabalho – O Príncipe da Névoa (1993) – escrito para jovens.

Seguiram-se outras ficções para jovens adultos, antes de A Sombra do Vento, seu primeiro romance para adultos. Ele se mudou para Los Angeles em 1994.

O lendário e labiríntico Cemitério dos Livros Esquecidos tem suas origens góticas no século XV.

Seu mistério baseado em Barcelona, ​​A Sombra do Vento (La sombra del viento), foi um sucesso internacional em 2001, publicado em 50 países.

Foi o primeiro de um ciclo de quatro partes chamado Cemitério dos Livros Esquecidos. Seu trabalho foi fortemente influenciado pela ficção policial e pelo cinema.

Nascido em setembro de 1964, cresceu num apartamento perto da basílica da Sagrada Família, em Barcelona. Seu design irregular e altamente inovador passou a fazer parte de sua ficção, que ele povoou com criaturas míticas como os dragões.

“Cada livro, cada tomo que você vê, tem alma. A alma de quem o escreveu e a alma dos que leram, viveram e sonharam com ele”, afirmou o personagem ao conversar com o filho sobre o Cemitério dos Livros Esquecidos.

Esta é a gênese de uma história de suspense ambientada na Barcelona posterior à guerra civil espanhola (1936-1939), na qual Daniel Sempere tenta desvendar o mistério que cerca o autor de um livro, Julián Carax.

Publicada em 2001, a obra foi uma sensação literária, com traduções para quase 50 idiomas e milhões de cópias vendidas em todo mundo. O sucesso levou Ruiz Zafón, antes dedicado à literatura juvenil com obras como “Marina”, ao estrelato.

“A Sombra do Vento” foi o início da tetralogia “O Cemitério dos Livros Esquecidos”, a labiríntica e mágica biblioteca secreta, sobre a qual gira a saga que terminou em 2016, dois anos antes de o escritor ser diagnosticado com câncer.

Na apresentação em Barcelona do quarto volume, “O Labirinto dos Espíritos”, o autor afirmou que estava “em paz”, porque a tetralogia era “exatamente o que tinha que ser”.

Na ocasião, ele também explicou por quê nunca se deixou seduzir pelas muitas ofertas para adaptar a saga ao cinema.

“Para mim, estes livros são uma homenagem à literatura, à palavra escrita. Portanto, transformá-los para o cinema, ou televisão, seria uma traição”, afirmou.

Nascido em Barcelona em 1964, Ruiz Zafón estudou em um colégio religioso e se formou em Ciências da Informação.

Apesar de sua paixão pela literatura desde a infância, Zafón publicou o primeiro livro somente aos 30 anos e depois de abandonar a carreira que tinha na publicidade.

Carlos Ruiz Zafón faleceu aos 55 anos. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (19) pela editora Planeta, que publicou sua obra.

“O escritor Carlos Ruiz Zafón faleceu em 19 de junho de 2020, aos 55 anos, em sua residência de Los Angeles, Estados Unidos, vítima de câncer”, informa o grupo editorial em um comunicado.

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, tuitou suas condolências à família do autor.

“Deixou-nos um dos autores espanhóis mais lidos e admirados”, disse, acrescentando que Zafón foi um “romancista chave da nossa época” que “deu um grande contributo para a literatura contemporânea”.

“Nos deixou um dos melhores romancistas contemporâneos, mas seguirá muito vivo entre todos nós por meio de seus livros”, completou a Planeta em sua nota oficial.

O texto inclui uma frase do criador do personagem Daniel Sempere, o protagonista de seu livro mais conhecido e um dos romances espanhóis de maior sucesso das últimas décadas.

O líder do Partido Popular da oposição, Pablo Casado, disse que Zafón foi um “narrador excepcional que transportou os leitores a todos os cantos de suas grandes obras”.

A escritora e tradutora Elvira Sastre Sanz lembra “ler seus livros escondidos entre os livros didáticos no meio das provas.

Ela acrescentou: “Vamos dar seus livros de presente: é a melhor homenagem”.

O romancista Blas Ruiz Grau disse que seu amor pelos livros foi despertado por O Príncipe da Névoa, de Zafón. “Eu realmente sinto sua perda”, disse ele.

A escritora e romancista britânica Stephanie Merritt também prestou homenagem à autora em uma postagem no Twitter.
(Créditos autorais: https://www.bbc.com/news/world-europe- BBC NEWS/ MUNDO/ EUROPA – – 19/06/2020)
Direitos autorais 2020 BBC. Todos os direitos reservados.
(Créditos autorais: https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2020/06/19 – POP & ARTE/ NOTÍCIA/ CINEMA/ Por France Presse – 19/06/2020)
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