Carlos Brito, presidente da AB InBev, maior cervejaria do planeta

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Brasileiro deve levar gestão enxuta e rigorosa a nova megacervejeira

Carlos Brito, da AB inBev (Foto: Divulgação)

Carlos Brito, da AB inBev (Foto: Divulgação)

Carlos Brito, presidente-executivo da companhia AB InBev, maior cervejaria do planeta, com faturamento de 36,2 bilhões de dólares em 2010.

Nenhum brasileiro jamais chegou tão perto do topo do olimpo corporativo quanto o carioca Carlos Brito, nascido no Rio de Janeiro, em 1960. Ele graduou-se em engenharia mecânica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e cursou MBA na Universidade de Stanford (Califórnia).

O brasileiro Carlos Alves de Brito, foi escolhido em 2005 para ser o novo chefe-executivo (CEO) da maior cervejaria do mundo em volume de vendas, a InBev, trabalha para empresas que fazem parte da AmBev desde 1989.

Com constantes promoções, Brito conquistou a confiança dos antigos controladores da AmBev (Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, do GP Investimentos) e teve uma carreira meteórica até chegar ao mais importante posto de administração da InBev.

Carlos Alves de Brito é a mais perfeita tradução da cultura baseada em meritocracia e obsessão por resultados criada pelos empresários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, ex-sócios do banco Garantia e hoje os maiores acionistas individuais da cervejaria.

Brito ocupou diversas posições nas áreas de finanças, operações e vendas, antes de ser nomeado CEO em janeiro de 2004. Depois que a InBev foi formada, em agosto de 2004, Brito foi nomeado Presidente para a América do Norte e em dezembro de 2005 passou a ocupar o posto mais alto da empresa, o de Diretor executivo (CEO), onde ele implementou uma estratégia baseada em corte de custos.

A InBev comprou a Anheuser Busch, dona da Budweiser, em 2008, após a aquisição, Brito assumiu a posição de CEO do grupo.

Somente, quase três anos depois, a cerveja foi lançada no Brasil. A prioridade inicial foi colocar as duas companhias para funcionar juntas, numa só cultura. Mas, desde o começo, a companhia sabia que tinha essa possibilidade de desenvolver uma marca americana com cara de marca global.

Brito entrou na antiga Brahma em 1989, assim que a cervejaria foi comprada pelos banqueiros. A cada nova tacada — a compra da Companhia Antarctica Paulista, em 1999, para formar a Ambev, a união com a belga Interbrew e, mais recentemente, a aquisição da americana Anheuser Busch —, sua carreira deslanchava um pouco mais.

Brito foi desafiado sobre o projeto de transformar a Budweiser em marca global e de como é possível manter uma cultura tão peculiar numa companhia com mais de 114 000 funcionários em 2011.

Aos poucos, a Budweiser cresceu. Hoje, ela é a primeira no segmento premium na China. Depois centraram na Inglaterra, aproveitando a Copa do Mundo. Em seguida veio a Rússia e depois o Brasil.

Embora a Budweiser seja muito conhecida, atualmente a marca só é encontrada em aproximadamente 60 países. É pouco. Temos nas mãos uma marca que tem tudo para ser uma força global como Pepsico, Burger King, Apple ou Starbucks.

Uma marca icônica é como um patrimônio histórico. Ela pode ser “tombada”, mas precisa de manutenção. Foi o que fizemos agora com as embalagens. Identificamos os elementos que os consumidores mais associam à Budweiser — o tipo de letra usado para escrever o nome da cerveja e a cor vermelha, por exemplo — e mexemos no resto.

Agora, ele tem algo mais a dar atenção: fechar um acordo de aquisição com a SABMiller, uma fabricante de cerveja rival. Com a proposta, o brasileiro Brito está seguindo a estratégia de crescimento que ele e os três bilionários que controlam a AB InBev conhecem melhor.

As sucessivas negociações capitaneadas por Brito nos últimos anos o deixam exposto a questões sobre a capacidade de a empresa promover crescimento orgânico de vendas, sobretudo nos Estados Unidos.

Brito começou a trabalhar com Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira em 1989, quando eles tomaram o controle da companhia brasileira de cerveja e bebidas Brahma. À medida que construíam o império que viria a se tornar a AB InBev, o papel de Brito passou a se identificar e concretizar tomadas de controle acionário cada vez mais impressionantes.

Objetivo, o executivo difunde pessoalmente a cultura que domina a AB InBev, promovendo uma gestão frugal e centrada no desempenho.

 

EQUIPE ALINHADA

 

Sua filosofia de gestão inclui o “orçamento de base zero”, no qual todos os orçamentos voltam ao zero ao final de cada ano e cada custo precisa ser justificado novamente.

 

O grupo demite regularmente os “10% mais fracos” de sua equipe de trabalho e Brito diz que “esses estão sempre reclamando e infelizes, de qualquer jeito.”

 

Antes de começar na companhia de cerveja, Brito trabalhou para Shell Oil e Daimler Benz (Mercedes) antes de ingressar na Brahma, em 1989Na empresa e também após a fusão com a Antarctica que resultou na criação da AmBev, ocupou cargos nas áreas financeira, de operações e de vendas.

De 1992 a 1997, foi responsável pela área de refrigerantes da empresa. Depois passou a dirigir o setor de vendas de cerveja no Brasil, cargo que ocupou até 2001. Nos dois anos seguintes comandou a área de operações (cadeia de fornecedores e recursos humanos) até que, em janeiro de 2004, foi nomeado diretor-geral da AmBev.

Após a fusão da empresa brasileira com a belga Intrebrew, em 2004, Brito foi destacado para comandar as operações da InBev na América do Norte. Ele assumiu a Labatt, divisão canadense do grupo, em janeiro de 2005, onde iniciou uma profunda reestruturação.

A Labatt, que também vende aos Estados Unidos, tem registrado resultados mais modestos do que a AmBev em seus balanços recentes. Brito já fechou duas fábricas pouco competitivas da empresa.

Depois, convenceu Lemann, que ganhou fama nos últimos anos pelas aquisições de Burger King, Heiz e Kraft, a pagar seu MBA na Universidade Stanford.

Brito subiu aos poucos e tornou-se presidente-executivo da AB InBev em dezembro de 2005, conduzindo a companhia na tomada de controle acionário da fabricante de cerveja norte-americana Anheuser-Busch, três anos mais tarde.

Quanto ao que a integração pode trazer, dados em que trabalhadores classificam seus empregadores, podem ser reveladores. Eles mostram que 64% dos funcionários da AB InBev aprovam Brito, mas apenas 48% recomendariam a empresa a um amigo. Na SABMiller, 88% aprovam o presidente-executivo Alan Clark, e 85% recomendariam a empresa.

 

INVESTIMENTOS – Lemann e cia vão se expandindo no mercado

 

1989

Lemann e parceiros conseguem o controle da Brahma

1999

Brahma se une a Antarctica para criar a Ambev

2004

Ambev se une a cervejaria belga Interbrew; surge a ImBev

2006

ImBev compra a Fijian Sedrin, na China

2007

Companhia compra a Quinsa, fabricante de cervejas como a Quilmes

2008

ImBev começa a controlar a Anheuser-Busch formando a AB InBev

2013

AB InBev inicia a operação junto ao grupo Modelo

2014

AB InBev compra a OB, que operava no mercado chinês e sul-coreano

 

Eu sempre digo para o João Castro Neves (presidente da Ambev), para o Luiz Fernando Edmond (presidente da ABI para a América do Norte) e para o Miguel Patrício (presidente da ABI para Ásia e Pacífico) que eu tenho que ganhar meu cargo todo dia.

Estamos sempre preparando sucessor. Nossa obrigação como líderes é manter os caminhos livres para que gente boa possa ter espaço — senão esses caras vão embora.

(Fonte: http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/999/noticias – REVISTA EXAME – 07/09/2011)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u103746 – MERCADOM- DINHEIRO – da Folha Online – 27/12/2005)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/10/1693687- Mercado – Folha de S.Paulo – Do Financial Times – 14/10/2015)

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