Carlos Alberto Brilhante Ustra, foi chefe de órgão de repressão política durante a ditadura militar

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Brilhante Ustra, ex-chefe de órgão de repressão na ditadura, o DOI-Codi

 

Carlos Alberto Brilhante Ustra, coronel reformado e ex-comandante do DOI-Codi-SP entre 1970 e 1974 (Foto: Sérgio Lima/Folhapress)

Carlos Alberto Brilhante Ustra, coronel reformado e ex-comandante do DOI-Codi-SP entre 1970 e 1974. (Foto: Sérgio Lima/Folhapress)

 

Autor do livro: “A Verdade Sufocada”

 

Carlos Alberto Brilhante Ustra (Santa Maria, Rio Grande do Sul, 28 de julho de 1932 – Brasília, 15 de outubro de 2015), coronel reformado, foi chefe de órgão de repressão política durante a ditadura militar. Instituição foi o maior órgão de repressão aos grupos de esquerda contrários à ditadura militar (1964-85).

 

De 29 de setembro de 1970 a 23 de janeiro de 1974, Ustra foi chefe do Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), do II Exército, órgão utilizado para reprimir manifestações políticas contrárias à ditadura militar.

 

O coronel chefiou, entre 1969 e 1973, o Destacamento de Operações de Informação — Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI), órgão de inteligência e repressão do Exército em cujas dependências eram torturados os opositores do regime.

 

 

Polêmica

 
Em depoimento à Comissão Nacional da Verdade em 2013, o coronel afirmou que a presidente Dilma Rousseff participou de “organizações terroristas” para implantar o comunismo no Brasil nas décadas de 1960 e 1970. Segundo Ustra, se os militares não tivessem lutado, o Brasil estaria sob uma “ditadura do proletariado”.

 

“Inclusive nas quatro organizações terroristas que nossa atual presidenta da República, hoje está lá na Presidência da República, ela pertenceu a quatro organizações terroristas que tinham isso, de implantar o comunismo no Brasil. Então estávamos conscientes de que estávamos lutando para preservar a democracia e estávamos lutando contra o comunismo. […] Se não fosse a nossa luta, se não tivéssemos lutado, hoje eu não estaria aqui porque eu já teria ido para o ‘paredon’. Hoje não existiria democracia nesse país. O senhores estariam em um regime comunista tipo [o]de Fidel Castro [ex-presidente de Cuba]”, afirmou Ustra à época.

 

Nos anos 1960, a presidente Dilma Rousseff integrou as organizações clandestinas Política Operária (Polop), Comando de Libertação Nacional (Colina) e Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares), dedicadas a combater a ditadura militar. Condenada por “subversão”, ela passou três anos presa no presídio Tiradentes, em São Paulo (entre 1970 e 1972). No final dos anos 1970, no Rio Grande do Sul, ajudou a fundar o PDT, de Leonel Brizola. Em 1990, filiou-se ao PT.

 

Convocado para depor sobre supostos crimes contra os direitos humanos no DOI-Codi, Ustra conseguiu na Justiça o direito de permanecer calado. A defesa de Ustra sugeriu o envio de uma cópia do livro “Verdade sufocada”, em que o militar descreve sua atuação no órgão, mas o coronel aceitou comparecer e falar sobre o período.

 

Em dezembro, o relatório final da Comissão da Verdade incluiu o nome de Brilhante Ustra entre os 377 responsabilizados por mortes na ditadura. Durante o comando do militar no DOI-Codi, o relatório cita registros de ao menos 45 mortes e desaparecimentos políticos.

 

Ustra, 83, morreu no Hospital Santa Helena, em Brasília, para tratamento de um câncer, em 15 de outubro de 2015.

Em 23 de abril, ele foi encaminhado à UTI do Hospital das Forças Armadas (HFA) com suspeita de infarto, após um mal-estar.

(Fonte:  http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2015/10 – DISTRITO FEDERAL – NOTÍCIA / Por Raquel Morais Do G1 DF – 15/10/2015)

(Fonte: https://epoca.globo.com – ENCONTRO DE JOVENS CONSERVADORES QUE QUEREM TOMAR A UNE TERÁ GINCANA E LIVRO DE USTRA / Por Ruan de Sousa Gabriel – 14/03/2019)

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