Bud Greenspan, documentarista e cineasta oficial dos Jogos Olímpicos.

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Bud Greenspan (18 de setembro de 1926 – Nova York, 25 de dezembro de 2010), documentarista e cineasta oficial dos Jogos Olímpicos. Ficou conhecido por se dedicar, nos últimos 60 anos, aos Jogos Olímpicos de verão e inverno.

Greenspan, que realizou nos Jogos de Inverno de Vancouver, em fevereiro de 2010, seu último trabalho, era produtor, escritor e diretor de documentários.

Em 1984, na Olimpíada de Los Angeles (EUA), ele foi escolhido pela primeira vez para ser o cineasta responsável pelo vídeo oficial da competição. Ele repetiu a função seis vezes seguidas, até as Olimpíadas de Inverno, em 2002, em Salt Lake City (EUA).

A carreira do documentarista ficou famosa em 1964, quando fez um vídeo com o americano Jesse Owens.

No filme, o diretor retornou ao local onde Owens recebeu três medalhas de ouro, 30 anos antes, em um dos episódios mais famosos das competições olímpicas, quando o ditador alemão Adolf Hitler se negou a apertar a mão do atleta, que era negro.
Outro filme que Greenspan diz ter entre seus preferidos foi sobre a chegada do maratonista da Tanzânia John Stephen Ahkwari, último colocado da prova nos Jogos Olímpicos na Cidade do México, em 1968.

“Ele terminou uma hora e meia após o vencedor. Ele foi praticamente carregando a perna, que estava ensanguentada”, lembrou Greenspan em entrevista à “ESPN”, há cerca de dez anos.
“Perguntei para ele porque que não desistiu, mas ele me respondeu: ‘Você não entende. O meu país não me enviou por milhares de quilômetros para iniciar uma corrida, eles me enviaram para terminá-la'”, recordou o cineastra, considerando esta uma das frases mais marcantes de sua vida como documentarista.

Apesar de passar grande parte da vida somente focado nos Jogos Olímpicos, Greenspan não achava cansativo. Pelo contrário. Classificava as duas semanas que ocorriam as competições como as duas semanas do amor, e a cidade onde o evento ocorria como a Terra do Nunca, referência ao local onde vive o personagem Peter Pan.

“Eu gasto 99% do meu tempo mostrando coisas boas sobre os Jogos. Tem gente que passa 100% do tempo falando coisas negativas. Muitas vezes sou criticado por ver um mundo cor de rosa, mas eu sou desta maneira”, disse Greenspan.
Dentre os diversos prêmios que ele recebeu ao longo da vida, um dos mais importantes foi o Emmy em 1976, sobre um documentário especial dos Jogos, com 22 horas de duração. Greenspan faleceu, aos 84 anos, em Nova York, devido às complicações do Mal de Parkison.
(Fonte: www1.folha.uol.com.br – 26/12/10)

Bud Greenspan, foi durante várias décadas um dos nomes de referência do documentarismo desportivo nos EUA.

A sua ligação com o desporto começou, em 1947, na rádio WMGM (actual WEPN, 1050 ESPN New York), colaborando depois em várias revistas desportivas. Após algumas experiências pontuais, iniciou em 1964 uma actividade regular como realizador: foi nesse ano que rodou Jesse Owens Returns to Berlim (acompanhando Owens de regresso aos cenários dos Jogos Olímpicos de 1936).

Em 1967, criou a sua própria companhia, Cappy Productions, Inc.,através da qual produziu mais de duas dezenas de títulos, com particular incidência nas actividades olímpicas — por exemplo, 16 Days of Glory/Los Angeles (1984), Mark Spitz Returns yo Munich (1992), America’s Greatest Olympians (1996), Bud Greenspan’s Stories of Winter Olympic Glory (2002) e, por fim, Beijing 2008 America’s Olympic Glory (2009). Entre as muitas distinções que recebeu, incluem-se um prémio honorário da Directors Guild of America, em 1995, e um outro, um Emmy de 2006, atribuído pela Academia de Artes e Ciências da Televisão.

Bud Greenspan, foi atingido há alguns anos pela doença de Parkinson, Bud Greenspan morreu aos 84 anos, no dia de Natal, em Nova Iorque.

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