Britânico é o primeiro a andar da nascente à foz do rio Amazonas

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Britânico é o primeiro a andar da nascente à foz do rio Amazonas

A odisseia de Ed Stafford durou quase 2 anos e meio, nos quais enfrentou “50 mil picadas de mosquitos”, ataques de escorpiões e doenças de pele

Um ex-capitão do Exército britânico tornou-se nesta segunda-feira (9) a primeira pessoa da qual se tem conhecimento a caminhar desde a nascente até a foz do rio Amazonas, tendo enfrentado “50 mil picadas de mosquitos”, ataques de escorpiões e doenças de pele ao longo de sua odisseia de quase 2 anos e meio.

Ed Stafford, 34 anos, de Leicestershire, na Inglaterra, levou 859 dias para percorrer a extensão total do maior rio do mundo, começando em abril de 2008 no pico do monte Mismi, no Peru. Ele chegou na segunda-feira a uma praia do oceano Atlântico a 150 km a nordeste de Belém, no Pará, apesar de ter tombado de exaustão quando faltavam apenas 85 km do percurso de 9.650 km.

Horas antes de concluir o trajeto, ele desmaiou ao lado da estrada, com o corpo recoberto de erupções. “Eu me sinto ligeiramente humilhado pelo fato de meu corpo ter decidido entrar em pane quando faltava tão pouco para a linha de chegada”, escreveu ele em seu blog, www.walkingtheamazon.com .

Seu objetivo foi usar a caminhada para conscientizar o público das ameaças que colocam em risco a floresta amazônica e seus habitantes, divulgando por satélite portátil vídeos do blog que foi escrevendo sobre sua maratona.

Stafford partiu com a intenção de completar a trajetória em cerca de um ano, mas a viagem foi prolongada por inundações que o obrigaram a fazer desvios que acrescentaram 3.200 km ao trajeto original previsto, os 6.400 km de extensão do rio Amazonas.

Ele iniciou o trajeto na companhia de outro aventureiro britânico, Luke Collyer, mas os dois se desentenderam no início da aventura e Stafford seguiu adiante sozinho. Em julho de 2008, um empregado de madeireira peruano, Gadiel Cho Sánchez Rivera, juntou-se a ele. Rivera prometeu caminhar com Stafford por cinco dias, mas acabou acompanhando-o até o final.

Um comunicado divulgado pela equipe de mídia de Stafford disse que o britânico sofreu inúmeros reveses: “Foi injustamente acusado de homicídio em duas ocasiões, foi preso, teve concreto enfiado em sua boca por indígenas hostis, foi perseguido com arcos e flechas por indígenas achaninkas, levou centenas de ferroadas de vespas e teve um berne retirado de sua cabeça por seu guia ‘Cho’ com a ajuda de cola do tipo Superbonder e um espinho de árvore.”

Além disso, segundo o comunicado, Stafford sofreu 50 mil picadas de mosquitos, sobreviveu à base de arroz, feijão e piranha, desviou-se de cobras, enguias elétricas, formigas e escorpiões e contraiu uma doença dermatológica desfigurante.
O célebre explorador britânico sir Ranulph Fiennes declarou segundo o comunicado, que a façanha de Stafford é “verdadeiramente extraordinária”. “Ninguém jamais fez isso antes e os especialistas consideravam a rota impossível de ser percorrida”, disse o explorador.

(Fonte: www.abril.com.br/noticias – 09/08/2010)

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