Se tornou a primeira mulher negra a visitar todos os países do mundo reconhecidos pela ONU (Organização das Nações Unidas)

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Primeira negra a visitar todos os países lança livro: ‘Não tenham medo de viajar’

(Crédito da foto: Cortesia ABC7 Chicago / DIREITOS RESERVADOS)

 

Jessica Nabongo é americana, filha de pais ugandenses, tem 38 anos, e há três anos fez história ao se tornar a primeira mulher negra a visitar todos os países do mundo reconhecidos pela ONU (Organização das Nações Unidas). Em 2020, a influenciadora foi procurada pela National Geographic para escrever um livro contando um pouco sobre os países que visitou.

 

A obra foi publicada em junho com o nome de “The Catch Me If You Can” (Prenda-me se for capaz, em tradução para o português). “Eu espero que com o meu livro as pessoas vejam a beleza da humanidade e parem de ter medo. Você pode ficar segura viajando, mesmo sendo uma mulher. A maior lição que tirei viajando pelo mundo é que a maioria das pessoas é boa”, diz Jessica em entrevista a Universa por telefone, de Los Angeles (EUA), onde mora.

 

A influenciadora conta que viajar sempre fez parte da rotina de sua família. Até se formar no ensino médio, ela havia conhecido, junto com as duas irmãs, Christina e Joyce, e os pais, Ephraim e Rose, sete países —entre eles Canadá, Reino Unido, Uganda e Jamaica, e mais de 10 estados norte-americanos.

 

Mesmo antes de decidir viajar por todo o globo, ela já compartilhava suas experiências em uma página do Instagram, que conta atualmente com 241 mil seguidores.

 

“Meus pais tinham bons trabalhos, gostavam de viajar e dividiam a experiência com a gente. Foi ótimo eles terem viajado quando éramos pequenas, porque nunca tive medo de voar e nem de conhecer outros lugares. Eles sempre me fizeram sentir que outros lugares eram acessíveis”, diz a americana.

 

Conhecendo o mundo inteiro

 

Nascida em Detroit, Michigan (EUA) e atualmente dona da própria empresa, a Jet Black, que organiza itinerários para pequenos grupos de viajantes e comercializa merchandising, aos vinte e poucos anos, estava insatisfeita com sua rotina. Por isso, deixou o alto salário do cargo numa companhia farmacêutica e colocou seu apartamento para alugar.

 

Ao se mudar para o Japão, onde trabalhou como professora de inglês por um ano, teve a ideia de conhecer outras partes do mundo em vez de voltar para casa.

 

Com 26 anos ela terminou a graduação em Desenvolvimento Internacional na London School of Economics. Em seguida trabalhou em tempo integral nas Nações Unidas, oportunidade que a levou a morar em países como Benin (na África ocidental) e Itália. Continuou viajando e em 2017 lançou o desafio para si mesma: conhecer as 195 nações (sendo 193 membros oficiais e dois “observadores”, a Santa Sé e o Estado da Palestina) do mundo até seu aniversário de 35 anos.

 

Para mim foi algo bem pessoal, sempre gostei muito de geografia e sempre tive curiosidade de ver como as pessoas do mundo vivem. Quando eu vi que nesse grupo seleto não tinha nenhuma mulher negra, quis ser a primeira.

 

Até aquele momento, a jovem já tinha visitado 60 países. Em dois anos e meio conheceu os outros 135 países que faltavam em 350 voos. Jessica chegou ao último destino, as ilhas Seychelles, em outubro de 2019.

 

Entre tantos destinos explorados, a influenciadora não conseguiu escolher o que mais gostou de conhecer, porque, para ela, todos os lugares são únicos.

 

Quando questionada sobre as suas melhores experiências, ela nem titubeia: as pessoas. “Eu amo ver o país através dos olhos dos moradores locais.” Quando visitou o Brasil, Jessica conheceu Rio de Janeiro, Salvador e Porto Seguro, gostou muito das praias, das pessoas, das comidas e bebidas, como a caipirinha e as pizzas.

 

A americana espera ser um exemplo para que as pessoas fiquem mais confortáveis em viajar, sintam que seus sonhos são mais alcançáveis e que elas possam se ver na sua jornada. “Os únicos problemas que eu tive, porque sou negra, mas mais pelo fato de que sou africana, foram algumas vezes quando estava viajando e a emigração pedia meu passaporte americano e achava que era falso. Ou quando usava meu passaporte ugandês, pensavam que estava tentando prolongar meu visto”, conta Jessica.

 

Apesar desses entraves, ela diz que nunca deixou de viver as experiências que gostaria. “Sempre me senti segura o tempo todo nos países e claro que em dependendo do lugar, precisei cobrir minha cabeça. Viajando, você precisa conhecer os costumes e a cultura local.”

(Fonte: https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2022/07/15 – UNIVERSA / NOTÍCIAS / INSPIRA / por Rebecca Vettore Colaboração para Universa, de São Paulo – 15/07/2022)

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