Barão Hans Heinrich von Thyssen-Bornemisza, possuía o mais valioso acervo particular de arte do planeta

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O maior colecionador privado do mundo

Barão Hans Heinrich von Thyssen-Bornemisza (Scheveningen, Holanda, 13 de abril de 1921 – Sant Feliu de Guíxols, Espanha, 26 de abril de 2002), possuía o mais valioso acervo particular de arte do planeta. Foi dono de um império que comandava usinas siderúrgicas, indústrias de fertilizantes, minas de carvão e companhias de transportes.

O barão Thyssen nasceu na Holanda, mas seus pais se mudaram para a Suíça fugindo do nazismo e ele se naturalizou suíço. A fortuna da família surgiu com a indústria siderúrgica, ainda na Alemanha, país de origem dos Thyssen.

Thyssen coletou a formidável coleção Thyssen-Bornemisza ao longo de três gerações da família. O avô do barão comprou as primeiras pinturas, além de uma série de esculturas de Rodin, de quem era amigo pessoal. O pai de Thyssen herdou o gosto pela arte e ao longo da vida amealhou uma grande ecoleção de mestres da pintura até o século XVIII.

O pai do barão, também chamado Heinrich, comprava os quadros para estudá-los e mantinha poucos na parede. “Certo dia, em 1928, meu pai me falou: ‘Se esse louco do Hitler for eleito, a Holanda não será poupada, então vamos para a Suíça’“, recordou Thyssen. 

A família se estabeleceu em Villa Favorita e instalou ali os 200 quadros mais representativos da coleção na década de 30. O velho barão, porém, nutria um grande preconceito contra a arte moderna. “Esse não vale a pena tocar”, dizia ao filho, ao se referir a uma tela de Picasso. Mais tarde o quadro Homem com Clarinete, da fase cubista do pintor, é uma das joias da pinacoteca de Thyssen.

Quando seu pai morreu, em 1947, o barão Thyssen, então com 25 anos, não possuía o menor interesse por arte. Os 450 quadros da coleção foram divididos entre quatro irmãos e Heinrich iniciou seu acervo comprando as obras em poder da família.

Como não tinha intimidade com artes plásticas, seguiu a trilha do pai e começou a comprar quadros antigos. “Só comecei a me interessar por arte do século XX nos anos 60”, admitiu o barão certa vez, que antes de ir em busca de Picasso e Braque fez um excelente estágio entre os impressionistas do século XIX.

 

(Fonte:  Veja, 2 de novembro de 1988 – ANO 21 – Nº 42 – Edição 1052 – ARTE/ Por MÁRIO SÉRGIO CONTI – Pág: 132/135)

 

 

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