Antonio Cafiero, foi um dos principais líderes peronistas da Argentina

Antonio Francisco Cafiero (Buenos Aires, Argentina, 12 de setembro de 1922 – San Isidro, Argentina, 13 de outubro de 2014), ex-senador e um dos principais líderes peronistas da Argentina, foi referência ética da política argentina

Se houvesse a expressão “peronista ético”, como havia em relação ao antigo MDB, Antonio Cafiero seria um deles.

Um dos líderes históricos do movimento peronista, Cafiero (na foto acima, do instituto de altos estudos Juan Perón), era uma referência ética na política do país, num momento em que os partidos e os políticos vivem momento de tanta desconfiança e descrédito.

Cafiero foi o chefe de uma corrente que promoveu uma profunda renovação democrática no Partido Justicialista (PJ, peronista) nos anos 1980, ao confrontar uma antiga cúpula questionada por sua gestão despótica e violenta.

Ex-senador e ex-governador da província de Buenos Aires, tradicional reduto peronista, ele foi um discípulo direto do fundador do partido, o três vezes presidente Juan Domingo Perón (1946-52, 1952-55 e 1973-74).

Cafiero foi um dos ministros do Comércio mais jovens da história argentina em 1952, mas seu vínculo com o justicialismo no sangrento golpe de Estado de 1955 custou a ele anos de prisão, perseguição e ostracismo.

Discípulo de Juan Domingo Perón, de quem foi ministro de Comércio Exterior em 1952, Cafiero desenvolveu uma prolífica carreira política.

Sob a presidência de María Estela Martínez (1974-1976), viúva de Perón, Cafiero foi ministro da Economia e comandou a embaixada argentina no Vaticano, mas renunciou a este último cargo depois do golpe militar de 1976.

Com a restauração democrática, em 1983, liderou o movimento Unidade, Solidariedade e Organização e quatro anos mais tarde foi eleito governador de Buenos Aires pelo Partido Justicialista (PJ).

Suas aspirações presidenciais foram barradas por Carlos Menem, que o venceu na escolha interna do PJ em 1988 e depois foi eleito presidente da Argentina.

O último cargo político de Cafiero foi o de senador nacional, entre 2002 e 2005, e desde então presidiu a Conferência Permanente dos Partidos Políticos da América Latina e do Caribe.

Vários políticos argentinos expressaram pesar pela morte de Cafiero, e destacaram sua longa trajetória política.

Antonio Cafiero morreu em 13 de outubro de 2014, aos 92 anos, em razão de uma pneumonia.

“Antonio Cafiero foi, sem dúvida, o dirigente mais importante do peronismo durante a transição democrática”, expressou em comunicado o ministro da Defesa, Agustín Rossi, que elogiou sua “atitude generosa e de forte compromisso com as instituições e os direitos humanos”.

“Na política só poucos como Antonio adquirem um prestígio tal que são reconhecidos por seu pares e pelos adversários”, disse o governador de Buenos Aires, Daniel Scioli.

(Fonte: Zero Hora – ANO 51 – Nº 17.900 – TRIBUTO/ Por Leo Gerchmann – 13 de outubro de 2014 – Pág: 37)

(Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2014/10/13 – NOTÍCIAS – Buenos Aires (EFE).- 13 out 2014)