Amácio Mazzaropi produtor cinematográfico que tinham como personagem central a figura do Jeca.

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Amácio Mazzaropi (São Paulo, 9 de abril de 1912- São Paulo, 13 de junho de 1981), ator, cineasta e produtor cinematográfico paulista. Fez 34 filmes, que tinham como personagem central a figura do “Jeca”, caipira aparentemente ingênuo mas esperto, entre os quais “Chico Fumaça” (1963) e “O Jeca e a Freira” (1968). Mazzaropi faleceu dia 13 de junho de 1981, aos 69 anos, de câncer, em São Paulo.
(Fonte: Veja, 24 de junho de 1981 – Edição n° 668 – DATAS – Pág; 128)
(Fonte: Zero Hora – ANO 48 – N.° 16.986 – 09/04/12 – Almanaque Gaúcho/ Por Ricardo Chaves com Luís Bissigo – Pág; 34)

Amácio Mazzaropi inesquecível personagem da cultura popular brasileira.

Mazzaropi foi um artista brasileiríssimo.

De origem humilde, começou no circo, foi para o rádio, passou pela TV, e chegou ao cinema, onde estreou como ator até se tornar seu próprio produtor, diretor e distribuidor, consagrando-se como um dos maiores sucessos de bilheteria.

Mazzaropi conseguiu o que ainda hoje parece quase impossível: criar uma indústria de cinema genuinamente nacional, independente (sem subsídios ou financiamentos) e, além de tudo, bem sucedida.

Certa vez, ao lhe perguntarem qual seria a razão de sua fama, ele respondeu: “O segredo do meu sucesso é falar a língua do meu povo”.

Mazzaropi não fazia filmes sobre o Brasil. Mazzaropi fazia filmes para o Brasil.

Para o enorme público brasileiro que não perdia um filme sequer, ele contou histórias que abordavam o racismo, divórcio (que a lei então proibia), as religiões, política e falou até mesmo dos problemas da devastação da natureza.

Assuntos tão sérios, ele tratava de um jeito pouco comum, a comédia. E, como ele falava “a língua do povo”, de onde ele mesmo emergiu, e de um jeito bem brasileiro, isto é, evitando o debate e o confronto com quem detém o poder, a elite, é claro, não o entendia muito bem.

Então, apesar da aclamação pelo grande público, o reconhecimento de seu trabalho pela crítica e a elite intelectual lhe foi praticamente negado.

A memória de Mazzaropi continua virtualmente viva pelo país. Ela está latente na lembrança do público que continua vendo seus filmes. Fenômeno exclusivo a alguns poucos.

(Fonte: www.museumazzaropi.com.br – Profa. Olga Rodrigues Nunes de Souza)

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