Adolpho Bloch, empresário, proprietário e presidente das empresas Bloch e da Rede Manchete de rádio e TV

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Negócios com emoção

 

Adolpho Bloch, empresário dono da TV e proprietário da revista Manchete

 

O empresário era presidente das empresas Bloch e da Rede Manchete de rádio e TV.

 

Adolpho Bloch (Jitomir, Ucrânia, 8 de outubro de 1908 – São Paulo, 19 de novembro de 1995), empresário e proprietário da revista Manchete e da emissora de televisão que leva o mesmo nome, que fez história na imprensa brasileira. Nascido Avram Yossievitch Bloch na cidade de Jitomir, uma bela cidade russa banhada por seis rios na Ucrânia em 8 de outubro de 1908, Adolpho Bloch fazia parte de uma família de gráficos que chegou ao Brasil em 1922, fugindo dos pogroms contra a população judia e da Revolução Russa de 1917, que confiscou os bens de sua família. Depois de tentar a vida na Itália, os Bloch estabeleceram-se no Rio de Janeiro, com a intenção inicial de juntar dinheiro suficiente para emigrar para os Estados Unidos. Acabaram ficando graças à prosperidade alcançada na área gráfica, sempre capitaneados por Adolpho, o caçula de nove irmãos.

 

RELAÇÕES PÚBLICAS – Em 1952, o empresário deu o pulo do gato, ao lançar a revista semanal Manchete. Pouca gente acreditava que existisse lugar para uma segunda publicação desse tipo, num mercado dominado pela poderosa O Cruzeiro. Adolpho contrariou as previsões pessimistas, mostrando um tino empresarial aguçado que se revelou em episódios como o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954. A notícia chegou à redação da Manchete na última hora, quando a capa da revista já estava impressa. Com uma agilidade incomum na época, ele trocou a capa e conseguiu esgotar a edição de 200 000 exemplares em menos de 24 horas.

 

Amigo do peito de Juscelino Kubitschek até a sua morte, em 1976, Adolpho transformou a Manchete numa caixa de ressonância das obras do presidente bossa-nova. A revista foi a primeira publicação a ter uma sucursal em Brasília, o grande projeto de JK e tema de longas reportagens da equipe comandada por Adolpho. Quando a nova capital ficou pronta e os técnicos encheram seu lago artificial, ele mandou uma lancha para a sucursal brasiliense, com a recomendação de que o barco fosse utilizado à exaustão. Não façam economia. Por falta de relações públicas, os judeus perderam Jesus Cristo. E um homem desses não se perde, escreveu Adolpho, numa de suas tiradas que entraram para o folclore jornalístico.

 

Dono de personalidade emotiva, Adolpho deixa um anedotário que faz a delícia dos amigos. Muitos se lembram do dia em que ele entrou no elevador do prédio da Manchete, na Praia do Flamengo, projeto do arquiteto Oscar Niemeyer, e deparou com um rapaz que estava sem o crachá da empresa. Você está demitido!, gritou. Mas eu não trabalho aqui, respondeu o rapaz, que estava ali para fazer uma entrega. Então passe no departamento de pessoal para ser contratado e, depois disso, está demitido, retrucou Adolpho.

 

UM AVISO – Sem filhos, o empresário adorava cães e nutriu durante anos um amor especial pela cadela Manchetinha, que o acompanhava até em reuniões de trabalho. Numa delas, o animal de estimação foi responsável pelo cancelamento de um negócio. Adolpho estava prestes a assinar um contrato quando Manchetinha lhe lambeu a mão com a qual assinaria o documento. Ele interrompeu o gesto como um aviso. Não vou assinar nada. A Manchetinha está me dizendo para não assinar, justificou para seus incrédulos interlocutores.

 

No início da década, os negócios de Adolpho Bloch começaram a fazer água. Em 1992, a TV Manchete foi vendida para Hamilton Lucas de Oliveira, do Instituto Brasileiro de Formulários, mas em 1993 voltou para as mãos do empresário, já que algumas cláusulas do contrato não haviam sido cumpridas. Adolpho conseguiu pôr em dia os salários dos funcionários da emissora, embora suas empresas continuassem a sangrar. Juntas, a Editora Bloch e a TV Manchete acumulavam uma dívida de cerca de 350 milhões de dólares. Só ao Banco do Brasil, o grupo devia 231 milhões.

 

Empresário apostou na fase desenvolvimentista de JK

 

Adolpho Bloch, originariamente Abrasha Bloch, nasceu a 8 de outubro de 1908, em Jitomir, a 120 quilômetros de Kiev, capital da Ucrânia, filho de Josef e Ginda Bloch. O pai tinha uma gráfica nas duas cidades e orientou os três filhos homens (Adolpho, Arnaldo e Bóris) nas artes gráficas.

Aos nove anos, Adolpho assistiu aos primeiros pogrons contra os judeus e a Guerra Civil que se instalou em 1917, após a queda do czar. Durante o regime provisório de Kerenski, imprimiu o dinheiro que circularia nos primeiros tempos da Revolução Russa. Contudo, a condição de judeus fez com que, anos depois, os Bloch iniciassem a emigração, inicialmente em direção à Itália, mais tarde ao Brasil.

Ainda em Kiev, Adolpho tomou gosto não só pelas artes gráficas como pelo teatro, ajudando na impressão de cartazes e vendendo libretos com o resumo das óperas encenadas no teatro local.

Viajaram na terceira classe do “Re d’Italia”, chegando ao Rio de Janeiro em 1922. Foram morar em Aldeia Campista (zona norte da cidade). Com os poucos recursos trazidos da Rússia, Josef Bloch instalou uma pequena gráfica. Adolpho estudava à noite no Colégio Pedro 2º e durante o dia batia o comércio procurando encomendas. Frequentava as redações do Rio, conhecendo boêmios, jornalistas e escritores.

O primeiro grande negócio para a firma foi obtido por Adolpho quando, na redação de “A Vanguarda”, soube que um exportador precisava embalar laranjas num papel de seda especial. Nenhuma gráfica no Rio tinha condições de imprimir. Adolpho aceitou a encomenda, providenciou máquinas e tornou conhecida a gráfica dos Bloch.

Com a morte de Josef, seus três filhos, Adolpho, Arnaldo e Bóris, assumiram o comando da gráfica, e logo Adolpho revelou qualidades que o tornariam líder.

Em 1952, vencendo a resistência dos irmãos, lançou a revista “Manchete” -o que foi considerado um rasgo de loucura, uma vez que o mercado era pequeno e havia um gigante na praça, a revista “O Cruzeiro”, que tirava 700 mil exemplares por semana.

Os primeiros anos de “Manchete” foram difíceis, embora a revista reunisse uma equipe de jornalistas de primeiro time: Carlos Drummond de Andrade, Magalhães Júnior, Rubem Braga, Sérgio Porto, Lúcio Rangel, Vinícius de Moraes, Henrique Pongetti (1898-1979), Otto Lara Resende, Fernando Sabino e Paulo Mendes Campos.

Com o governo de Juscelino Kubitscheck e o início da construção de Brasília, Adolpho decidiu apostar tudo na onda de otimismo e desenvolvimento. A maior parte da imprensa continuava pessimista. Enviou uma dupla de repórteres e abriu a primeira sucursal jornalística no Planalto Central.

Simultaneamente, reequipou o parque gráfico e criou novas revistas, como “Fatos e Fotos”, “Jóia”, “Pais e Filhos”, “Ele Ela”, “Desfile”, “Amiga”, “Sétimo Céu” e outras.

A densidade de “Manchete com o programa das metas de JK fez com que o já então ex-presidente se aproximasse do editor, justamente no momento em que a política dava uma reviravolta e JK era cassado e obrigado a se exilar, sendo seu nome proibido de receber menção na imprensa.

Adolpho não tomou conhecimento da proibição e continuou a dar ampla cobertura e corajosa defesa a JK. Com o nascimento da primeira neta de Juscelino, em Portugal, Adolpho foi convidado a ser padrinho de batismo.

Em 1968, inaugurou a nova sede da sua editora, na Praia do Russel (zona sul do Rio), com três prédios projetados por Oscar Niemeyer. Ali funcionam as redações do grupo, emissoras de AM e FM, um museu, um teatro, além de restaurantes, piscina, ambulatório e salões de recepção.

A fidelidade a JK não impediu que “Manchete” se tornasse entusiasta do “Brasil Grande” que o regime militar promovia. No governo estadual do brigadeiro Faria Lima, Adolpho foi nomeado presidente da Fundação dos Teatros de Estado do Rio, quando realizou obras de restauração no Municipal e no João Caetano, construindo em tempo recorde o Teatro Villa Lobos.

Em 1983, inaugurou a Rede Manchete de Televisão, com equipamento sofisticado e buscando uma programação classe A. Os primeiros sete anos foram de sucesso, culminando com a apresentação das novelas “Kananga do Japão” (de uma ideia original sua) e “O Pantanal”. Problemas de gerenciamento passaram a influir na programação, obrigando-o a vender a rede de televisão a um grupo paulista.

A IBF, que assumiu a “Rede Manchete”, teve cassada a sua gestão pela justiça. Adolpho recebeu de volta o encargo de uma rede nacional, com os salários dos funcionários atrasados em seis meses. Pedindo um tempo aos empregados, ele conseguiu, em quatro meses, normalizar o pagamento da folha. Mas o esforço de caixa continuou repercutindo na programação.

Adolpho continuou lutando para equilibrar receita e despesa. Ao conseguir esse equilíbrio, nos meados deste ano, lançou uma nova novela, “Tocaia Grande”, construindo uma cidade cenográfica em Maricá (RJ) ao preço de R$ 2 milhões.

Foi condecorado com a Legião da Honra, da França, e com títulos honoríficos de diversos países. Publicou dois livros de memórias e artigos, sob o título “O Pilão”.

A morte do empresário Adolpho Bloch, aos 87 anos, encerra um capítulo da história da imprensa brasileira. Vítima de embolia pulmonar, ele estava internado no Hospital da Beneficência Portuguesa, em São Paulo. No dia 19 de novembro de 1995, não resistiu a uma cirurgia no coração para trocar uma prótese da válvula mitral, que apresentava uma ruptura e havia sido implantada quinze anos atrás, nos Estados Unidos.

O prefeito do Rio, César Maia (PFL), e o escritor Josué Montello, presidente da Academia Brasileira de Letras, foram ao velório. “Ele tinha intuição para os vetores de construção do país, como foi seu apoio ao presidente Juscelino Kubitschek”, disse Maia.

Pedro Jacques Kapeller, 57, sobrinho de Bloch, o sucederá na presidência do grupo, que reúne a TV, a editora, a gráfica e a Rede Manchete de rádio.

Jaquito terá de administrar uma dívida de mais de R$ 80 milhões com o Banco do Brasil e duas grandes disputas judiciais.
O grupo Bloch é o maior devedor do BB. Só a Bloch Editores devia até o fim de 1994 R$ 69,3 milhões ao BB. A dívida da TV Manchete era de R$ 11,4 milhões.
Segundo sua assessoria de imprensa, o grupo está questionando na Justiça o valor da dívida. Alega que o BB estaria cobrando taxas de juros acima das legais e que, por isso, a dívida seria menor.
Outra disputa judicial diz respeito à propriedade da TV Manchete. Em 1992, a família Bloch vendeu a emissora para o empresário Hamilton Lucas de Oliveira, dono da IBF (Indústria Brasileira de Formulários).
Os Bloch conseguiram retomar o controle da emissora em outubro de 1993, alegando que Oliveira não teria cumprido as cláusulas do contrato. O caso está no Tribunal de Justiça do Rio, que ainda não tomou uma decisão final.

(Fonte: Veja, 29 de novembro de 1995 – ANO 28 – N° 48 – Edição 1 420 – Memória – Pág; 129)

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/11/20/brasil – FOLHA DE S.PAULO / BRASIL / DA REPORTAGEM LOCAL; DA SUCURSAL DO RIO; DA SUCURSAL DE BRASÍLIA – São Paulo, 20 de novembro de 1995)

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(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/11/20/brasil – FOLHA DE S.PAULO / BRASIL / DO BANCO DE DADOS – São Paulo, 20 de novembro de 1995)

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Dono da IBF prepara volta à Manchete

Lucas de Oliveira pagaria atrasados

 

O empresário Hamilton Lucas de Oliveira, proprietário de 49% da Rede Manchete, está preparando seu retorno à direção da emissora. Com a greve e ameaça de desmantelamento da rede, o empresário espera cassar, nos próximos dias, a liminar que o afastou da empresa em 1993.

 

O advogado de Lucas de Oliveira, Roberto Leonessa, afirmou que o empresário teria dinheiro para pagar salários atrasados e saldar parte das dívidas com os credores. Segundo ele, o dinheiro não viria de suas empresas – a IBF (Indústria Brasileira de Formulários) e o jornal DCI, que também estão passando por dificuldades-, mas de um outro grupo.

 

“Eles estão esperando apenas a Justiça devolver a Manchete ao Hamilton para mostrar a cara”, disse Leonessa.
Foi numa crise semelhante à atual que Lucas de Oliveira perdeu o controle da Manchete. Em meio a greve de funcionários, descontrole na programação e atrasos nas contas, a Justiça do Rio concedeu liminar devolvendo a administração da emissora à família Bloch.

 

Lucas de Oliveira também não havia pago aos Bloch a segunda parcela pela compra da Manchete. Leonessa disse que o contrato previa que o empresário assumisse a dívida de US$ 100 milhões da Manchete e pagasse duas parcelas de US$ 10 milhões.

 

“Só que a auditoria mostrou que a dívida era de US$ 206 milhões. Isso foi a ruína do Hamilton. Ele parou então de pagar aos Bloch…”.

 

O diretor-jurídico da Manchete, Alan Caruso, acusa Lucas de Oliveira de ser “testa de ferro” do empresário Paulo César Farias. “O que ele chama de sua ruína foi o desmantelamento do esquema PC”.

 

Na CPI do Orçamento foi descoberta a existência de um cheque de US$ 300 mil, emitido pela Cross Corporation -instituição em que PC operava- para a IBF.

 

Lucas de Oliveira também era acusado de ter duas emissoras de TV em São Paulo -Manchete e TV Jovem Pan-, o que é proibido pela Lei Geral das Telecomunicações.

 

O Congresso criou então a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) da TV Jovem Pan para apurar o envolvimento de Lucas de Oliveira com PC Farias.

 

Nada foi provado contra o empresário, que passou a responder apenas por sonegação de impostos. A CPMI, no entanto, considerou o empresário “inidôneo” e sem condições éticas para gerir negócios no país.

 

Leonessa afirma que essa conclusão foi política e não tem valor jurídico, pois não reuniu provas para abrir um processo judicial.

 

“Se isso causar qualquer tipo de problema, o Hamilton pode nomear um administrador para dirigir a emissora por ele”, disse o advogado.

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada – ILUSTRADA / TV / por TONI SCIARRETTA da Sucursal do Rio – São Paulo, 23 de outubro de 1998)

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Manchete é dos Bloch, diz Justiça do Rio

 

Decisão é do juiz da 35ª Vara

 

A Justiça do Rio deu fim à disputa judicial que dificultava a venda da Rede Manchete. De acordo com a sentença proferida ontem pelo juiz Marco Aurélio Fróes, da 35ª Vara Cível, os donos da emissora são os integrantes da família Bloch.

Além de perder a Manchete, o empresário Hamilton Lucas de Oliveira, que disputava na Justiça o controle da emissora, foi condenado a pagar 50 mil salários mínimos (R$ 6,5 milhões) por danos morais aos Bloch.

O processo se arrastava na 35ª Vara Cível do Rio desde 1993, quando o juiz Marco Aurélio Fróes concedeu liminar devolvendo a emissora aos Bloch.

O empresário Hamilton Lucas de Oliveira havia comprado a emissora dos Bloch, em 1992, por US$ 20 milhões, mais o compromisso de assumir uma dívida de US$ 100 milhões.

Dos US$ 20 milhões, Oliveira pagou apenas US$ 8,5 milhões, alegando que havia descoberto que a dívida da Manchete estava acima de US$ 200 milhões. Hoje, o mercado avalia a dívida da emissora em mais de R$ 500 milhões.

O juiz entendeu que Oliveira não cumpriu os termos do contrato e decidiu pela rescisão contratual do protocolo de intenções que acertava a venda da emissora.

O advogado de Oliveira, Roberto Leonessa, afirmou que vai recorrer da decisão no Tribunal de Justiça do Rio já nos próximos dias. Ele alega que a perícia judicial confirmou que a dívida da emissora, em 1993, era de US$ 206 milhões.

O juiz Fróes considerou válida a perícia judicial que calculou a dívida da emissora em US$ 111,2 milhões, na época da negociação.

Na ocasião, a emissora passava por uma crise semelhante à atual, com atraso de salários e pagamentos a fornecedores.
Na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Orçamento, em 93, foi descoberta a existência de um cheque de US$ 300 mil, emitido pela Cross Corporation -instituição em que o empresário Paulo César Farias operava- para a IBF, empresa de formulários de Oliveira.

A família Bloch acusou Oliveira de ser testa-de-ferro de PC, ligado ao ex-presidente Fernando Collor, no setor televisivo. Collor foi destituído da Presidência em 92.

Oliveira também era acusado de ter duas televisões em São Paulo -Manchete e TV Jovem Pan-, o que é proibido pela Lei Geral das Telecomunicações.

O Congresso criou então a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) da TV Jovem Pan para apurar o envolvimento de Oliveira com PC Farias, mas nada foi provado.

O empresário foi considerado, no entanto, “inidôneo” pelos integrantes da CPMI. O advogado de Oliveira afirma que essa consideração da CPMI não tem valor jurídico.

Na quarta-feira a Manchete pagou 20% do salário de setembro aos seus funcionários, que estavam havia quatro meses sem receber.

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada – ILUSTRADA / MERCADO / TELEVISÃO / por TONI SCIARRETTA da Sucursal do Rio – São Paulo, 18 de dezembro de 1998)

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