A primeira feminista italiana

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Revolta pioneira

Sibilla Aleramo

Sibilla Aleramo

Sibilla Aleramo (Alexandria, Itália, 14 de agosto de 1876 – Roma, 13 de janeiro de 1960), escritora e poetisa italiana, foi autora do romance Uma Mulher, onde relata em seu tema a escolha da liberdade por uma mulher habituada na adolescência à autoridade do pai, na maturidade, às imposições do marido e, na maternidade, ao sacrifício de sua própria existência por ter gerado outra.

Publicado em 1906 é a história de sua própria vida, da infância para a dolorosa decisão de deixar o marido e, especialmente, seu filho, em nome da afirmação de uma vida livre e consciente e contra a coerção e a humilhação de existência hipócrita e a ideologia do sacrifício que pretende impor sobre as mulheres.

Uma Mulher descreve a vida pacata numa cidadezinha do sul da Itália onde a protagonista, depois de estuprada aos 15 anos, é forçada ao casamento. Mais tarde, sentindo os primeiros sinais de loucura, tenta o suicídio e finalmente abandona marido e filho.

Essa história fascinante, contada com lamento e fúria, é também a autobiografia de Sibilla Aleramo – pseudônimo de Rina Faccio – que, traduzida para diversas línguas, cem anos depois de publicado, esse romance continua atual, e a transformou na primeira feminista italiana.

O livro ganhou sucesso imediato e foi logo traduzido em quase todos os países europeus e os Estados Unidos.

Ela morreu em Roma aos 83 anos, em janeiro de 1960, após uma longa doença. Ela foi enterrada no cemitério de Verano em Roma.

(Fonte: Veja, 6 de junho de 1984 – Edição 822 – LIVROS/ Por Norma Couri – Pág: 117)

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