A ERA DO ÁTOMO
OS FATOS marcantes da história da energia nuclear
1942 Cientistas da Universidade de Chicago realizam a primeira reação nuclear em cadeia.
1945 Os Estados Unidos lançam duas bombas atômicas sobre o Japão, revelando ao mundo terem o controle das reações nucleares em cadeia.
1953 O Brasil tenta adquirir três ultracentrífugas da Alemanha para processamento de urânio. Os EUA impedem que os equipamentos sejam enviados ao País.
1954 O presidente dos EUA, Dwight Eisenhower, lança o programa Átomos pela Paz e abre caminho para a utilização das reações nucleares para geração de energia.
1955 Ocorre em Genebra (Suíça) o Congresso Internacional de Energia Atômica. Os EUA concordam em fornecer tecnologia nuclear para os países aliados, desde que para fins pacíficos.
1955 É fundado em São Paulo o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen).
1957 Começa a operar em Shippingport (EUA) a primeira usina nuclear comercial.
1958 O presidente Juscelino Kubitschek inaugura, no Ipen, o primeiro reator nuclear para pesquisas do País.
1968 O governo brasileiro decide ingressar no campo da produção da energia nuclear e realiza uma concorrência internacional para a construção de uma usina em Angra dos Reis (RJ), vencida pela empresa norte-americana Westinghouse.
1972 Começa a construção de Angra I.
1975 O presidente Ernesto Geisel assina acordo nuclear com a Alemanha. O projeto previa a construção de oito usinas com tecnologia alemã, a um custo total de US$ 30 bilhões.
1976 O Instituto Militar de Engenharia inicia pesquisas destinadas à produção de um reator nuclear com tecnologia brasileira. Começam as obras civis de Angra 2, que, entretanto, têm o seu ritmo progressivamente desacelerado a partir de 1983.
1985 Angra 1 entra em operação comercial.
1987 O Brasil anuncia possuir todo o processo de enriquecimento de urânio, tornando-se o primeiro país em desenvolvimento a dominar toda a tecnologia nuclear.
2000 O reator de Angra 2 entra em funcionamento em julho, ainda em fase de testes. A partir de dezembro, passa a operar comercialmente.
2001 Reaberto o debate em torno de Angra 3, apontada como uma das soluções para a crise energética.