A. E. Hotchner, escritor e dramaturgo americano – e biógrafo e amigo de Ernest Hemingway (1899-1961)

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Escritor e biógrafo de Hemingway

 

Norte-americano também ficou próximo do ator Paul Newman, com quem criou projeto de caridade

 

A.E. Hotchner, à esquerda, e o autor Ernest Hemingway posam para uma foto em Seattle. Hotchner estava encenando a história de Hemingway “A Short Happy Life” em uma turnê pré-Broadway em Seattle. (Associated Press)

Aaron Edward Hotchner (Missouri, 28 de junho de 1917 – Connecticut, 15 de fevereiro de 2020), escritor e dramaturgo americano – e biógrafo e amigo de Ernest Hemingway (1899-1961).

 

Em 2018, ele lançou seu último livro, o romance The Amazing Adventures of Aaron Broom, sobre um menino de 12 anos que tem o mesmo nome do autor e cresceu em St. Louis, como o próprio Hotchner. À época do lançamento, o autor disse ao The New York Times que aquele projeto o levaria até o ano de seu centenário. “Eu queria que fosse uma história alegre, algo que comemorasse o fato de você ter chegado à minha idade e, para minha enorme surpresa, ainda ter ideias”, disse, na entrevista.

 

Sua infância foi tema de outro livro, lançado em 1972 com o título King of the Hill – no cinema, na adaptação de 1993 de Steven Soderbergh, ele virou O Inventor de Ilusões.

 

A história de Hotchner e Hemingway remonta a 1948, quando ele, que trabalhava para a Cosmopolitan e andava abordando famosos para colaborar com a revista, encontrou o autor de Paris é Uma Festa em Havana e os dois viraram muito amigos – e ele se tornou seu biógrafo a pedido Hotchner e Hemingway se conheceram em Havana. Hotchner estava trabalhando para a Cosmopolitan, encontrando pessoas muito famosas e convencendo-as a escrever para a revista. Um dia acabou sentando no bar favorito de Hemingway; a partir dali, perdeu a conta de quantos daiquiris os dois tomaram, e ainda se tornou seu protegido.

Os dois viveram os altos e baixos inspiradores de Hemingway, narrados por Hotchner em Papa Hemingway, lançado em 1966 e traduzido para mais de 25 línguas. Mas o livro tem uma história conturbada. A viúva de Hemingway, Mary, o processou sem êxito, para interromper a publicação, alegando que Hotchner violou a privacidade de seu marido e de si mesma. Ela teria ficado chateada que o escritor contradisse sua afirmação de que o marido atirou em si acidentalmente.

 

Já a amizade com Newman surgiu entre as muitas adaptações televisivas que Hotchner fez das histórias de Hemingway. Em The Battler, o ator James Dean foi cotado para o papel, mas Newman assumiu após o acidente de carro que matou Dean.

 

A história de Hotchner e Hemingway (1899-1961) remonta a 1948, quando ele, que trabalhava para a Cosmopolitan e andava abordando famosos para colaborar com a revista, encontrou o autor de Paris é Uma Festa em Havana. Os dois se tornaram grandes amigos e Hotchner virou biógrafo de seu protetor.

 

Newman e Hotchner se tornaram amigos de pesca, vizinhos e parceiros de negócios. Quando o ator quis vender seu molho caseiro para salada em algumas lojas locais, ele pediu “Hotch” para ajudar. “Isso foi apenas uma piada”, disse Hotchner em 2005. “Vamos investir US $ 40.000 e seremos empresários.”

 

Os altos e baixos de Ernest Hemingway são narrados em Papa Hemingway, lançado em 1966, após a morte do escritor. Esse projeto lhe rendeu um processo frustrado de Mary, viúva de Hemingway, que alegava violação de privacidade. Acredita-se que ela tenha ficado chateada porque o biógrafo contradisse sua versão de que Hemingway teria atirado em si acidentalmente.

O negócio se transformou em um império sem fins lucrativos de Newman e todos os rendimentos foram para caridade. Após a morte de Newman em 2008, Hotchner escreveu sobre seu amigo em Paul and Me. Outros projetos nos últimos anos incluíram uma coleção de cartas entre ele e Hemingway e uma reedição de suas memórias de Hemingway. Outros projetos nos últimos anos incluíram uma coleção de cartas entre ele e Hemingway, além de uma nova edição de suas memórias de Hemingway. Hotchner publicou ainda o romance O Homem Que Viveu no Ritz, biografias de Doris Day e Sophia Loren e o musical Let ‘Em Rot’.
O autor, que conheceu muitos escritores, como J. D. Salinger, Tennessee Williams e Gay Talese, foi muito amigo, também, de Paul Newman. A amizade surgiu entre as várias adaptações televisivas que Hotchner fez das histórias de Hemingway. Em The Battler, James Dean foi cotado para o papel, mas Newman assumiu após o acidente de carro que o matou. Os dois pescaram juntos, foram vizinhos e até criaram, depois de uma brincadeira, um lucrativo (mas sem fins lucrativos) império de molhos para salada. A relação dos dois foi descrita pelo autor em Paul and Me, lançado depois da morte do ator.
Hotchner foi casado três vezes, mais recentemente com a atriz Virginia Kiser, e foi pai de três filhos.

A.E. Hotchner faleceu em 15 de fevereiro de 2020, aos 102 anos, em sua casa em Connecticut.

(Fonte: https://istoe.com.br –  Edição nº2614 – CULTURA / Por Estadão Conteúdo / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS – 16/02/20)

(Fonte: https://www.terra.com.br/diversao – DIVERSÃO / ENTRETENIMENTO – 16 FEV 2020)

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