Foi pioneiro da improvisação no jazz

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Uma lenda do jazz

Pianista pioneiro da improvisação no jazz

 

O pianista americano Cecil Taylor (Foto: AP Photo/Barbara Woike)

 

Músico americano gravou discos com o selo Blue Note e foi comparado a John Coltrane. Ele rompeu com a estrutura tradicional do jazz, usando influências do blues.

 

Cecil Percival Taylor ( – Nova York, 5 de abril de 2018), pianista americano, foi pioneiro da improvisação no jazz e ícone da vanguarda do gênero

Filho único de uma família de classe média do bairro de Queens, o músico aprendeu a tocar piano aos seis anos e mais adiante estudou no New York College of Music e no New England Conservatory de Boston, estimulado especialmente por sua mãe, que o encorajou a praticar seis dias por semana.

Em 1956 lançou seu primeiro álbum, “Jazz Advance”, como líder de um quarteto, e na metade da década seguinte seu nome já era comparado aos de Ornette Coleman, Albert Ayler e John Coltrane, embora muitos bares de jazz tenham lhe fechado as portas no início, obrigando-lhe a recorrer a outros trabalhos, seja de lavador de pratos ou tintureiro.

 

Público riu em seu primeiro show

 

“O público riu durante sua primeira apresentação oficial, o que levou o promotor a cancelar seu show na noite seguinte, um padrão que se repetiria nos seus primeiros espetáculos em clubes de jazz convencionais, que confundiam os ouvintes”, afirmou o jornal “The Guardian”.

Em 1966, gravou no selo Blue Note o álbum “Unit Structures”, no qual utilizou a tonalidade do blues e as improvisações para sair das estruturas tradicionais do jazz, enquanto dava liberdade a seus músicos através das partituras, segundo destacou o jornal “The New York Times”.

 

Pausa e volta na década de 70

 

Após lançar “Conquistador!” um ano depois, Taylor fez uma pausa e ressurgiu com grande criatividade nos 1970 para dedicar-se a partir da década seguinte a apresentações solo em teatros e museus por todo o mundo, especialmente do outro lado do Atlântico.

 

Fruto disso é “In Berlin ’88”, um conjunto de 11 discos que resumem sua aventura musical de um mês na Berlim Ocidental, e que foram objeto de uma reedição especial em 2015.

Em 2016 protagonizou uma exibição retrospectiva no museu Whitney de Nova York, onde foi convidado a apresentar-se ao vivo e recebeu homenagens de outros artistas em galerias que documentavam sua carreira por meio de vídeos, música e fotografias.

A morte de Taylor aconteceu apenas três semanas depois do de seu colaborador Buell Neidlinger, de 82 anos, que fez parte do quarteto com o qual lançou seu álbum de estreia.

Cecil Taylor morreu em 5 de abril de 2018, aos 89 anos em Nova York, em sua casa no distrito do Brooklyn.

(Fonte: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia – POP & ARTE – MÚSICA – NOTÍCIA / Por Agencia EFE – 06/04/2018)

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